segunda-feira, 24 de maio de 2010

A viso


olá apartir de agora estarei atualizando toda quinta feira ! Pois ando meio sem tempo.

Para facilitar a navegação criei um índice com o prólogo e capítulos. Cada número corresponde a um capítulo. Desejo uma boa leitura para todos!!

Prólogo, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 , 10, 11, 12 ,13 ,14 , 15 ,16 ,17 , 18 , 19 , 20 , 21 ,22 ,23 ,24, 25, 26,27 ,28

A Fuga



O japa e Núbia retiram os videntes da jaula, eles estavam muito assustados e cansados, mas havia esperança em seus olhos. Shatan,Leandro e Raquel escalaram rapidamente e Roberto vinha mais atrás. Logo o grupo se reuniu e Montanha escalou para o teto, a fim de ver qual a rota de fuga mais próxima.
Do alto contemplou além das paredes do tempo, um rio que corria para o sul e mais a frente se bifurca indo para oeste e leste. O posto de parada fica a leste. Usando seu binóculo ele localizou pequenas embarcações que estavam mais abaixo. Tudo que tinha que fazer era chegar até elas e dar o fora. O céu já estava escuro e uma chuva tímida caia das nuvens.
Roberto olhou e sorrio para Raquel, mas sentiu o corpo pesado e desabou. Dois videntes o seguraram.
— Droga o chefe foi atingido !! — gritou Deda. Então eles deitaram Roberto e rapidamente iniciaram os curativos. Limparam o local e colocaram anti sépticos. E costuraram o local.
—Puta merda ele tá mal, perdeu muito sangue e está com febre — Falou núbia.
Juliana fora tratada por Leandro, mas não apresentava sinal de febre, so mancava da perna.
—Pessoa vamos se mandar rápido que os reforços estão chegando, estou vendo muitos desses caras, trazendo bichos grandes a marrados em coleiras como cachorros. — disse montanha de cima da cobertura.
Então seguiram pelas escadas e desceram passando por uma porta ampla de verde , onde varias tochas estavam iluminando o lugar. Roberto era carregado por Rubens , o montanha, em quanto Leandro levava Juliana. A frente ia o japa, Raquel, núbia e os videntes seguidos por Leandro, e Montanha. Deda e Shatan vinham na retaguarda.

Depois de seguirem por um corredor mal iluminado escuro eles pararam , o Java avistou formas se movendo na penumbra. Parou e pegou seu rifle. Mirou e acabou com quatro guardas que tombaram nas escadas.
O bando que perseguia os homens do círculo estava ganhando terreno. Seu lidere todo pitado de azul com verde. Gritava erguendo uma lança cheia de espinhos na ponta. Os animais que eles levavam eram criaturas vitimas de experiências que foram alterados e sobreviveram espalhando seu gene maldito para as futuras gerações. Seus corpos eram fortes, não tinham pelos e eram feras mortíferas, de olhos amarelos e orelhas pontudas narizes grandes e bocarras,eram rápidos. Por isso eram usados como caçadores.
Continua no próximo capítulo

domingo, 9 de maio de 2010

Lutar ou morrer


Os servos do Deus da Água tremiam de excitação, mais uma vez infiéis iam pagar preço por adentrarem no templo sagrado. Por muitos anos eles foram incumbidos de alimentar o Deus. Trazendo carne fresca para ele, mas esses guerreiros tinham um sabor especial eles eram o desfio do Deus e como sempre o Deus da água iria ganhar por que Deuses nunca perdem.
Roberto avaliou as opções e não eram muitas a criatura era letal , e mas eles podiam tirar nela, procurando um ponto vital. Mas esse não era um problema, caso ganhassem, os videntes seriam mortos pelos servos que revoltados matariam a todos então como fazer para que conseguissem saírem vivos levando os videntes?
A batalha se desenrolava frenética, os soldados corriam e se esquivavam das investidas da besta. A criatura tentava caçar os pequenos miseráveis , todavia eles se movia rápidos e disparavam coisas que lhes feria nas partes mais sensíveis, como a barriga e embaixo das patas.
Deda se jogou no chão, arrastando com sigo Núbia, os dois rolaram no momento em que a calda do monstro passou bem perto de lhes atingir na cabeça. Leandro disparou uma rajada que atingiu a cabeça da criatura, as balas ricochetearam na dura couraça , mas algumas penetraram a carne. A besta urrou e correu para onde estava Leandro, Juliana e Shatan.
Roberto, Montanha , Iury e Raquel dispararam outra rajada cortando o ar e certando no corpo do monstro. A fera se curvou e rolou pelo solo, espalhando poeira para todos os lados.
Nesse instante os servo aproveitaram para atirar lanças sobre os guerreiros. Roberto teve suas costas atingidas por um lança, por sorte a armadura absorve o impacto, mas mesmo assim ele tropeçou e caiu. Deda consegui se abaixar e atirou contra os servos do falso Deus.
Raquel olhou furiosa para os desgraçados que do alto da sacada de pedra jogavam suas malditas lanças. Ela desviou de duas lanças e disparou contra os filhos da puta. A rajada de balas pegou cinco membros que caíram gritando de dor. Dois foram jogados para baixo.
A fera ergueu-se e depois ficou encolhida, como uma grande bola malfeita cheia de imperfeições. Então gritou e do seu corpo foram lançados espinhos que possuíam mais ou menos quarenta centímetros. Eles voaram como uma chuva perigosa, para todos os lados. Juliana foi atingida na perna. Roberto também não saiu ileso, dois espinhos lhe penetraram na armadura do lado da cintura. Os outros tiveram mais sorte ao se jogarem ao solo conseguiram evitar as setas mortais.
Os servos da fera gritavam de euforia, e lançaram mais lanças, contra os soldados do círculo. Núbia correu para a parede junto com o japa e usando o traje começaram a escalar o muro. Iriam acabar com os malditos lá em cima. Deda deu cobertura atirando nos lanceiros e as vezes virando para alvejar o monstro.
Montanha correu e arrastou Juliana, momentos antes que a criatura cravasse sua calda com seu poderoso ferrão sobre ao pobre moça. Juliana sentiu uma tontura quando seu corpo foi arrastado pelo amigo. Roberto retirou os espinhos que haviam transpassado a armadura. O Sangue pingava em abundância.Raquel corria disparando contra o monstro , e Shatan disparava na direção dos miseráveis que tentavam atingir núbia e o japa enquanto eles escalavam.
Chegando lá em cima, Núbia defendeu um golpe dado por um dos servos e segurando a mão do infeliz, o jogou para baixo. Iury, o japa, pegou sua Katana e começou a fatiar os oponentes que vinha lutar contra ele. Núbia pegou seus bastões de choque e foi enfileirando os opoentes. Ele defendia e contra atacava , visando cabeças, joelhos , costelas e virilha.
Montanha escalava com Jú em suas costas. Enquanto Roberto, Raquel e Shatan disparavam contra o monstro que investia com seu ferrão contra eles. O vento gélido soprava forte e o céu cor de sangue se cobria com nuvens escuras. A fera se curvou mais uma vez. Mas antes que ela fizesse esse movimento Roberto atirou uma granada de choque que liberava descargas elétricas capaz de derrubar varias bestas. A granada explodiu abafada pelo corpo da criatura. Então o dano foi muito maior a ferra urrou e e teve o corpo sacudido. Raios de eletricidade corriam pelo buraco e saiam pelos olhos e ouvidos da besta. Ela tombou agonizando.
Nesse instante os servos que ainda resistiam sobre os muros, gritaram de raiva e correram por uma escada escondida no lado mais escuro do terraço.
—Tirem os videntes daí vamos dar o fora o mais rápido possível. — Falou Roberto. O ferimento queimava e ele estava ficando tonto.
Continua no próximo capítulo...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Templo da água


Roberto e seu grupo caminhavam por um lugar escuro e repleto de mistério. O solo era encharcado e o barulho de sapos e rãs era constante. As paredes do lugar estavam repletas de lodo. Nesse ambiente hostil eles iam à busca dos videntes. Por vezes Roberto pensara em desistir, porque para ele ávida dos seus soldados era mais importante que a porra dos videntes, mas seu dever com o comando o mantinha firme.

— Esse lugar me dá calafrios é como se estivéssemos caminhando sobre nossas tumba, ou melhor dentro de nossa cova — disse Rubens , o montanha, para Leandro.
—Ei na moral não vejo a hora de sairmos dessa merda
—Eu daria meu braço por uma caminha quente e confortável — falou Núbia.
— Com você junto na cama daria uma boa trepada — falou Shatan todos riram.
— Palhaço, como se aqui já não tivesse suficiente temos que importar — respondeu Núbia.Roberto ainda ria baixinho as vezes não podia perder a posse de líder , mas agora sem míngüem vendo seu rosto ele se dava a esse luxo.
—Chefe não acho mais os a rastros dos videntes , isso é uma porra mesmo — falou Deda.
—Não precisar ficar preocupado, porque eles estão nos casando agora que sabem que estamos aqui logo vão nos achar.
O grupo chegou a uma sala ampla onde varais colunas se erguiam até o teto, lá em cima uma abertura deixava ver o céu que estava nublado. O salão possuía uma coluna de forma triangular que a base ficava para cima e aponta fincada no solo.Nessa coluna escritas em dourado falavam sobre o templo. Então Juliana se pós a ler.
— Todos os que adentram no recinto do deus da água sem ser seus seguidores são profanos e pecadores e aqui encontraram a morte. Suas serpentes lhes roubara a vida e seus servos destruíram suas almas.
Não mais seremos vitimas de ladrões dos tesouros que habitam no templo.
—Isso significa que alguém já entrou aqui, roubou e saio, na certa essa pessoa deixou alguma pista. — disse o Japa.
Então repentinamente gritos foram escutados e uma porta ao leste foi movida. Rapidamente o grupo Delta se pós em posição de ataque, mas como estavam na parte mais escura da sala o grupo de servos do Deus da água passou sem notá-los e seguiram por outra abertura.
Roberto fez um gesto com a mão pedido que os seus soldados segurassem a posição, só depois de um tempinho eles seguiram para onde os servos tinha ido.
Entraram em uma imensa câmara de teto em forma de concha, no centro um enorme piscina, esverdeada recebia uma queda de água que caia por vários canos grossos de pedras. O solo ali era molhado e a cada três metros havia uma coluna de mármore rocha que se estendia até o teto. O lugar estava mal iluminado e o barulho de água era forte.
O grupo Delta ficou na posição de ponta de flecha seguindo pela câmara, as paredes envolta se encontravam talhadas de figuras mitológicas: como dragões, anjos e seres marinhos. Roberto sentia o suor escorrendo pela testa. Desde que essa missão começara não tivera um minuto de paz. Ele só queria poder pegar as porras dos videntes e dar o fora dali o mais rápido possível.
Andando mais para próximo da piscina eles viram uma porta que dava para um pátio muito bem iluminado. Ali o solo era arenoso e murros altos cercavam o lugar, nuvens avermelhadas cobriam o céu e um vento gélido soprava varrendo a areia do solo. Então ouviram um estrondo e aporta atrás deles se fechou. Logo os muros ficaram empilhados de gente que gritava palavras estranhas.
Então um portão pesado se abriu ao soar de uma trompa. Os gritos cessaram e passando pela porta o Deus da água surgiu imponente.
No alto do muro da esquerda uma gaiola com os videntes foi pendurada pelos malditos seguidores da besta. Os prisioneiros gritavam e choravam de desespero.
—Puta que pariu!! — Falou Juliana.
—A merda ta feia ei na moral é tomamos no rabo sem cuspe— falou Leandro.
— Sempre espere o melhor meu filho — Falou Shatan
—Que porra você ta falando magrela? — Indagou Montanha.
—Era uma tia que sempre me falava isso só queria ver acara da megera aqui para ver isso. E esperar o melhor !
—É melhor agente se espalhar, fiquem sempre em dupla!! — Gritou Roberto. O mostro era gigantesco tinha mais de quatro metros, forte e de pele escamosa. As patas possuíam garras fortes e uma calda com espinhos na ponta era outro pesadelo. A bocara cheia de dentes afiados rasgaria qualquer armadura.A fera parti contudo para cima do grupo a batalha se iniciou.

Soldados Lutam


Natalia viu quando uma das criaturas correu para se jogar contra a mulher, então nesse instante Natalia que já estava com a arma na mão disparou uma rajada de balas que cortou a criatura ao meio em pleno ar. O som das rajadas preencheu o ambiente. Assim que o corpo espedaçado, da coisa anfíbia caio, seu companheiro outra besta com seu porte atlético e metal cobrindo o corpo de sapo, pulou e disparou contra Natalia. A guerreira mergulhou no solo enquanto as balas passavam muito próximas de lhe atingir o corpo. Natalia com o rolamento executada com perfeição se colocou de pé e já disparando com sua metralhadora. Ela cravou de balas o corpo da besta que olhava para ela de forma ameaçadora. A criatura deu um forte gemido e tombou.
Natalia se aproximou do bicho a disparou contra sua cabeça, só para se certificar que a maldita coisa morrera mesmo.
— Filho da Puta! — Disse ela enquanto cuspia sobre o cadáver.
—Graças a Deus pensei que ia morrer como os outros — falou a mulher de meia idade em meio a lágrimas que caiam dos seus olhos cansados.
—Não temos tempo para comemorar vamos dar o fora — disse Natalia. Lucas saiu de trás de uma bancada de mármore. Os olhos esbugalhados de medo. O outro homem jazia sobre uma poça de sangue seu corpo fora atingido por balas nas costas, cabeça e pernas.
Natalia seguiu com os únicos sobreviventes, rumo à saída de emergência. O barulho de tiros ainda era constante, na base. Depois de descer um corredor, Lucas, Natalia e a mulher de meia idade se depararam com uma batalha dentro do refeitório da instalação.
Em meio às mesas de metal e bancos de madeira, soldados, atiravam contra um grupo de criaturas que pulavam e andavam pelo teto. As coisas sapos disparavam com muita intensidade. Os soldados do circulo atiravam sem parar e aos poucos foram atingindo as criaturas que assim que caiam tinham seus corpos perfurados por mais balas.
Nos andares mais abaixo os soldados lutavam em varias frentes contras as criaturas que pulavam enquanto disparavam suas rajadas mortais. As cosia com suas pernas fortes de sapos super desenvolvidos eram um pesadelo sem fim. Moviam-se com rapidez , mas tinha um ponto vulnerável quando pulavam deixavam o corpo aberto daí um rajada certeira pegava os pontos vitais que ficavam desprotegidos.
O comandante Jr. Foi quem se deu conta dessa fraqueza do inimigo alertou sua tropa bem como os outros membros da defesa.
Segurando metralhadora ponto 50 Fabio cortava muitas criaturas que vinham em sua direção. O barulho era constate. Ele sentia a maquina pulsar nas suas mãos , seus braços tremiam e o poder de fogo era tremendo. Fabio disparava sem descanso enquanto o soldado Mendes colocava a munição.
Por toda base havia focos de incêndio e luta sendo travada, mas logo as criaturas sucumbiram às armas e ao preparo dos soldados que lutavam em seu ambiente.
Duas horas depois os focos de incêndio foram controlados, aos homens de brigada, soldados treinados para combater incêndio. Na enfermaria alguns enfermeiras cuidavam dos feridos, feliz mente não eram muitos, pois a habilidade dos combatentes os ternavam especiais em confrontos. Mas havia um bom número de civis que tinham perecido, outros foram mutilados pelas bestas. De certo que dentre as vítimas existia alguns soldados, mas esses eram poucos.

— Que lastima senhores! Que lastima — lamentava o general Maia
— Não tivemos como proteger nossos videntes e agora a esperança se perde por completo — discorreu o capitão James.
—Maldito Roberto e seu esquadrão Delta. Por causa da sua teimosia estamos condenados. — falou o General Maia dando um soco na mesa.
—Se me permite senhor talvez ele tenha até nos ajudado por que sabemos que pelo menos não perdemos todos os videntes, ainda temos dois aqui e o restante com ele. — falou A tenente Natalia.
— Tenente, Tenente não seja imbecil, se não podemos prever esse ataque é justamente por que o filho da mãe não seguiu minhas ordens! Se ele ao invés de ficar para proteger a porra da cidade tivesse ido atrás dos videntes, situação era outra ouvi tenente!
—Sim senhor! Senhor
—Então sai da minha frente agora antes que eu lhe parta esse rostinho belo!! —Berrou o General Maia. A vontade que tinha era de avançar contra a putinha e lhe dar uma boa corça. Mas isso ficaria para depois não podia se portar como um descontrolado junto dos outros comandantes.Na verdade ele inda não conseguiu engolir os desaforos ouvidos pelo comandante do grupo Delta o maldito Roberto.

terça-feira, 23 de março de 2010

Ataque sem trégua




No quartel general as autoridades andavam preocupadas, porque tinham confiado na força Delta, mas ao que tudo indicava seus soldados haviam falhado. E agora os videntes reunidos, não seriam suficientes para localizar o homem do passado e com isso por fim a essa era de treva e medo.
— Nenhum notícia do Grupo Delta ? — Indagou o General Fernandes
—Nada senhor, ao que tudo indica, eles saíram da cidade do lago depois de conseguirem segurar um grande ataque contra aquela localidade. — Respondeu a tenente Natalia.
—Pelo que fui informado pelo General Maia o comandante Roberto desobedeceu a uma ordem direta e ao invés de ir resgatar os videntes ficou na aldeia a fim de proteger as pessoas de lá.
—Digo que o homem é um irresponsável, agora todos estamos correndo um sério risco de sermos mortos, estamos sem rumo. — falou o capitão James um sujeito magro e alto.
—Se foi ordens diretas isso tem que ser apurado, mas já estive com o comandante Roberto e os seus soldados para saber que ele é muito hábil em um campo de batalha e por inúmeras vezes salvaram muitas vidas. — falou o general Fernandes
—Se me permitem senhores, quantos videntes são necessários para que se localize o homem do passado?
—Antes de lhe responder cara tenente, vou lhe falar como os videntes agem. Eles conseguem prever situações que podem ou não o correr no futuro, mas não conseguem por exemplo saber se um homem esta escondido atrás de uma porta. Isso nos deixa angustiado é como olhar através da neblina, nós nunca podemos prever com clareza o que esta a nossa frente. Por isso é fundamental que tenhamos cerca de 30 videntes concentrados na sala da torre, e até agora só temos 12 ou seja menos da metade.
Dentro da torre, toda protegida por vidros blindados, a sala ainda possuía cadeiras confortáveis de cor branco e alguns jarros com palmeiras e samambaias espalhadas pelos cantos. O solo era liso e o piso refletia boa parte das paredes bem como seus ocupantes. O grupo de vidente andava de um lado para o outro, todos entediados, há muito não previam nada. O ar estava carrego e precisava ser limpo as energias negativas fluíam e atrapalhavam as visões.
Ser vidente não era muito bom, pois assim que eles eram descobertos suas vidas mudavam drasticamente, uma vez que os militares se apossavam das suas vidas e os conduzia para uma batalha mesmo contra sua vontade. Não era raro o caso de videntes que vinham estranhas entidades maléficas que apareciam e sumiam como fumaça. Para eles a chave era o homem do passado, todos sonhavam com alguns fragmentos dessa profecia. Lucas um jovem de 16 anos era o que mais sonhava com o estranho homem do passado.
No sonho de Lucas ele não via com clareza o rosto do homem do passado, mas andava ao seu lado e ele mostrava uma maquina cheia de luz. Mas alguma coisa maligna guarda a maquina e a coisa se movia rápido com suas garras metálicas e um rosto louco. Lucas olhava pela vidraça que dava para a floresta o vista era exuberante e as serras e árvores dava lhe a sensação de paz. Mas repentinamente algo lhe chamou atenção
Três videntes caíram começaram a gritar. Os outros rapidamente formaram um círculo ao redor dos três que estrebuchavam, então todos deram as mãos.
A visão que viram os deixou perturbado, um exército composto por bestas que lembravam anfíbios enormes vinha para atacar o comando central. Então quando eles tentaram a visar, o som de explosão foi ouvido e um alarme disparou. Tarde de mais as criaturas já tinha cruzado a linha de defesa.
As criaturas avançavam rápidas e pulando logo atravessaram os muros. O alarme soou, e correria se iniciou , homens do circulo armados . Corriam para seus postos de defesas. Cargas explosivas disparadas pelas bestas, atingiam o complexo.
Os anfíbios cyborgs já faziam suas primeiras vitimas.
—Senhor os desgraçados agora atacam com armas de fogo senhor, e esses são novos. — Falou um soldado desesperado para o General Fernandes.
— Se eles atacam com poder de fogo é por que sabem que podem morrer também, então vamos mostra para esses filhos de uma puta como é que os humanos atiram. Tenente vá cuidar para que os videntes fiquem bem.
Natalia pegou sua arma e correu na direção do elevador, a torre fica a três andares de onde estavam. Todavia quando chegou na porta do elevador o alarme de incêndio sou e tudo foi desligado. Procedimento padrão em caso de incêndio cortar energia. Maravilha ela teria que subir as escadas.
Os soldados do circulo conseguiram abater algumas criaturas. Suando suas habilidades de luta eles atacavam as pernas dos monstros com disparos de metralhadora, bastões de choque e espadas. Contudo essas criaturas além de possuir um vasto poder de fogo, ainda saltavam muito alto e andavam pelas paredes um pesadelo vivo.
Lucas viu quando os soldados correndo atiravam contra as criaturas que saltavam e disparavam balas para todos os lados. Vidros se espatifavam e o barulho enchia a sala.
Natalia correu e abri a porta do corredor, tudo estava escuro a não ser pelas luzes amarelas e vermelhas piscando o local parecia deserto. Corpos espalhados pelo solo e marcas de bala nas paredes. Havia também principio de fogo em alguns pontos. Fumaça subia e varria o lugar. O coração da moça estava disparado e o suor escorria pelo seu rosto.
O vidro da sala dos videntes tinha sido que brado e dentro do lugar o caos imperava, marcas de destruição por todos os lado. Mobiliais quebradas, paredes perfuradas por balas e plantas caídas em meio a uma poeira grossa de cacos de vidro que se misturava a corpos de soldados, videntes e bestas que jaziam sem vida no solo.
Duas criaturas caçavam os únicos sobreviventes: uma mulher de meia idade, um homem e um jovem alto.
Continua no próximo capítulo

quinta-feira, 11 de março de 2010

O Deus da água parte II



Bem longe da li no posto de parada outro grupo de guerreiros esperava para levar os videntes até o comando central. O líder dos soldados ali atendia por nome de Kiara , uma morena com longos cabelos, preso em trança. Olhar sério e dona de um corpo atlético, ela possuía uma personalidade forte. Sua companhia era formada por mais três homens e quatro mulheres. Todos membros do circulo e trabalhando direto com o comando central.
—Eles já deviam ter chegado, dois dias, isso me preocupa muito — falou Kiara, olhando para Roberto um moça baixa , mas muito bela de olhar misterioso e pernas grossas.
—Talvez eles tenham tido algum problema sério — disse Roberta.
—Quem esta no comando do grupo Delta? — Indagou Elaine uma morena alta de olhos puxados, cabelos lisos e corpo bem definido.
—Chama-se Roberto. — Respondeu Kiara e logo passou a língua entre os lábios.
—Já escutei falar dele — Disse Roberta ajeitando o busto para acomodar melhor no soutien. Roberta esta com calça e camiseta, por causa do calor.
—Segundo falam, quando ele foi iniciado no circulo, logo depois de ter saído voltou aos esgotos. E comentam que ele voltou lá mais vezes que qualquer um e na maioria estava só, sempre tentando resgatar alguém que tinha ficado lá.
—Deus do céu eu ainda tenho pesadelos com aquele lugar! — Comentou Elaine. Depois do comentário elas ficaram em silêncio quase sempre ninguém gostava de falar sobre os esgotos, pois eles revelavam o medo e lembravam que nas trevas só há lugar para a loucura de almas condenadas.
—Não gosto de esperar, me deixa impaciente, pois há muito pra fazer. — disse Kiara. Nesse instante adentrou Bruno um sujeito forte; chegou trazendo um punhado de pássaros mortos. Ele acabara de retornar de uma pequena caçada.
Bruno era um soldado alto, careca de cavanhaque e cicatrizes no rosto e braços. Possuía uma tatuagem de um dragão nas costas largas. Seus olhos eram castanhos escuros e se intitulava o guardião de Kiara morreria pra defendê-la.
—Vamos comer alguns passarinhos fritos para mudar o cardápio — falou chacoalhando os pobres copos sem vida das aves.
—Credo que nojo, coitadinhos, até parece que estamos morrendo de fone — disse Roberta fazendo careta.
—Tudo bem fofas quando estiver pronto eu não vou dar a nem uma das três princesas.
Kiara pegou sua arma e começou a fazer a limpeza da mesma, montar e desmontar uma arma eram obrigação de todo soldado, bem como zelar para que o equipamento bélico estivesse sempre nas melhores condições, uma vez a vida de todos eles podia estar em risco caso o disparo não saísse na hora exata.

Dentro do tempo Roberto e os seus comandados ainda em missão de resgate, andavam com cuidado observando toda a construção que era escura e cheia de lodo nas paredes. O coaxar das rãs e sapos era constate ali dentro.
Parecia impossível, todavia desde que os videntes foram capturados na cidade do lago Roberto e os soldados do círculo andavam a procura dessas pessoas sagradas. Claro que havia muitos mistérios que cercavam aquela jornada, um deles era para onde foram levadas as crianças da vila da água e por quem? Roberto livrou sua mente desses pensamentos, para um guerreiro, pensar sobre outra coisa que não fosse a situação atual poderia muito bem condenar toda operação e por em risco desnecessário sua vida e de seus soldados.
Se esgueirando pelas paredes eles subiram uma escada de pedra, depois passaram por uma brecha estreita. Depararam-se com um corredor mal iluminado, onde uma forte corrente de ar sobrava intensamente.
Deda agachou-se e foi se aproximando junto com Roberto, Leandro e Ju. Mais a frente Havaí uma ponte de madeira vermelha que balançava sem parar. Olhando para baixo eles viram alguma coisa se movendo na sala, uma vez que a sala era composta por varias colunas de mármore o clarão das tochas refletia nessa pedra dando ares mais misteriosos ao lugar. O solo era repleto de água.
— Que porra deve ter ai embaixo ? Indagou Leandro.
—Sei lá, mas esse local me da calafrios — disse Deda fazendo careta.
—Esquece a merda do calafrio e rastreia para onde os desgraçados levaram os malditos videntes. Essa busca já ta me cansando. — disse Roberto visivelmente de mal humor.

Deda observou o solo e disse:
— Temos que seguir adiante. Como aponte parece velha agente passa primeiro, depois os outros seguem.
Quando seguiram pela ponte um vento forte sacudiu a ponte e Leandro foi arremessado para baixo. O impacto da queda foi amortecido pela água. Então logo em seguida, duas cobras grandes se ergueram da água. Roberto saltou disparando e Deda o seguiu. Os outros ficaram sem entender uma vez que ainda estavam afastados da travessia de madeira.
Logo gritos foram ouvidos e atrás dos outros membros do círculo, por uma abertura na parede, surgiram muitos homens vestidos como roupas que lembravam peixes. Eles vinham correndo na direção do grupo. Portavam lanças e correntes como armas.
Montanha virou o rosto virando o olhar na direção da gritaria. Juliana , Raquel se prepararam para a luta, assim como os demais. Shatan sentiu um frio na barriga porque mais uma vez eles estavam colocando a vida em risco e como ele não era soldado isso mexia muito com seu lado psicológico, não que os homens do grupo Delta não tivessem medo,mas eram mais experientes nesse tipo de abordagem violenta. O japa desembainhou sua Katana e Núbia pegou seus bastões de choque.
Enquanto isso lá na parte de baixo, Leandro corria com a água até os joelhos em quando uma cobra enorme o perseguia. Roberto atirou na outra sucuri, mas ela se desviou rápido e a penas poucas balas atingiram o alvo. Deda quando pulou caiu dentro do poço mais fundo e agora nadava para voltar até a superfície.

A luta perto da ponte se desenrolou favorável para os soldados do círculo uma vez que com seu treinamento, nas artes marciais e disciplina militar aliados ao armamento superior logo eles liquidaram os homens com vestes de peixes. A gritaria e o som de luta preencheram o ambiente.
O último oponente foi erguido por Rubens , o montanha e atirado de cima da ponte.
Leandro conseguiu se esquivar de vários botes dado pela anaconda. Então ela se enrolou em uma das colunas e ficou balançando a cabeça tendo pegar Leandro. Roberto saltou e atirando certou a cabeça da outra cobra o sangue se espalhou manchando a água com sua cor escarlate. Deda subi e viu Leandro encurralado. Pelo olhar de desespero do amigo a sua arma provavelmente tinha travado. Deda ágil rápido, e assim que o réptil se lançou sobre Leandro teve seu corpo e boa parte da cabeça perfurada por balas disparadas pela metralhadora de Deda.
—Ei na moral pensei que eu ia me fude agora, a porra da arma engasgou. — Disse Leandro ofegante.
— E ai rapaziada estão todos bem? — Indagou Montanha gritando com sua voz de trovão.
—Tudo certo, meu amigo — Disse Roberto.
—Tivemos uns problemas aqui, mas já resolvemos, uns cretinos apareceram vestidos como uns malditos peixes e botamos no rabo deles— falou Raquel.
—Vamos dar uma vasculhada aqui em baixo e depois subimos — Disse Roberto.
—Muito engraçado não vamos deixar vocês se divertirem ai sozinho falou Núbia e pulou em seguida. Não demorou muito e todos encontrava-se lá embaixo.
O lugar era uma sala retangular com muitas colunas de mármore de cor rosada. As paredes eram de pedra escura mais brilhosa. A água tinha tonalidade verde claro. Deda examinava uma estranha escrita que estava gravada sobre uma placa de madeira.
“Aqui é o templo de Amon o Deus da água só ele pode purgar nossos pecados, morrer aos seus pés é uma recompensa divina”
—Interessante essas palavras, só que na to afim de morre nos pés desse Deus — disse Shatan.
Depois o grupo seguiu por um estreito corredor no final da sala do lado esquerdo. As paredes ali eram escuras e molhadas, e não havia luz. O caminho estava encharcado e a qualquer momento podiam cruzar com outra cobra ou Deus sabe que mais perigos habitam aquele templo.

Continua no próximo capítulo ...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O Deus das águas

As nuvens no céu estavam avermelhadas e o vento gélido passeava pelo lugar.
—Puta que pariu saímos dos esgotos!!
— Nem acredito caramba, — disse Núbia abraçando Deda e dando-lhe um beijo no rosto.
—E não podemos esquecer que ainda estamos em missão e até onde sei , temos que recuperar os videntes.
—Pode deixar chefe agente sabe viu — disse Raquel piscando para ele. —Estou com uma fome da porra — disse Shatan.
—Talvez tenha algo para comermos aqui quem sabe um pé de frutas. — falou Juliana.
—Prefiro um peixe assado ou carne com feijão e arroz — disse Montanha.
— Ainda tenho algumas provisões — falou Roberto.
— Jura? Tu é dez chefe — falou Raquel
— Eu também guardei alguns energéticos — disse o japa. E assim os soldados do círculo comeram enquanto davam uma olhada no local.
A vila era toda formada por casas feitas de pedras e telhados de madeira, um muro de pedra cheio de plantas cercava o lugar, espalhados pelos cantos coqueiros, e palmeiras imperiais se erguiam impotentes do solo. Tudo envolta lembrava uma construção feita pelos incas, com gravuras nas pedras. E alguns totens metal espalhados em vários pontos da vila.
Os rastros de sangue haviam sumido, mas a vegetação rasteira amassada não deixava duvidas alguns corpos tinham sido arrastados na direção da construção maior de pedra que lembrava um templo inca.
Juliana sentiu o coração dispara e mais uma vez aquela sensação de medo a invadiu. Ela suspirou e deu um grito.
— Puta que pariu de novo — disse Shatan e correu para segurar a garota.
—Isso já aconteceu? — Indagou Roberto
— Quando estávamos preparando a fuga lá nos esgotos, ela teve esse ataque e previu o que ia acontecer, por isso voltamos!
—Uma vidente no meu grupo! — disse Roberto espantado.Juliana abri os olhos e falou.
— Para sobrevivermos temos que desafiar o Deus da água!
Os soldados do círculo seguiram em fila indiana se esgueirando pelo canto da muralha de pedras. À medida que o grupo Delta avançava pelo mato alto, insetos voavam para todos os lados, dos mais variados tipos, borboletas, abelhas,mosquitos e moscas dentre outros.
Roberto encabeçava o grupo, seus pensamentos estavam confuso, uma vidente sobre seu comando lhe dava uma tremenda vantagem em situações de perigo, mas também havia problema de que uma pessoa assim atraia muitos olhos cobiçosos para o grupo, gente malvada capaz de tudo para arrancar um vidente a fim de servir aos seus propósitos.
Então rapidamente Roberto tirou esses pensamentos da sua mente,todos esses questionamentos ficariam pra depois que saíssem desse lugar e chegassem ao posto de parada onde o comando central estaria esperando os videntes.
A entrada do templo parecia deserta, a não ser por duas tochas na entrada tudo estava quieto. O templo possuía três andares, e lembrava uma pirâmide. As paredes de pedra estavam cobertas de musgo em muitas partes. Gravuras de figuras dançando e lutando estavam desenhadas nas beiradas grossas que dividiam os andares.
Deda chegou mais perto de Roberto e falou:
— Nunca vi uma construção como essa
— Por isso mesmo é bom ter muito cuidado quando entramos ai dentro. —Disse Núbia que estava logo atrás deles. E assim eles entraram no templo.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Águas Escuras



As trevas engoliam os nadadores em um turbilhão de bolhas , a água fria envolvia os copos que se movimentavam freneticamente mergulhado cada vez mais fundo. Sair nadando fora a única forma de escapar da matança promovida pelas estranhas criaturas cyborg aranhas, o pior de olhar pra elas era ver um rosto humano rodeado de olhos negros em volta da cabeça. A correnteza leva os soldados e o grupo de videntes pra longe em meio á escuridão.
Mergulhar cada vez mais fundo e a única coisa que viam eram formas de canos que iam se formando em alguns pontos do canal quando o grupo passava. Por sorte a corrente de água fazia com que não desperdiçassem energia nadando, mas mesmo assim esse trecho coberto era aterrorizante pois não havia como emergir. Juliana já se perguntava se fora mesmo uma boa idéia trocar? Nesse instante ela viu o grupo da frente ir subindo.
Logo eles emergiram em uma parte do conduto onde correnteza havia diminuído. Alia o canal era bem mais largo, muitos estavam tossindo por causa da água que entrara em suas gargantas, por muito pouco não se a folgaram.
— Ei na moral agente quase toma no rabo — Disse Leandro para Roberto. Esse riu e falou:
—Quase que dava merda mesmo, se Juliana não tivesse voltado gente teria morrido.
— Que coisas eram aquelas? A mesma da ponte? — Indagou Raquel que nadava ao lado deles.
—Acredito que sim na ponte tava escuro, mas lá deu pra ver um pouco melhor apesar da bagunça que estávamos metidos. — respondeu Roberto. Mais atrás vinha Shatan e Iury depois os cinco videntes e por fim encontravam-se Juliana, Montanha, Deda e Núbia.
— Foi muita sorte meso vocês terem voltado — a firmou Núbia para Juliana.
— Não foi sorte não, sou vidente também !!
— Você um vidente? Por que nunca falou sobre isso? — perguntou Montanha que nadava perto.
—Quando sairmos da água eu falo. E assim esse misto grupo de homens e mulheres seguiu nadando em meio às águas escuras.
Mais a frente Leandro avistou o que parecia ser uma ponte, tochas iluminavam o local, e algumas pessoas eram visíveis sobre a ponte.
Todos ficaram flutuando, mas sem nadar naquela direção. Um dos videntes já exaustos se apoiava nas bordas do canal.
As figuras que viviam naquela parte se intitulavam os seres das águas negras. Eram pessoas que há muito viviam perdidas nos labirintos da loucura e por isso não falavam e sim faziam um barulho estranho com a boca, os dentes eram serrados e lembravam dentes de piranha. E as unhas eram grandes também. Eles se caracterizavam a fim de parecer com a criatura que lhes inspirava, seu Deus o senhor das águas negras.
—Vamos sair da água? — Indagou Deda.
— Podemos passar por baixo nadando mais pra o fundo — sugeriu Núbia. O grupo agora todos já se encontravam lado a lado.Roberto falou:
—Iremos fazer uma abordagem cautelosa enquanto os videntes esperam aqui, segurados na borda do canal, daí não vão cansar e ficaram escondidos.
—Não quero mais ficar nessa droga de água — falou um dos videntes.
—Eu também não suporto mais, o frio esta me matando e se vocês não voltarem?
—Já falharam conosco uma vez e por seu desleixo quase moremos — disse outro.
—Além do mais estou ferida e...
—Calem as malditas bocas. Vão ficar aqui onde eu falei e se algum de vocês resolver me desobedecer, eu mesmo irei fazer com que seus malditos corpos cheguem até fundo desse canal !! — Gritou Roberto. Os videntes ficaram de cara amarada. Todavia a autoridade foi restabelecida.

Então o grupo Delta saiu pra investigar os misteriosos seres que por alia habitavam. Usando seu rifle de mira telescópica, Iury varreu a área procurando identificar os inimigos. Localizou cinco sobre a ponte, mais sete espalhados dentro de unas construções feitas de metal.
O que mais assustou o Japa foi o aspecto daqueles homens, todos de peles pintadas e dentes e unhas a fiadas, em sua maioria eram careca ou possuíam a penas um tufo de cabelos sobre a cabeça. Homens e mulheres todos iguais. Não viu sinal de crianças.
Os soldados do círculo foram se aproximando sorrateiramente das instalações. Dos dois lados do canal varias caixas grandes de metal serviam como morda para aquelas pessoas. Depois de um busca rápida onde os soldados puderam neutralizar cinco homens de duas mulheres.
— Caramba! Loucos filhos da mãe, além dessa aparência repugnante e das peles pintadas e cheias de marcas pra ficarem parecidas com escamas eles tem os dedos das mãos costurados em pele morta. — Comentou Núbia.
—É são como patas de um pato. —
—Servem para nadar melhor. — Disse Roberto
—Temos que tirar os videntes da água — falou Juliana com urgência.Leandro e Montanha foram correndo com a finalidade de retirar os videntes da água.
Chegaram ao local e espiram para baixo, não havia ninguém!!
—Ei na moral os videntes se fuderam!!
—Tenho que concordar com você se fu mesmo. E agora?
—Vamos dar uma vasculhada no perímetro daí se não encontramos nem um vestígio nós voltamos e avisar aos outros — respondeu Leandro.
Mergulhar de novo nas águas escuras não era nada bom, parecia que estavam em um abismo submerso que os sugaria direto ao encontro da morte. Não acharam pista alguma sobre o paradeiro dos videntes, então Rubens nadou até a outra margem do canal. Alia encontrou pingos de sangue fresco. Fez um sinal para Leandro esse se aproximou e viu o sangue.
—É melhor irmos chama os outros — disse Leandro.
—Você vai enquanto eu sigo a pista.
—Ei na moral não é bom nos dividir.
—Besteira nós fomos treinados para isso, vai buscar... Logo Roberto e os outros já estavam nadando na direção deles.
—Porra o chefe parece que adivinha! — disse Rubens, O Montanha, olhando na direção dos nadadores.
Roberto e seus comandados saíram da água e foram se juntar a Leandro e Rubens.
— Que porra deu errado? — falou Roberto
—Os videntes sumiram novamente — respondeu Leandro.
—Tem pista aqui não vamos ficar perdendo tempo — disse Raquel.Deda já partiu na frente ia com urgência , a trilha de sangue mostrava o caminho escuro para onde os videntes vinha sido levados.
O grupo Delta seguia em formação, até se depararem com um tanque de água enorme. O Rastro seguia direto para lá.
—Vamos mergulhar mais uma vez? — Indagou o japa.
—Não temos escolha temos? — falou Roberto com cara feia respondendo com outra pergunta. O cansaço já dominava o grupo e os primeiros sintomas era a mudança de humor.
Todos mergulharam e nadaram até o fundo, lá em um canto de parede havia uma passagem, estreita que lembrava uma caverna. Deda fez sinal com a mão e todos o seguiram rumo ao desconhecido.
Depois de nadarem por entre rochas e algas eles subiram no que parecia um poço. E saíram em um beco de pedra, onde o solo era forrado de grama. Estavam fora dos túneis dentro de uma misteriosa vila.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O resgate



Deda varreu a área com os binóculos, ao que tudo indicava tudo permanecia sem alteração, guardas patrulhando perto das grades e a quietude se fazia soberana. Mas descer até ali exigia uma boa dose de coragem, pois era território inimigo e a qualquer instante eles poderiam ser atacados. Os soldados do circulo desceram em formação de ponta de flecha. Arma em punho e olhos atentos.
Boa parte do solo era coberto papel o cheiro do lugar tinha aroma de repolho estragado. No meio uma pequena ponte deixava correr um canal de água escura.
O grupo Delta avançou sorrateiramente até próximo da jaula onde os videntes estavam confinados. Param a poucos metros e um dos vivias olhou, mas não conseguiu ver ninguém do grupo Delta. Ao todo quatro homens faziam a vigilância dos videntes.
Roberto sinalizou pra Raquel e Núbia,pois avistou movimento dentro de um dos barracos perto da jaula. Elas seguiram para o local e habilmente eliminaram dois homens que espiavam ali. Deda, Montanha, Roberto e Leandro rapidamente dominaram os seguranças. A ação foi limpa e rápida.
Dentro da jaula os homens permaneciam deitados, e Roberto estranhou isso, antes de abrir a jaula olhou atentamente ao redor.

— Que porra ele ta esperando? — indagou Raquel
—Sei lá, mas tu sabes com ele é cauteloso— Respondeu Núbia
Espiando dentro de um dos canos os homens que haviam seqüestrado os videntes se olhavam com espanto. Por que o desgraçado não entrava na cela?
Roberto afastou-se de disparou contra os videntes, os tiros rasgaram a noite e os homens dentro da jaula pularam gritando de fúria. O plano fora descoberto. Logo uns empesteados saíram dos esconderijos e avançavam contra o grupo Delta.
—Ei na moral se fosse pra atirar nos caras, a gente não devia nem ter descido — falou Leandro.
—Cala a porra da boca!! — gritou montanha. Raquel correu junto com Núbia e se lançaram contra alguns agressores que foram pegos de surpresa pelas duas guerreiras que rapidamente cravaram as garras dos uniformes sobre eles.
Roberto olhou pra cima e viu a grade maior que iria prendê-lo assim que ele tocasse na jaula. Os videntes não estavam ali e colocar pânico fazia com que os planos dos miseráveis sair do controle, uma vez que ele e o grupo Delta estavam todos acostumados com imprevistos e os escrotos dos esgotos não.
O responsável por cortar a corda da gaiola suspensa correu pra ajudar os companheiros. A luta era ferrenha e os demônios de roupas negras lutavam como feras infligindo perca nos loucos do esgoto.
Já na beira do precipício aprontando as cordas pra descida, Juliana sentiu o coração palpitar, aquela sensação estranha invadir lhe o peito. Iury olhou pra ela e falou:
—Ju que esta acontecendo com você? — Shatan espiou e via a garota cair revirando os olhos. Correu para socorrer, Juliana virava os olhos e gritava enquanto o corpo estremecia. O japa e Shatan lhe seguravam a cabeça pra ela não se machucar.
A mente de Juliana foi invadida, por imagens de bestas insetos, loucos e os videntes, viu o corpo de Roberto ser rasgado por garras e todos ali morrem lutando contra monstros e homens ensandecidos.
Então voltou ao normal com os olhos transbordando de lágrimas.
—Temos que ir lá agora ou será tarde de mais!! — E assim eles partiram correndo.

Juliana não tinha tempo pra explicar, mas vira algo do passado e do futuro. Todavia na suas visões ela não estava lá, então deduziu que o destino poderia mudar caso ela interferisse.

Os videntes assistiam tudo sem poder fazer nada uma vez que se encontravam amarados e amordaçados dentro de uma das casas. Eles foram usados pelo líder do bando pra saber todos os passos do grupo Delta então emboscá-los. Mas belo barulho da confusão, o futuro tinha mudado como quase sempre acontecia.
Quando Julian, Iury e Shatan chegaram puderam contemplar a cena lá em baixo. O grupo Delta estava cercado e alguns inimigos eram abatidos quando tentavam chegar perto, todavia a situação não estava nada boa para os soldados do círculo.
Juliana conduziu os guerreiros ladeira abaixo e entraram um barraco maior. —Por que estamos aqui abriga é lá embaixo — disse Iury
— Vamos resgatar os videntes eles vão nos tirar daqui.
— Como é ?
—Explico se sairmos vivo, agora cala a merda da boca e vamos.
Dentro da sala três homens tinham ficado tomando de conta dos videntes. Um já balançava uma faca e fazia pequenos cortes em um dos videntes, uma mulher gorda que chorava com a amordaça na boca.
—Não estou me controlando !! Deixa eu furar a vadia?
—Seu retardado o chefe te mata, para com isso!! — Respondeu o outro.
Nesse instante Juliana e Iury com sua espada katana na mão avançaram contra o trio. Os infelizes não tiveram tempo de reagir a espada do japa degolou o louco com que feria a vidente . Com extrema rapidez o japa decepou a mão do outro guarda e depois cravou a espada em sua barriga. Juliana usando os bastões de choque a fundou o rosto do que estava preto da janela, o home caiu em um baque surdo. Shatan continuava de olho na porta.
Logo os videntes foram resgatados e chorando agradeceram.
—Temos que sair daqui e único jeito é pulando dentro do canal, alguns vão perecer mais é nossa melhor opção. — falou um dos videntes.
—Canal? —Indagou Shatan.
—Isso mesmo ele nos levara pra longe e nos livrara das aranhas cyborgs... a frase foi interrompida pois agora gritos não humanos enchiam o ar. Quando o grupo correu para fora da casa viram varias aranhas descendo pelas paredes, elas tinham furado um buraco no teto.
As criaturas eram medonhas e assustadoras, insetos enormes e famintos.
Todos param quando escutaram o estrondo de pedaços de concreto se desprendendo do teto. Logo uma horda de criaturas aranhas brotou do buraco e gritando iniciaram a descida andando pelo teto.
Alguns loucos correram apavorados e outros continuaram bloqueando a passagem do grupo Delta. Roberto olhou e um medo invadiu seu peito, se não saíssem seriam mortos, não dava pra lutar contra monstros e os ferozes habitantes do esgoto ao mesmo tempo. As bestas insetos desciam cada vez mais rápido e já caçavam alguns humanos.
O paredão formado pelos loucos ainda prendia os soldados do circulo dentro de um perímetro perigoso. Então Iury pegou sua sniper e atirou na corda que prendia a jaula maior.
A grade caiu sobre os loucos espalhando gente pra todos os lados. Nessa hora as aranhas correram para o centro da confusão. Lançando suas teias elas prendiam cada vez mais homens. As articulações metálicas das criaturas produziam um som estranho e abafado em quando suas patas rasgavam a carne dos miseráveis.
Juliana corria na frente e gritava pra Roberto:
— Pula no canal !! — Roberto ouviu e enquanto Montanha atirava em uma das coisas que se vinha na direção do grupo. Leandro disparava em outra aranha e Raquel chutava a cabeça de mais um agressor.
— Vamos todos pra dentro da água agora— falou Roberto. Assim que chegaram à beirada do canal avistaram os videntes que corriam com Juliana , Iury e Shatan.
—Salta caralho! — Gritou Núbia. E Todos mergulharam. Logo o teto desabou e mais aranhas entraram.
Dentro da água a escuridão era total, a não ser pelas luzes nos uniformes tudo era treva.Continua no próximo capítulo

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Capítulo XIX Manobra de Risco





Rápido Roberto, gritava a mente do líder do grupo delta, seus pensamentos estavam desorganizados e medo preenchia cada canto da mente, não tinha medo da morte temia mais ser responsável pelas as vidas que confiaram nele. Alguns membros já começaram a disparar suas armas e corpos eram jogados no abismo acompanhados por gritos de fúria.
A criatura um cyborg aranha que possuía uma calda sobre as costas que lembrava uma libélula, sentiu os disparos contra seu corpo e se pós abalança rápido em sua teia. Ela estava pronta pra saltar sobre os infelizes.
Os loucos dos dois lados da ponte lançavam facas que se perdiam no ar e algumas acertavam os soldados, por sorte as roupas absorviam o impacto,sem causar dano aos guerreiros do círculo.
—Isso é um inferno!! — Gritou montanha.
— Agente vai morrer, não tem como sair. — disse Raquel.Os outros disparavam sem parar. Iury tentava acerta a maldita aranha cyborg mas a coisa se movia ligeiro e os tiros se perdiam atingido apenas o teto. Aponte agora balançava loucamente e firmar os pés já estava complicado.
Pensa Roberto, pensa caralho. Esses eram os pensamentos que surgiam na sua mente. Mais loucos chegavam dos dois lados da ponte. E a gritaria era total. A coisa descia se balançado e suas garras metálicas abriam e fechavam provocando o som de martelos batendo contra o aço.
Pensa porra, todos vão morrer e a culpa será tua. Roberto fechou os olhos e só havia uma maneira de tentar escapar. Abri os olhos e gritou:
—Segurem firmes na porra da escada!! Segurem-se pelos céus!
— Que porra ele vai fazer? —indagou Deda já segurando nas cordas. A aranha cyborge estava pronta pra saltar sobre eles. Ela já tinha avaliado e aponte apesar de sacolejar muito agüentaria com seu peso.
Roberto disparou contra as cordas da ponte. Nesse instante a criatura pulou. Aponte cedeu em um lado. Muitos loucos caíram gritando no abismo. Outros passaram pelos membros da força delta com os olhos arregalados caindo para a morte. A coisa cyborg aranha passou perto e um medo invadiu sua mente a quede livre o conduziria pra morte. Nesse instante a cosia gritou como sua voz metálica : — Nãooooooooooooooooo
Sentir a ponte desabando foi como ter o chão sumindo dos pés. Com as cordas cortadas apenas de um lado, o resto da ponte desceu e se chocou violentamente contra o paredão de rocha. Logo mais loucos caíram gritando.
Bem devagar Deda abriu os olhos, o coração batia como um bumbo anunciando uma guerra.
—Caralho! Puta merda. — disse Raquel.
—Todos estão seguros? — Indagou Roberto.
—Porra chefe tu é foda que manobra louca meu irmão— falou Juliana.
—Alexia caiu. Não conseguir segura-lá — disse Shatan entre lágrimas
—Puta merda! Isso é péssimo, sinto muito — falou Núbia.Iury olhava pra baixo, com lágrimas nós olhos, ele tinha visto o desespero nos olhos de Shatan, quando depois do impacto Alexia escapou de suas mãos . O corpo caiu e Shatan estendeu a mão tentando alcançar o inalcançável. Ele a perdera pra sempre. E essa dor iria demorar a cauterizar em sua alma.
—Vamos subir usando, mas não pela ponte, iremos escalar usando os uniformes mais pro lado norte. — disse Roberto.
—Vem parceiro cola que eu te carrego. — Disse Montanha para Shatan. Esse permanecia com lágrimas banhando sua face e espiava na direção da queda de água. Rubens ficou com medo que o magrelo fosse pular. Mas ele segurou a mão do grandão e foi pra suas costas.
O grupo Delta escalou com muita dificuldade a encosta e saiu na área mais escura do lugar. Ali tudo permanecia quieto e os fanáticos já tinham ido embora, agora a passagem estava livre. Shatan andava cabisbaixo e um peso enorme se apoderava de seu peito. O peso do luto, o peso do fracasso como as coisas eram injustas ele havia se ariscado e acabara junto com os novos companheiros resgatando Alexia, só para ela morrer porque ele não tivera forças pra segurá-la.
Roberto e Deda iam mais a frente precisavam encontrar os videntes antes que fosse tarde.
Descendo uma ladeira íngreme o grupo delta chegou até uma área arredondada onde cinco canos grossos feitos de concreto estavam fincados na parede. O chão alie era escorregadiço e o escuro predominava. Nas paredes marcas de sangue e pichações demoníacas deixavam o local inda mais macabro.
Deda examinou cada uma das entradas e decidiu que eles deveriam ir pelo encanamento do lado esquerdo perto do canto da grande sala.
Andar ali exigia paciência, uma vez que o teto era muito baixo e as paredes circulares do cano de concreto não dava muito apoio para os pés, sem contar com o mau cheiro e o ar quente. Andando com muito cuidado e desativando algumas armadilhas, eles percorreram cerca de um quilometro até saírem sobre o que parecia uma vila.
Lá embaixo muitas casas feitas de madeira e papelão lembravam uma favela. No centro da vila uma gaiola grande de madeira guardava os prisioneiros. Lá estavam os videntes. As grandes tochas e luzes iluminavam o lugar, mas boa parte da área estava na penumbra.

— Temos que entra e sair sem dar na vista— falou Roberto.
— Só tem uma bronca grande na hora de escaparmos, a ponte sumiu lembra ? — comentou Juliana.
— Não da para descer com todos eles nas costas — lembrou Raquel.
—Temos o material de Rapel não temos? — indagou Roberto.
—Beleza e qual é o plano chefe? — perguntou Leandro.
—Acho que três de nós deveriam ir preparando o material de rapel, daí quando o restante chegasse ficaria mais fácil descer com os caras. Principalmente se os loucos vierem nos perseguindo — disse Iury.
— Ok isso é muito sensato, Iury, Julian e Shatan vão prepara nossa descida, o resto vem comigo. — falou Roberto. E completou:
— Se dentro de quarenta minutos agente não a perecer vocês adotam o procedimento normal.
O procedimento normal era verificar se eles estavam vivos e em caso positivo resgatar. Se não dariam o fora. E assim eles se dividiram uns resgatariam os videntes e os outros preparariam a descida.
Continua no próximo capítulo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Capítulo XVIII Surpresas na escuridão


A criatura desceu até os esgotos a fim de capturar algum humano, na verdade ela não gostava de estar ali, mais o prazer em colocar suas garras na carne e ouvir os gritos a levara até os esgotos. O rosto pálido olhava as coisas em volta com curiosidade, não era uma dessas bestas que os humanos estavam acostumados a enfrentar, ela era a evolução, o próximo passo, uma nova forma e uma nova ordem nascida, para acabar com o caos.
Essa criatura possuía qualidades que lhe tornava um pesadelo para suas presas tanto os homens quanto as bestas a temiam. Poucos sabiam mais agora as grandes aldeias pertenciam a elas.
Repentinamente ela escutou vozes e barulho de água, então caminhando rápido saltou para o chão. As presas estavam perto.
O grupo Delta chegou até uma ponte feita de corda e madeira que se balançava sobre um precipício. Ali embaixo grossos canos despejavam grande quantidade de água. O paredão onde os canos estavam lembravam as comportas de uma represa. A água esverdeada cai vertiginosamente produzindo muita espuma em sua queda. Ali um luz proveniente das laterias do paredão clareava parcialmente o lugar dando lhe um ar esverdeado.

—O negocio é alto meu velho. Ei na moral se essas cordas arrebentarem agente se lasca — disse Leandro.
—Deve ter uns cinqüenta metros ou mais — falou Montanha. Logo o restante do grupo veio ver de perto. Era mesmo muito alto e o barulho que a queda das águas provocava deixa o abismo mais tenebroso.
— Tenho medo de altura. Eu não vou conseguir passa — falou Alexia.
—Puta que pariu! É brincadeira não é ? — indagou Raquel
—Infelizmente não, ela tem pavor de altura desde criança — disse Shatan abraçando Alexia por trás.
—Olha vocês podem ir e na volta me pegam aqui! — falou Alexia
—Você esta de brincadeira, pensa que estamos dando uma volta em uma vila? Acorda estamos quase no inferno , já esqueceu os loucos que vivem por aqui! — Disse Núbia.
—Pelo amor de Deus eu não vou conseguir — falou Alexia entre lágrimas.
—Não me interessa, hoje ela vai perder esse medo! — disse Roberto
—Olha gente quanto mais tempo ficamos aqui perdemos as pistas, pois elas vão esfriando — disse Deda.
— Nós ... A frase de Shatan ficou incompleta, pois logo um bando de loucos com os cabelos sujos e cobertos de excrementos, vinha correndo na direção do grupo Delta. Eram uns quarentas sujeitos ou mais. Gritavam pulavam como cabritos. A cena era horrenda, esses sujeitos possuíam fisionomia desfigurada por grandes cicatrizes na boca e nas bochechas. Alguns não tinham tentes e outros haviam serrado os dentes e aboca se abria mostrando pressas a fidas.
Roberto não perdeu tempo e colocou Alexia nos ombros e partiu para atravessar a ponte. Alexia gritava e esmurrava as costas dele. Andar sobre a ponte feita de madeira e corda exigia certo equilíbrio,um vez que aponde balançava constantemente a cada passo.
O Grupo Delta ia em formação indiana , a frente estava, Núbia,Leandro,Shatan,Montanha,Roberto com Alexia nos ombros, Deda, Iury,Juliana e Raquel. Aponte os oscilava como um maldito pendulo. Os loucos avançaram com gritos e gargalhadas eles logo colocaram os pés na ponte.
Quando o grupo delta encontrava-se quase no meio da travessia outra turma de fanáticos apareceu do outro lado. Esse grupo era mais organizado e trazia com eles armas como facas, tacapes,porretes e machados , todos vestiam roupa de saco escura e as cabeças eram raspadas.
—Agora deu a porra mesmo, o que já tava ruim ficou uma merda! —disse Shatan.
—Ei na moral eles vão cortar as cordas, é o fim! —disse Leandro.
—Cala a porra da boca caralho!! —Rosnou montanha.Roberto avaliava a situação, não haveria uma maneira boa de lidar com aquilo, cercados pelos dois flancos pendurados sobre uma ponte velha o que de pior poderia o corre.Ambos os bandos já avançavam pela ponte. Os desgrenhados e os carecas queriam por as mãos nos soldados de vestes pretas e brilhosa.
Os guerreiros do círculo ficaram parados o jeito seria lutar em duas frentes as armas teriam que serem usadas. A cada passo dados pelos loucos a ponte gemia como se fosse ceder.
—Preparem as armas! — ordenou Roberto. Tirando Alexia dos ombros. Ela tremia da cabeça aos pés segurava as cordas com tanta força que os nos dos dedos ficaram brancos. Os soldados do círculo se posicionaram. Nesse instante os loucos dos dois lados param de andar e gritaram apontando para o teto. Foi então que Roberto e os seus comandados puderam contemplar com muito espanto a criatura que descia por sobre a ponte.
A coisa lembrava uma mistura de aranha com libélula,toda via a calda cheia de anéis grossos que eram separados por um metal azulado. A calda sai das costelas e passava pelo corpo da criatura que era divido em duas partes, um tronco menor onde um rosto humano, sorria com os olhos maldosos de onde emanava um brilho vermelho. A outra parte bem maior e redonda piscava uma luz roxa e muitos vasos brancos percorriam a forma arredondada da coisa. A coisa em si era parte insetos e outra cyborg. Uma baba grossa escorria daquele corpo e fedia muito. As oito patas possuíam garras afiadas e brilhosa. Ela se balançava sobre um fio de teia grosso.
—Ai! Ai! Meu Deus que coisa é essa? —Gritava Alexia em desespero. Tudo ali dentro era um pesadelo, altura, loucos e agora um monstro saído do inferno. Alexia não aguentou e desmaio. Shatan a segurou nos braços.
A criatura descia sobre o grupo delta e os loucos avançavam. Só havia o abismo e agora todos pareciam condenado.Continua ... no próximo capítulo