quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O Deus das águas

As nuvens no céu estavam avermelhadas e o vento gélido passeava pelo lugar.
—Puta que pariu saímos dos esgotos!!
— Nem acredito caramba, — disse Núbia abraçando Deda e dando-lhe um beijo no rosto.
—E não podemos esquecer que ainda estamos em missão e até onde sei , temos que recuperar os videntes.
—Pode deixar chefe agente sabe viu — disse Raquel piscando para ele. —Estou com uma fome da porra — disse Shatan.
—Talvez tenha algo para comermos aqui quem sabe um pé de frutas. — falou Juliana.
—Prefiro um peixe assado ou carne com feijão e arroz — disse Montanha.
— Ainda tenho algumas provisões — falou Roberto.
— Jura? Tu é dez chefe — falou Raquel
— Eu também guardei alguns energéticos — disse o japa. E assim os soldados do círculo comeram enquanto davam uma olhada no local.
A vila era toda formada por casas feitas de pedras e telhados de madeira, um muro de pedra cheio de plantas cercava o lugar, espalhados pelos cantos coqueiros, e palmeiras imperiais se erguiam impotentes do solo. Tudo envolta lembrava uma construção feita pelos incas, com gravuras nas pedras. E alguns totens metal espalhados em vários pontos da vila.
Os rastros de sangue haviam sumido, mas a vegetação rasteira amassada não deixava duvidas alguns corpos tinham sido arrastados na direção da construção maior de pedra que lembrava um templo inca.
Juliana sentiu o coração dispara e mais uma vez aquela sensação de medo a invadiu. Ela suspirou e deu um grito.
— Puta que pariu de novo — disse Shatan e correu para segurar a garota.
—Isso já aconteceu? — Indagou Roberto
— Quando estávamos preparando a fuga lá nos esgotos, ela teve esse ataque e previu o que ia acontecer, por isso voltamos!
—Uma vidente no meu grupo! — disse Roberto espantado.Juliana abri os olhos e falou.
— Para sobrevivermos temos que desafiar o Deus da água!
Os soldados do círculo seguiram em fila indiana se esgueirando pelo canto da muralha de pedras. À medida que o grupo Delta avançava pelo mato alto, insetos voavam para todos os lados, dos mais variados tipos, borboletas, abelhas,mosquitos e moscas dentre outros.
Roberto encabeçava o grupo, seus pensamentos estavam confuso, uma vidente sobre seu comando lhe dava uma tremenda vantagem em situações de perigo, mas também havia problema de que uma pessoa assim atraia muitos olhos cobiçosos para o grupo, gente malvada capaz de tudo para arrancar um vidente a fim de servir aos seus propósitos.
Então rapidamente Roberto tirou esses pensamentos da sua mente,todos esses questionamentos ficariam pra depois que saíssem desse lugar e chegassem ao posto de parada onde o comando central estaria esperando os videntes.
A entrada do templo parecia deserta, a não ser por duas tochas na entrada tudo estava quieto. O templo possuía três andares, e lembrava uma pirâmide. As paredes de pedra estavam cobertas de musgo em muitas partes. Gravuras de figuras dançando e lutando estavam desenhadas nas beiradas grossas que dividiam os andares.
Deda chegou mais perto de Roberto e falou:
— Nunca vi uma construção como essa
— Por isso mesmo é bom ter muito cuidado quando entramos ai dentro. —Disse Núbia que estava logo atrás deles. E assim eles entraram no templo.

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