terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Um passeio nas trevas Capítulo XVII

A escuridão era soberana dentro do mundo subterrâneo em que havia se transformado os esgotos. Ninguém sabia ao certo como tudo começara, mas depois do castigo, muitos se refugiaram nos esgotos e passaram a viver a li, escavaram mais fundo a fim de se protegerem dos predadores. Então galerias inteiras foram modificas, passagens tinham sido criadas e alguns alimentos cultivados com luze artificial como verduras e legumes foram implantados. Caixas de água potável e cisternas se espalharam em grande número absorvendo água da chuva a través de canos grossos que desciam da superfície.
Mas viver nas trevas deixou os homens doentes, aos poucos eles esqueceram o que era belo e palavras como compaixão e bondade foram tiradas de seu vocabulário, o canibalismo e a loucura, foram se instalar no meio daquele inferno. Seitas malignas se espalharam como praga proclamando sua verdade obscura. E eles abraçaram a escuridão.
Sem Deus os homens sucumbiram à loucura e esqueceram o calor do sol. Sem sonhos as mentes galgaram os degraus da insanidade, a esperança de uma raça se fora, perdida junto com seus heróis.
Deda ia à frente passando pelos lugares apertados e unidos, onde baratas corriam para todos os lados. O ar era quente e mal cheiroso. Poças de água negra banhavam as botas dos soldados.
Logo o trecho ficou mais largo e Deda saio em uma área bem ampla. Depois de descer cinco degraus, ele chamou os outros. Ali as paredes eram mais altas e o ar menos fedido. Toda via as poças eram maiores e mais fundas chegando quase no joelho. O solo estava esburacado e lodo cobria boa parte das paredes de azulejo.
— Lugarzinho maneiro esse! Amei — Disse Shatan rindo.
— Cala aboca magrelo!! — Rosnou montanha dando uma tapa na cabeça de Shatan, que quase cai de cara na lama, uma vez que saiu cambaleando e foi pego por Leandro que disse: — Ei na moral que tapa da porra, meu irmão pensei que ia arrancar a cabeça do mago. — Leandro ria em quando Alexia olhava com cara feia para montanha.
—Impressionante como mesmo em uma hora dessas vocês não levam nada a sério! — Brigou Raquel olhando pra Leandro, Shatan e Montanha. Roberto nada notou, pois sua mente estava em estado de alerta. Observa tudo atentamente, olhava para os cantos mais sombrios com o binóculo no modulo de visão noturna. Teria que mandar colocar uns óculos de visão noturna na armadura na próxima parada caso saíssem vivos.
— Puta merda, eu tenho péssimas recordações de esgotos — Disse Iury.
—Todos nós temos, todavia Roberto foi o que mais vezes veio aqui e um dessas vezes voltou por mim — falou Deda emocionado.
—Somos sobreviventes lembram e vamos sair novamente daqui. — Disse Juliana. Deda afastou-se e foi verificar mais as pistas.
—Vamos pela esquerda, as paredes aqui estão mais sujas e as manchas são recentes. — falou Deda. O grupo seguia sempre atento. A ordem era pra usar as armas brancas, como os bastões e garras, balas só em último caso, pois saindo dali ainda teriam que andar até o posto de parda. E sempre tinha a possibilidade de encontra surpresas desagradáveis pelo caminho, como as bestas cyborgs.
Roberto não parecia nada confiante, tudo permanecia quieto. Aquilo por si só já o apavorava. Pior do que encarar o perigo era o suspense de encontrá-lo a qualquer instante. Andaram mais de cinqüenta metros e agora as paredes se estreitaram. Nas laterais havia canos pingando água. Então uma gritaria se fez ouvir, berros de pessoas possessas chegavam até os ouvidos dos soldados. Roberto a justou o binóculo e o que viu fez seu coração bater mais forte. Alexia gritou e Shatan tapou lhe a boca.
— Sobe, sobe na porra das paredes rápido!! — disse Roberto com urgência na voz.
—Mas Alexia e Shatan não estão usando uniformes? — indagou Juliana.
— Ela sobe nas minhas costas e Shatan nas costas de Rubens — Disse Roberto. Os gritos se tornaram mais estridentes e se aproximavam. Nesse instante, muitas vozes foram ouvidas junto com os gritos, com rapidez o grupo Delta escalou as paredes como verdadeiras lagartixas humanas. Abençoadas modificações feitas nos trajes pelo cientista Fábio.
Logo um bando de loucos com os cabelos desgrenhados e corpos nus foi passando pelo local. Essas pessoas portavam machados, facas, barras de ferro alguns levavam tochas. Traziam prisioneiros.
Os prisioneiros gritavam em quanto eram carregados em grossas estacas e tinha seus corpos amarrados com arame. A cena era forte. E os que conseguiram olhar teriam pesados durante muitas noites. Os corpos perfurados pulsavam de sangue.
Devia haver cerca de cinqüenta loucos ou mais, por último vinha um todo vestido com cabelos das mais variadas cores, que lhe cobriam o tronco; na mão direita um cajado. Esse sujeito professava canções do inferno. Sua voz era grave e abarba suja estava cheia de piolhos. O mau cheiro de urina e sujeira impregnava o ar.
Núbia andou mais para o canto perto do teto e para seu azar; ela colocou as mãos em um lodo. Sentiu o corpo despencar. O japa foi rápido e segurou sua mão. Ela balançava em pleno ar sob as cabeças de um bando de fanáticos. O pensamento de todos era não cai, não cai, porque se isso acontecer, será o fim. Todos teriam que lutar em um espaço apertado, e a munição suficiente nada ajudaria.
Os loucos passaram e logo o lugar mergulhou no silêncio e na escuridão. Núbia suava por todos os poros, por muito pouco não caiu em meio a um destino cruel. Depois que desceu ela agradeceu dando um beijo longo no rosto de Iury.
Roberto assumiu a dianteira junto com Deda. O grupo seguiu por uma área mais aberta, até chegarem a uma bifurcação. Ali goteiras pingavam do teto e nas paredes manhas de sangue seca coloriam o macabro ambiente.
— E agora? — Indagou Roberto. Deda procurou mais rastros e falou
—Vamos pela esquerda,mas não tenho certeza.
—Então acho melhor agente se dividir — falou Shatan que acabara de chegar com os outros.
—Nem pensar !! — falou Roberto.
—Teríamos mais chance de cobrir uma área maior em menos tempo.
—Inda não pretendo tomar essa medida, juntos temos mais chances de sobreviver. — falou Roberto.
—Mas também podemos perder os caras de vista pra sempre. — Roberto ainda estava com duvida quando Iury falou:
—Acho que ele tem razão. Chefe podemos achar os videntes logo então ... Juliana deu um forte grito e caiu no chão. Os olhos viravam e ela tremia sem parar.
Raquel ajoelhou-se perto dela e a segurou no colo. Pouco depois, ela abriu os olhos e falou: — Se nós se paramos vamos morrer!!
—Como é? — Indagou Montanha
—Eu vi todos nós morrendo pelas mãos dos loucos, eu vi minha própria morte!! Há via uma pessoa de cabelos longos e negros que nós condenava ela parecia uma mulher, mas a escuridão não deixava ver nenhum traço do seu rosto. E depois ouvi os gritos e luzes roxas piscando. Notei que metade do grupo não estava lá eles tinha morrido antes. Por isso não devemos nos se parar.
—Meu Deus ela é uma vidente! — A firmou Núbia.
Juliana ficou de pé bebeu um gole da água e o grupo seguiu através do caminho que ficava a esquerda. A li tudo era mais escuro e o barulho de água era mais forte. Todos queriam saber mais sobre o dom de ju, mas não era hora nem lugar.
Sem que soubessem uma criatura estava a caminho um ser medonho vinha a fim de capturar seres humanos. E o grupo Delta era sua caçada.


Continua no próximo capítulo a guardem...

domingo, 27 de dezembro de 2009

Capítulo XVI Os videntes



Roberto e seus comandados se preparavam para saírem em busca dos videntes que foram seqüestrados pelos homens vestidos com pele de animais. Segundo o administrador era cinco adivinhos todos esperavam ansiosos para serem levados até o comando central, todavia o ataque inesperado os fez reféns de mentes perturbadas.
Na vila o trabalho era intenso e quase míngüem sabia sobre o desaparecimento de algumas crianças. O Administrador do lugar preferiu deixar as coisas dessa forma, pois por ora não necessitava de distrações durante a reconstrução do povoado da barragem. Mas assim que o trabalho tivesse terminado ele daria a notícia. Tentaria confortar o povo e além do mais tinha a palavra de Roberto e esse prometera fazer o possível a fim resgatar as crianças.
— Só tenho a agradecer a ajuda de vocês, na certa todos nós teríamos morrido hoje. Eu e meu povo seremos eternamente devedores da vossa coragem e habilidade de guerreiros — disse Zeca para Roberto. O administrador estava emocionado e as palavras saíram carregadas de emoção.
— O que me preocupa agora é encontra os videntes com vida e levá-los para o encontro com o comando central. E quem sabe eles não localizam as crianças. — Falou Roberto enquanto passa a mão pelos cabelos negros e curtos.
— Todas as coisas já estão prontas, senhor, mas a munição ta muito escassa e o próximo posto de parada ficam a dois dias de caminhada. — Disse Deda.
—Não me agrada nada seguir os loucos do esgoto nessa situação. E temos que alcançá-los antes que os rastros sejam apagados. —falou Roberto.
—Já podemos partir senhor? — Perguntou Juliana colocando a cabeça entre a porta. Roberto fez um gesto com o polegar para cima e piscou para ela.Zeca deu um forte abraço em Roberto.
O grupo Delta deixou o povoa do com o sol nascendo. A jornada ia ser arriscada e as poucas horas de sono não davam conta do cansaço.
Do alto da muralha Zeca olhava para os homens do círculo e desejou ser um dos membros. Aqueles homens sempre seguiam adiante deixando para trás os pobres mortais como ele com seus problemas administrativos. Então um frio percorreu sua espinha, os soldados caminhavam na direção do perigo, quando todos corriam para fugir eles entravam para lutar, estavam sempre abraçando risco de vida. Não Zeca decididamente não queria ser um deles.Podia admirar a coragem daqueles homens,mas sua vocação graças aos céus não era militar.
Montanha e Deda iam a frente, seguidos por Leandro e Shatan. Na seqüência iam Núbia e Alexia, O japa e Juliana e por último Roberto e Raquel. O mato era baixo e os rastros deixados pelos atacantes ainda eram visíveis, eles seguiram para o leste.
Deda era o rastreador, sempre encontrava pistas onde muitos nunca iriam achar nada, por isso ia à frente. Andaram por uma trilha estreita e os galhos rosavam os copos e vez por outra tinha que ter cuidado a fim de não serem atingidos nos olhos. Subiram uma serra e depois seguiram por uma planície verdejante. O sol já estava alto no céu azul, pássaros cantavam trepados nas árvores em quanto outro bando cortava o espaço dançando por sobre as árvores em vôos ritmados pelo céu.
— Puta merda nós já estamos andando a mais de duas horas e nada dos caras. Na moral acho que se encantaram— disse Leandro.
— Pronto agora deu a porra. Mas me fala uma coisa Leandro se os videntes são mesmo videntes, por que diabos não previram que estavam em perigo? — Indagou Shatan.
— Bem parece que eles precisam de concentração daí acho que não estavam fazendo isso e foram pegos de surpresa.
— Então qual é a graça de se ver o futuro? —perguntou Shatan.
— Pessoal vamos dar uma parada para comer alguma coisa!! — Gritou Roberto. O grupo resolveu descansar em baixo de uma árvore frondosa de grosas raízes. Iury sentou-se ao lado de Raquel e essa pegou o cantil e bebeu um pouco de água. Deda ficou ao deitado com a barriga pra cima e Núbia escorou a cabeça em seu colo. Leandro olhou meio com ciúmes, mas logo mudou o pensamento, pesar do sexo, todos ali eram amigos e muitas vezes o sexo era uma forma de relax. Nada de compromisso. Roberto sentou-se um suando uma pedra como banco.Shatan fumava seu cigarrinho relaxadamente.
— Voltando à pergunta feita por Shatan posso explicar, pois meu pai foi um vidente — disse Juliana.
— Meu pai começou ver as coisas muito cedo ainda criança, ele me falou que no início pensava que sonhava acordado, por que as visões são com sonhos muita coisa acontece até você conseguir se para as mensagens das coisas que vão ocorrer. Contudo, o problema com o futuro é que ele sempre esta em movimento e dependendo das escolhas tudo muda.
—Então não é uma previsão com cem por cento de acerto? —Indagou Alexia.
—Eu diria que não é uma ciência exata. Segundo meu pai há forças invisíveis que auxiliam no caminho das pessoas e forças que fazem o mal. Os videntes são como receptores eles enviam o sinal e mostram as coisas, muitas vezes localizam pessoas e lugares, mas não sabem o que vai o correr exatamente no futuro. Por esse motivo eles se reúnem a fim de formarem uma rede maior e com isso ter mais clareza com as visões do futuro.
Muitas vezes as visões vem rápidas como flahs , mas isso não o corre com todos os videntes somente os mais poderosos os que se concentram mais e conhecem os mistérios da mente. Nos outros é necessário concentração. Por esse motivo acho que os que foram capturados são os menos poderosos — disse Juliana discorrendo sobre sua experiência com essas pessoas místicas. Na verdade Juliana não gostava de falar sobre essas coisas, só contara a história do seu pai com a finalidade de que todos seguissem a busca dos adivinhos, visto que, já existia questionamentos sobre o propósito da missão.
Juliana guardava com sigo um segredo ele era vidente, mas tinha medo, pois quando tentava usar esse dom coisas estranhas se mostravam diante dos seus olhos, coisas más e gente morta lhe atormentava durante semanas. Os videntes podiam ver coisas boas e más, esse era o preço.
Pouco depois o grupo Delta já voltava a marchar, pela mata que agora estava bem mais alta. O chão ali estava úmido e escorregadio. Deda fez um sinal com a mão e foi rastejando até próximo de um grande bloco de cimento. Depois chamou o restante do pessoal e disse:
—Eles entraram aqui isso nos leva até os esgotos
—Merda nós tínhamos que ter impedido essa descida— disse Roberto
—O que tem de mais nós esgotos ? — Indagou Alexia e completou —Claro além de serem nojentos.
—Temos dois problemas primeiro eles ficam perto das grandes aldeias, segundo só os piores loucos do mundo vivem ai— Respondeu Montanha. Roberto sentia o suor frio escorrer por sua testa, voltar aquele lugar sempre lhe roubava a paz. O escuro, fedorento, muitas vezes apertado e cheio de perigo, aquilo trazia péssimas recordações.
Então uma a um eles entraram na abertura e foram tragados pela escuridão.Continua no próximo capítulo...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Capítulo XV A passagem



Dentro do abrigo das crianças, um estrondo foi ouvido os homens que vigiavam o lugar foram pegos de surpresa por feras peludas e sedentas de sangue. Os leões cyborgs quebraram as portas e adentraram no local.
Não houve quem não corresse, em desespero os homens tentavam atirar contra as feras, todavia os seres bestiais se moviam rápidos e medo tinha dominado as mentes ali, míngüem conseguiria lutar contra essa força poderosa criada pela natureza e aperfeiçoada pela tecnologia.
Amanda e Hélio duas crianças de apenas dez e nove anos correram a fim de procurar abrigo no andar de cima. Os corações zinhos batiam acelerado e o pavor saltava aos olhos dos dois. Assim como eles mais de vinte crianças estavam ali.
Hélio espiou da escada e viu quando um leão saltou sobre um sujeito careca e cravou as presas na cabeça do homem. Os ossos do crânio estralaram e o sangue desceu pelo rosto do infeliz. Hélio ficou paralisado, então ouviu o grito de Amanda que puxava pela sua mão. Outra fera perseguia Silas um guarda baixo e gorducho que corria gritando e atirando sem parar.
Roberto vinha rápido seguido por montanha. Eles assistiram quando os leões se lançaram contra a porta. Então os tiros e gritos começaram. Roberto apertou o passo.
Dentro de uma sala com pouca luz um sujeito moreno e magro de olhos fundos, tremia de pavor aos seus pés dois meninos tinham acabado de sangrar até morrer vítimas da loucura do sujeito que fez uma oferenda aos deuses da noite a fim que eles o livrassem das bestas. Ele ficou ali calado suando e ouvindo o choro das outras crianças e som da luta no salão.
Rapidamente os leões acabaram com os guardas despedaçando seus corpos e banhando de sangue as paredes da sala. Logo subiram pelas escadas farejando o sangue. Roberto adentrou na casa. Seus olhos percorreram a sala e só havia marcas de destruição.
—Puta que parou chefe! Eles estão no andar de cima! — Disse montanha chegando junto de Roberto.
—Vamos temos que salvar as crianças—
Os dois subiram os degraus pulando de dois em dois. No corredor havia apenas a escuridão. Os guerreiros do círculo passaram por um dos quartos. A porta estava meio aberta, mas o lugar estava vazio. De armas nas mãos Roberto e Rubens, o montanha, examinava outro quarto. Até agora nada, nem sinal dos bichos e muito menos das crianças. As paredes escuras oprimiam ainda mais os sentidos.
Então uma luz forte brotou da porta no final do corredor, gritos foram ouvidos. Os guerreiros disparam para lá. Rubens arrombou a porta com um chute. Dentro da sala uma luz azula estava se formando enquanto as crianças eram elevadas através de uma passagem, conduzidas pelas bestas. Roberto disparou, todavia o portal de luz se fechou engolindo as crianças e as feras.
No canto da parede havia três corpos, duas crianças e um homem. O sujeito magrelo tinha sido ferido seriamente pelas feras.
— Por Deus que aconteceu aqui? — Indagou Roberto
—Desde quando as bestas têm portais? — perguntou Montanha. Os dois examinaram os corpos e constataram que as crianças foram mortas com algo pontudo e não tinha sido as besta quem fizera tal atrocidade e sim o sujeito que ainda tinha ao lado do corpo a faca.
—Filho da puta! — Disse Roberto.
—Para onde eles as levaram? — Perguntou Montanha.
—Não sei, há muita coisa estranha se desenhando nesse jornada.
Dentro da vila os guerreiros conseguiram conter o avanço das bestas. Muitas tinham se retirado para a floresta. E o lugar estava arrasado. Sobre o muro Shatan, Deda, Núbia,Leandro, Iury , Raquel e Juliana olhavam as feras saindo para se perderem na escuridão da floresta. Zeca gritava de euforia. Os homens antes temerosos da vitória gritavam sem parar. Graças apoio dos soldados da força Delta membros do círculo o lugar fora salvo.
Alexia saiu do esconderijo e caminhou para a muralha. Ela e outras mulheres agora iriam ajudar a cuidar dos feridos.
Roberto voltou com montanha e se reuniram com os outros na casa do administrador. Sentados em volta de uma mesa de mármore conversavam enquanto uma bela refeição era preparada. Roberto contou sobre o portal e todos acharam o fato muito intrigante.
—Já vimos essas coisas matarem aldeias inteiras, mas fazer prisioneiros, nunca! — disse Juliana.
—Parece estranho. — disse o japa
—Ei na moral ta estranho mesmo, portal? Isso é loucura! —Comentou Leandro.
—O pior é que de alguma forma acho que as feras salvaram as crianças. — disse Roberto
—Como é bateu com a cabeça? —indagou Raquel
—Não é isso gostosona, quando eu e o chefe chegamos e os vimos entrando no portal, as crianças não pareciam assustadas.Examinado o quarto descobrimos duas crianças mortas, por um dos homens e ao que tudo indica ele ia matar mais moleques até ser impedindo pelas feras. —disse montanha.
—Você ta de sacanagem —falou Juliana.
—Temos mais perguntas que repostas, acredito que devemos nos alimentar dormir um pouco ai amanha vocês partem em busca dos videntes — disse Zeca.
Longe dali em um laboratório estranho o portal se abri e os três leões saíram conduzindo as crianças. Uma moça baixa de cabelos louros e olhos amorosos correu e afagou a cabeça das feras. Então ela disse :
—Bem vindas ao abrigo! Eu e meu pai junto com outras pessoas estamos tento fazer daqui um lugar seguro.
Contínua no próximo capítulo

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Capítulo XIV Noite escura parte 2



Os homens no centro do povoado formaram uma barricada atrás de caixotes de madeiras, sacos de arreia. Outros permaneceram dentro das casas, apontado suas armas pelas janelas. Esse era o perímetro defensivo interno. As bestas já avançavam fazendo suas primeiras vítimas.
De cima da muralha Leandro, Juliana, Iury, Shatan e Núbia continuavam atirando. Roberto descera para combater no solo, junto com Montanha, Raquel e Deda.
— Não estamos conseguindo desfazer a porra das pontes — Disse Iury. — Temos que continuar tentando, muitas feras avançam por essa maldita ponte — Falou Núbia. Os tiros pegavam algumas bestas e elas tombavam sobre a ponte de corpos. Então os cadáveres eram arrastados pelas outras criaturas até as margens do lago. Esse processo atrasava um pouco o ataque, todavia isso não ia conter a invasão. A vila seria destruída.
As bestiais criaturas agora corriam dentro do povoada, dilacerando com suas garras metálicas e dentes fortes, os frágeis corpos humanos. Augusto foi perseguido por um predador que o viu se esconder entre os escombros. Augusto pensara que saindo do centro da luta poderia salvar sua vida, todavia o que fez foi se isolar. Virou uma presa fácil.
A ferra o encurralou entre o muno de pedras e algumas estacas caídas de madeira. Augusto já ouvira falar das bestas, mas nunca tinha visto uma tão de perto. A gora o terror que sentia não se comparava a nada que havia sentindo antes. Ele contemplava a morte. Ela era imponente, sobre quatro patas, os músculos, pêlos e metal se fundiam maravilhosamente.
O metal azulado estava espalhado pelas pernas da fera. Se iniciava nas as garras e se ramificava como uma raiz pelas pernas e ia tomando a forma nas coxas. Depois se espalhava para o peito, e partes do dorso mais na lateral. Os olhos mecânicos brilhavam como velas da morte. A boca e o nariz não assim como as orelhas não possuíam metal. A baba pingava daquela boca feroz. Podia-se ver nitidamente as pintas da onça nas partes onde não havia cobre. A besta cravou suas presas na garganta do infeliz. Augusto lembrou-se mais ou menos das palavras de Roberto: ”Vocês vão pedir a Deus para terem lutado”.
Roberto percorreu uma pequena distancia da muralha até o centro da aldeia, seguido por Montanha, Raquel e Deda. Feras adentravam por um buraco na ala norte da muralha e outra pelo lado noroeste. Roberto pegou a escopeta que disparava balas explosivas. Se pôs perto da barricada.
Dois monstros saltaram sobre Roberto o tiro foi certeiro à fera foi pega em pleno ar e seu corpo se espatifou em chamas. O outro cyborg teve sua barriga alvejada pelas balas cuspidas pela metralhadora de Rubens, o montanha, a besta caiu sangrando. Raquel disparou com sua pistola 45, atingindo a cabeça de um predador que vinha a sua esquerda. Deda correu e atirando, derrubou mais três feras. As rajadas da metralhadora pegaram os seres enquanto esses dilaceravam uma vítima que cuspia sangue pela boca.
Logo as balas iam acabar e se o avanço das pontes não fosse contido seria o fim. O administrado Zeca segurava um rifle e disparava do alto da muralha.
— Não vamos conseguir era melhor terem ido salvar os videntes— disse Zeca para Leandro.
— Ainda estamos vivos não estamos? Então não venha entregar a porra da luta antes do final. — Falou Leandro.
— Colocamos as porras das minas para nada — falou Juliana enquanto disparava com seu rifle.
— Espera um pouco! Cacete, podemos atirar nas porras das minas caralho!! — Gritou Núbia.
— Como assim? Elas estão dentro da água lembra? — Indagou o japa. Núbia o ignorou e pegou seu detecto calor, o mesmo a parelho usado para localizar Roberto quando esse foi atacado pela cobra dentro do rio. Núbia o acoplou ao rifle. Depois apontou a arma para as águas do lago e as manhas mais claras piscaram. Eram as minas, elas emitiam uma pequena luz para serem encontradas pelos soldados caso não fossem usadas. Era como eles as recuperavam.
O grupo de Roberto conseguia matar, mais criaturas selvagens, todavia a munição diminuía drasticamente. Mais monstros cyborgs, uma mistura de animais e maquinas, não paravam de adentrar pelos buracos nos muros.
Deda agora usando sua escopeta atirava contra um predador que investiu em sua direção, o monstro explodiu rolando pelo chão. Os tiros eram disparados como muita perfeição, mas os predadores pulavam e se desviam com sucesso.
Atrás de uma pilha de caixas de madeiras e entulho a força Delta combatia ao lado dos homens da vila. Se é que se podiam chamar garotos de quinze e dezessete anos de homens. Seus rostos juvenis refletiam o pavor daquela situação desesperadora.
— Estou quase sem balas! — disse Raquel
— Peguem as garrafas com combustível e atirem neles, quando elas acabarem — disse Roberto.
Logo os membros do segundo bando que era formado pelos leões adentram no lugar, com suas jubas saindo do metal e olhos vermelhos eles, eram maiores, mais fortes, mais violentos um maldito pesadelo.
Depois do castigo essa espécie que era oriunda da áfrica, fugiu dos circos e zoológicos e se pôs procriar em solo Brasileiro.
Mais disparo foi dado e os leões agora pulavam dentro das casas e matavam os soldados que de lá tentavam atirar ou jogar garrafas com líquido inflamável sobre eles.
Gritos de homens e berros dos predadores preenchiam o som da noite. As bestas estavam ganhando terreno. Três leões partiram na direção do abrigo das crianças. Roberto viu e saiu no encalço.
—Perra caralho !! — Gritou montanha e disparou atrás
— Puta que pariu onde ta indo nosso chefe ? — Indagou Raquel.
—Não sei, mas aposto que é para impedir alguma coisa, acho melhor ficarmos dando cobertura aqui, o montanha foi com ele. — Respondeu Deda. Raquel queria ir, entretanto se saísse deixaria o lugar mais vulnerável do que já estava.
Sobre a muralha Núbia conseguia atingir as minas com seu rifle, que agora estava com o sensor térmico acoplado. As forças da explosão jogaram as feras para o alto, dando fim as pontes de corpos que elas tinham feito.
—Morram filhos de uma cadela!! — Gritava Shatan. Zeca comemorava dando um forte abraço em um dos seus guardas. Logo Iury , o japa, atingiu mais minas usando o mesmo artifícios de Núbia. Ele certara bem abaixo e ao lado de uma ponte de corpos, onde o segundo bando já passava. Os leões vinham correndo com suas jubas enormes os corpos fortes brilhavam com os raios da lua. Devido a conflagração de energia desprendida das minas corpos e água subiram levados ao ar. Feras atordoadas urravam de agonia enquanto seus membros eram despedaçados pela poderosa explosão.
Os três leões que seguiram direto para o abrigo das crianças sentiram um cheiro forte de sangue fresco e por isso investiram para lá. Suas poderosas patas erguiam poeira enquanto percorriam naquela direção. A lua iluminava as feras e suas sombras se projetavam nas paredes das casas. Em sua perseguição vinha Roberto. Empunhado sua arma ele morreria, mas nunca permitira que os inocentes fossem mortos. A imagem da criança pedindo um abraço fora o que lhe fez ficar.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Noite Escura Capítulo XIII


A lua cheia surgia no horizonte, banhando o céu e a terra com sua cor prata. O vento frio soprava sobre a barragem formando pequenas ondulações na superfície da água. O brilho do luar era refletido no espelho de águas.
Sobre os andaimes das muralhas estava o grupo Delta, menos Roberto e Deda. Os homens do povoado permaneciam calados espiando para a mata silenciosa. Rezavam pedindo ao senhor que as bestas não viessem, pois não eram guerreiros e sim trabalhadores. Com o ataque sofrido naquela manhã eles foram obrigados e substituir os soldados.
Dentro da casa do administrador, Roberto fala em uma rádio com o comando do norte.
— Sua missão comandante Roberto é seguir os videntes! — falava a voz metálica do general Maia no rádio.
—Não posso deixar eles indefesos, há muitas crianças aqui!
—Isso não lhe diz respeito soldado! Podemos acabar com essa guerra e você vai ferrar tudo. Se aqueles homens forem mortos você e seu grupo será preso e terão uma morte lenta. Sai daí agora e vá resgatar os videntes. Se o grupo Delta não partir em dez minutos vão se ver comigo seus cães!
—Senhor eu acho que não estou sendo claro, temos crianças aqui e as defesas do lugar foram comprometidas.
—Cala aboca soldadinho de merda! E da o fora daí. Eles não são problema seu. Deus cuidara deles.
—Vai se ferrar seu puto! Sabe quantas vezes arisquei meu pescoço e dos meus homens para que você ficasse com seu rabo livre de mordida sentado na porra de uma cadeira dando ordens?
—Soldado! Isso não vai ficar assim vou mandar prendê-lo por insubordinação. Eu pessoalmente irei acabar com sua raça seu merda!
— Será um prazer venha me pegar filho da puta!! — O rádio foi desligado por Roberto. Ele olhou para Deda e esse disse:
—Não ouvi ordem alguma.
—Eu também não — disse o administrador Zeca.
Os predadores se aproximavam velozes e letais, eles vinham prontos para acabar com aquele lugar. Os corpos musculosos e pêlos misturados com o metal davam ao seres um aspecto frio e ameaçador. Patas fortes pisavam solo erguendo folhas e poeira da terra.
Quando Roberto e Deda chegaram à muralha, ouviram o grito dos homens. Todos espiavam para fora. E lá estavam as feras. O bando era grande. Pares de os olhos vermelhos e amarelos dançavam de um lado para o outro.
O medo já colocava suas garras nas mentes de alguns homens e eles burramente espalhavam seu veneno propagando o medo entre os seus.
—Ai meu Deus! Vamos morrer
—São muitos.
—Pelos céus não somos soldos.
—Estamos condenados todos seremos devorados.
—Parem de chora feito coitadinhos. Eles não terão piedade de níngüem por estarem com medo. Não é tempo pra chorar. Muitas vidas inocentes contam com cada homem. Muitos sonhos vão morrer hoje se vocês não lutarem. Pessoas morreram hoje a fim de que vocês pudessem viver um pouco mais. Honrem esses companheiros, mostrado pra essas bestas que nós somos guerreiros e guerreiros não desistem.
Hoje lutaremos até o último home!! Por que somos soldados! Só os que lutam serão lembrados pela eternidade com homens de coragem. — Falou Roberto. Os homens gritavam em resposta.
—Querem ser lembrados como os que choram ou os que lutaram? Quando essas coisas invadirem esse lugar e você escutar o grito dos inocentes você vai sentir uma dor tão grande na alma que ira despedaçar o corarão então você vai pedir a Deus que tivesse lhe dado coragem para proteger os pequeninos. Essa noite para nós é escura, mas não tenho medo da morte amigos tenho medo da vergonha de não ter lutado!
Montanha tinha os olhos lacrimejando e gritou:
—Círculo,Círculo !! — Logo o berro se espalhou pela muralha.
—Vamos acabar com esses cretinos — Disse Raquel
—Vou começar — Disse o Japa e tomou sua posição na muralha.
As feras se lançavam nas águas e vinha nadando rápida. Então as minas colocadas por Deda e Núbia começaram a explodir. A água subia enquanto pedaços de metal e músculos eram erguidos pela força da explosão.
Os homens disparavam e as bestas urravam enquanto balas cortavam seus corpos metálicos. Mais criaturas detonavam outras minas. O som das ferras cortava noite como um lamento raivoso.
—Morre filhos da puta!! —berrava Juliana enquanto disparava com sua metralhadora. Shatan atirava com seu revólver.
As criaturas vendo que o lugar estava minado mudaram de estratégia. Formaram cinco fileiras na margem e com os próprios corpos começaram a criar uma forma.
—Que merda é essa agora, por que estão fazendo isso? — Indagou Zeca para Roberto.
—Vão criar pontes usando os corpos uma fera segura à outra — Respondeu Raquel. Roberto permanecia concentrado.
—Na moral por essa eu não esperava! Tomamos no rabo sem cuspe na moral — falou Leandro.
—Cala a porra da boca seu anormal! — Disse montanha.
—Que nada é só agente ir até as margens da ilhota e bater com uma pedra dos dedinhos deles — disse Shatan rindo.
—Porra mais um doido nessa droga de grupo!! — falou Montanha.
A movimentação das ferras era frenética e as pontes já se projetavam na direção da ilhota. Sobre todas as ponde ia juntando mais criaturas. Os tufos de pêlos brotando das carcaças metálicas eram medonhos e aqueles olhos frios com suas cores mórbidas penetravam fundo nos medos dos homens.
Os homens disparavam, mas não conseguiam conter o a avanço. Logo as feras estavam pisando na ilhota. Os gritos começaram os monstros conseguiram entra.
Contínua no próximo capítulo ...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Capítulo XII Noite de Vigília






Roberto e seu grupo foram recebidos na casa do administrador da vila do lago. Uma casa simples, mas confortável, com um primeiro andar e alpendre em volta da casa. A força Delta encontrava-se na varanda do primeiro andar, conversando com o administrador do lugar.
—Agradeço de coração a Deus por ter enviado vocês em tempos tão pavorosos. Ter guerreiro do círculo combatendo ao meu lado é uma honra. — Falou Zeca, uma sujeito gorducho de sorriso fácil, mas jeito sério no tratar com as pessoas.
—Tem alguma idéia por que sofreram esse ataque em plena luz do dia? — Indagou Roberto.
— Não faço a menor idéia, pelo jeito como levaram prisioneiros, mas parecia uma caçada.
— Aparentemente são os loucos que vivem no submundo, os esgotos, mas por que virem tão longe?
— Perguntas e mais perguntas é como uma sombra se movendo sem ser percebida que vai impregnando a mente dos homens bons com charadas sussurradas ao anoitecer. Acredito que a resposta para todas essas perguntas é: indo atrás deles.
—Que porra de idéia e essa voltar aos esgotos? — Indagou Montanha
—Eles podem não ser dos esgotos, já vi relatos de meu povo sobre eles, acho que vivem nas cavernas perto daqui.
— E os videntes que se abrigavam aqui, viemos para encontrá-los?
— Estão em segurança na casa perto da torre sudeste.
—ótimo, agora se nos permiti podemos organizar as defesas, pois há buracos nos muros e as feras podem chegar ao anoitecer. — falou Roberto.
—Claro por que não? Vou levá-los para conversarem com os videntes.
—Não é necessário todos os meus soldados irem, vou com Raquel e o restante vai ajudando na organização das defesas.
Durante o trajeto até os videntes, Roberto e Raquel passaram por um grupo de crianças de caras marotas que correram para abraçar os dois e agradecer por eles terem salvado a vila. Roberto apertava aqueles corpos maginhos e olhava aquelas caras sorridentes e lembrava por que lutava, lutava com o objetivo de proporcionar um futuro decente para essas pessoinhas tão carentes e cheias de sonhos.
A casa onde se encontravam os videntes estava com as portas arrombadas. Dentro os sinais de luta eram visíveis. Cadeiras no chão, mesa quebrada e talheres espalhados. E um soldado ferido gemia no chão.
—Onde eles estão pelos céus? — perguntou Zeca
— Senhor eles foram raptados acredito que o ataque foi só para distrair os guardas. Com isso os miseráveis escalaram o muro e os levaram.
Roberto sentiu o coração gelar. Perder os videntes era um golpe muito duro. Sem eles todos estariam sem direção. O quê fazer? Seguir os homens loucos e deixar as bestas massacrarem as crianças e pessoas da vila? Tentar salvar os videntes? E se eles já estiverem mortos? Duvidas e mais duvidas dançavam por sua mente como fantasmas bailando sob a lua cheia.
A vila do lago esta em polvorosa, pelo ataque sofrido pela manhã quando um grupo de homens vestidos com peles de animais invadiu o lugar e saqueou algumas casas seqüestrado alguns moradores e os videntes. As pessoas não entendiam direito o que havia acontecido e em meio a perplexidade muitos choravam seus mortos.
Como era costume, os corpos foram levados para a terra firme. Lá foram empilhados e cremados. Já não se enterrava os mortos como antes, nada de funerais só as chamas consumindo os corpos.

Envolta da pilha de fogo alguns parentes choravam os velhos companheiros que não mais retornariam para esse mundo. A dor da perca sempre fora um momento muito triste, principalmente para as crianças que nada entendiam.
Roberto não conseguiu ficar organizando as defesas, deixou atarefa com seus subordinados. Sabia que tinha que tomar uma decisão onde os riscos eram enormes. Ficar sem os videntes comprometeria o sucesso da missão. Deixar a vila era entregar àquelas pessoas a morte. Então uma menina magra com o rosto sujo e roupas rasgadas touca lhe o braço. Roberto olhou pra garotinha e ela falou:
— Moço o senhor poderia me dar um abraço? — Os olhos de Roberto transbordaram de lágrimas, ele nunca pretendera ser pai,pois a vida de soldado lhe cobrara esse preço, mas ali diante daquela pessoinha de cabelos cacheados e olhos grandes pedindo um abraço, Roberto sentia-se com dever de pai. Ele agachou-se a abraçou contra o peito, lágrimas rolavam por sua face. A decisão estava tomada, não iria abandonar a pobre criança. O coração é que nos torna humanos a compaixão nos eleva a condição divina. Esses pensamentos entraram em sua mente quanto segurava a menina em seus braços.
A noite ia ser de vigília, por que não muito longe dali um grupo de predadores formado por dois bandos destinos vinham para a vila do lago. Um batedor escondido entre as árvores voltava para dar o aviso o lugar estava comprometido.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Capítulo XI Zona de Perigo






No posto de parada, o engenheiro, Fábio explicava como tinha criado uma buraco no tempo e espaço, a fim de atrair alguma coisa do passado, para poder compreender como tudo se iniciou e com isso tentar reverter à situação em favor da raça humana. Depois que os soldados do circulo, puderam constatar a visão e a comunicação com o passado, foi mais fácil para Fábio esclarecer como ele conseguira tal proeza.
— Há na física quântica um estado da matéria chamado MATERIA EXOTICA, essa matéria quebra todos os conceitos clássicos da física. Sua produção é muito simples. Basta pegar um material do grupo da platina e expô-lo a um arco de mais de 5000Volts. Isso pode ser feito com uma GARRAFA DE LEYDEN e um GERADOR VADERGRAFF.Será obtido uma espécie de pé branco, esse pé e a matéria exótica, possui características super condutivas e quando e aquecido forma uma espécie de vidro que perde praticamente todo seu peso, sendo capaz de flutuar.
Por ser um tipo de matéria que viola algumas condições de energia que são fundamentais para teoremas clássicos sobre singularidades do espaço-tempo pudemos trabalhar usando sua energia para tentar abrir buracos no tempo espaço. Todavia era necessário que do outro lado houvesse uma porta aberta, ou seja, alguém tentando fazer o mesmo.
—Até ai deu pra entender, mas como é possível isso? A probabilidade desse evento o corre é muito remota — comentou Roberto.
— Correto a probabilidade era muito remota se nós não tivéssemos os videntes. Eles são chave para o passado e o nosso futuro, foram eles quem localizaram as portas do passado e por isso nós encontramos o que procurávamos. Todavia o mundo passado já foi traçado, e o futuro muda constantemente. Por isso não temos certeza de muita coisa.
Segundo os videntes vocês têm que achar o homem do passado para tentar salvar nosso mundo, mas não sei se há como transportar uma pessoa através da eras. Um objeto como câmera é relativamente fácil, pois ele seria desmontado lá e remontado aqui, entretanto uma pessoa é muito mais complexo.
—Então como conseguimos nos comunicar com um deles? —Indagou Raquel.
—Uma vez que nós preparemos para enviar algo para o passado como a micro–câmera, agente abre um buraco no tempo e um link é feito até que o objeto se desfaça e apareça lá. Nós usamos a ciência trabalhando junto com os videntes uma coisa quase impensada em outras épocas.
— Putz ! — disse Roberto.
Terminada a explicação o grupo delta foi limpar suas armas e passar uma revista nós uniformes que foram ajeitados por Fábio e Erick.
Fábio havia implementado nova funcionalidade aos uniformes, que ele chamou de aderência de lagartixa, ou seja, através de um dispositivo onde milhares de pêlos microscópios presentes nas luvas e botas eram acionados. Criava-se uma força atrativa entre as moléculas do traje a parede criando à força intermolecular que daria aderência a superfície.
Deda e Leandro testou e a dupla ficou andando literalmente grudados no teto.
— Meu irmão é muito massa essa onda!! — Gritou Leandro.
—Puta que pariu, conseguimos nos mover com certa rapidez — falou Deda.
— Cacete o cara aqui é um gênio— falou Juliana dando um abraço e um beijo no rosto do professor Fábio. Ele ficou vermelho de vergonha, mas radiante por ver seu trabalho bem executado.
Roberto chamou Fábio para o canto da sala de controle e lhe fez um questionamento.
— O homem que nos mandou para a vila estava falando de coisas que matam monstros, coisas que andam na escuridão.
— Não notaram nada de estranho na vila que der razão a esse pensamento?
—De minha parte não! Também com aquela loucura toda.
—Prometo investigar até mesmo por que uma caravana passou outro dia e as pessoas falaram que viram alguns copos de bestas, sem marcas de ferimento de balas ou facas. Pareciam dilaceradas por garras. Isso me intrigou, uma vez que nunca tivemos relatos de briga entre eles.
—Tudo bem, mas toma cuidado.
—Pode deixar guerreiro eu inda sei atirar e além do mais estou trabalhando com robôs pequenos que podem sair e filmar tudo e depois voltar.Não sou homem de grandes aventuras já me basta as aventuras do laboratório.
A noite chegou e no outro dia a força delta seguiria viagem rumo à vila do lago. Lá eles pegariam alguns videntes e rumariam para a aldeia dos profetas. Onde se esperava que a localização do homem do passado pudesse ser vista sem interferência. Segundo as tradições se fazia necessário um bom número de videntes.
Raquel deitou-se em um sofá, onde pegou um velho livro de romance e começou a ler. Era raro encontra produção de livros em grande escala nos dias de trevas. Erick vinha andando quando se deparou com Raquel de shortinho deitada com as penas cruzadas. Era uma visão erótica para qualquer um principalmente um sujeito novo e virgem.
Então ele não perdeu tempo ficou espionado a moça que paras sua alegria vez pro outra abria as pernas. Ela era um mulherão, coxas grossas barriga dividida, bunda grande e seios belos. A boca carnuda e os cabelos ruivos alimentavam as fantasias mais secretas que abita o imaginário masculino.
Erick estava excitado então segurou as calças foi desabotoando o zíper. O coração batia acelerado. Quando voltou para ver o lindo lance. Raquel sumira. Nesse instante uma não tapou sua boca e ele foi jogado no sofá. O coração disparava acelerado, as mãos suavam.
Raquel já percebera que alguém estava lhe observando, só podia ser o adolescente tarado.
—Estava me comendo com os olhos seu moleque?
— Não ! Por favor eu nunca ia...
— Engraçado porque não é isso que o volume na tua calça mostra. — falou Raquel rindo. Erick ficou atordoado, não sabia o que fazer.Que vergonha meu Deus, fora pego como um maldito donzelo que era.Que merda!Raquel foi se aproximando montou sobre ele, então tirou a blusa e os seios lindos e firmes saltaram diante dos olhos de Erick. Ele não podia acreditar iria perder sua virgindade com uma deusa!
—Se você me deseja tanto espero que possa me dar um pouco de sua vitalidade— disse ela e beijou Erick com muita paixão. A língua de Raquel dançava nos lábios do jovem. Raquel deslizou suavemente com seus dedos pela barriga do jovem em seguida enfiou a mão nas calças de Erick. Ele quase teve um troço.
—Calma safadinho temos a noite toda— sussurrou Raquel para o moço.Erick teve uma noite de sexo como já mais imaginou em toda sua vida.
Pela manhã eles partiram, normalmente gostavam de andar a noite, mas devido à batalha na vila tiveram que descansar mais do que o previsto. Os suprimentos foram abastecidos adquiriram mais munição e agora os uniformes contavam com uma utilidade a mais eles podiam escalar sem cordas.Mas isso não significava ter que abandonar o matéria de rapel.
Erick contemplava com tristeza a partida da bela mulher ruiva. Antes de sair ela lhe dera um beijo gostos e molhado. Ainda não acreditava no o corrido. A lembrança da noite com Raquel fez seu coração palpitar mais forte. Ele suspirou estava apaixonado.
O grupo Delta junto como os novos integrantes caminhavam em um dia de sol. Vez por outra a brisa soprava agitando o mato rasteiro do caminho. A frente ia dupla: Roberto e Raquel, depois vinham, o Japa e Deda, Leandro e Núbia. Shatan e Alexia e por último a dupla Juliana e Montanha. O azul intenso coloria o firmamento. Algumas nuvens projetavam suas sobras sobre algumas serras verdejantes. A natureza seguia seu rumo florescendo cheia de vida. Insetos como abelhas, borboletas e outros voavam espalhando pólen entre as flores.
A marcha já durava mais de uma hora. Roberto transpirava e suor escorria de sua testa. Subiram uma serra, muito inclinada e em certo ponto tiveram que engatinhar. Vencendo essa etapa desceram até as margens de um rio. Depois de tomarem água seguiram acompanhando a beira do rio e cruzaram por cima de pedras onde o rio diminuía seu volume de águas. O barulho da correnteza era sempre relaxante. Espumas brancas se formavam pela força da água contra as pedras. Plantas aquáticas dançavam na outra margem e por todos os lados árvores frondosas cheias de pássaros davam mais vida à pela paisagem. Terminada a travessia seguiram alguns passos e subiram um morro de pedra.
A quando avistaram A vila do Lago tiveram uma terrível surpresa: o lugar ardia em chamas, corpos se espalhavam pelo chão e muitas pessoas eram caçadas por homens vestidos com pele de animais. O lugar estava sobre ataque.
O povoado fora construído no meio de uma imensa barragem sobre uma extensa faixa de terra. Era uma forma de defesa, contra as bestas metálicas. A construção lembrava uma forte, quadrado e com torres espalhadas pela muralha. Todavia as paredes de um forte eram de mais grossas e não de madeira como ali.
Roberto ordenou a seus atiradores que ficassem em posição. Com um binóculo ele vasculhou o lugar. Dentro não havia muitos focos de incêndio, mas as marcas da destruição se faziam notar pelos entulhos de portas quebradas, corpos mutilados.
Roberto focou seu binóculo sobre uma figura grande de um homem que andava pulando feito um gorila. De repente o sujeito parou e espio na direção de Roberto. A figura era um ser de face de formada, com um olho caído, verrugas espelhadas pelo rosto, e dentes serrados como um animal, olhos vivos e cheios de loucura. Pelas vestes e a cor esverdeada da cútis, só podia ser um dos muitos loucos que habitavam os esgotos. Mas o que faziam tão longe? Os esgotos ficavam próximos das grandes aldeias.
Todos desceram o morro de pedra. Roberto mandou que o grupo fosse atacar os intrusos, mas os atiradores, Núbia e Iury dariam cobertura, não antes de estabelecer um perímetro de segurança. Onde Shatan e Alexia vigiariam os atiradores. Que no momento do disparo ficavam desprotegidos caso alguém viesse em sua retaguarda, eles não teriam tempo de se defender.
O lugar possuía uma única ponte elevadiça que no momento encontrava-se parcialmente destruída. Jangadas estavam ancoradas onde os invasores jogavam algumas pessoas dentro. As duas torres queimavam e uma fumaça negra subia para o céu. Os portões estavam abertos.
Roberto investiu pela ponte, ele e Montanha atiraram em um grupo de homens vestidos com pele de animal que corriam a fim pegar uma mulher. Leandro disparou contra os infelizes dentro de uma jangada. Juliana atirou na direção de um grandalhão que erguia dois machados e partia para confrontar o grupo Delta. Raquel disparou sua pistola calibre 45 contra a cabeça de um dos invasores que atirava facas do alto do muro. Deda apertou o gatilho contra outra jangada uma saraivada de balas cortou o transporte ao meio alvejando três ocupantes.
Iury e Núbia miravam com perfeição os disparos certavam os homens que sugiram pela margem e corriam para a ponte a fim de atacar o grupo delta por trás.
O grupo de Roberto cruzou a ponte a passou pelos portões. No interior do lugar, muitos corpos espalhados, casas em chamas, gritos e correria transformavam um lugar em uma praça de guerra. A vila do lago era formada na sua maioria por prédios com um primeiro andar. As ruas eram estreitas. O chão era de barro batido e a poeira reinava soberana em meios ao caos.
Núbia e o Japa eliminaram alguns invasores e junto com Shatan e Alexia correram até o restante do grupo. Enquanto avançavam Leandro e Juliana dava cobertura agachados juntos ao portão.
—Eles não portam armas de fogo, por isso devemos economizar munição, pois quando for à noite as bestas vão vir e ai a coisa vai ficar cada vez pior. — Falou Roberto. O recado era simples usem armas brancas e suas habilidades de luta com bastões. Atira só em caso extremo.
— Adoro esse aparte — disse Raquel.
— Eu também. Gostou de ouvir o som dos crânios se quebrando quando bato com meu bastão neles. — falou montanha
—Isso é um doente. Na moral olha o pensamento do cara — comentou Leandro.
Logo um grupo de sádicos vindos do meio de uma fumaceira correu para investiu contra eles. Deviam ser pelo menos vinte homens fortes e loucos. Eles urravam e brandiam seus machados e facas. Vestidos com resto de peles. Nos ombros ossadas polidas de cabeças crianças brilhavam a luz do sol. O mais sinistro era que as cabecinhas mantinham os cabelos.
Alexia tremia da cabeça aos pés assim como Shatan que sabia usar uma arma de fogo, mas se proteger sem isso era complicado. Os loucos dos soldados que fosse sair na tapa, ele não queria morrer iria usar a arma.
Roberto pegou dois bastões de choque. O dispositivo era acionado por um giro no cabo, baterias embutidas forneciam uma onda de choque capaz de interrompem a comunicação do cérebro com o corpo. Não era letal, mas tirava os combatentes da batalha tempo o suficiente para serem amarrados ou eliminados sem gastar munição.
—Prefiro as garras— disse Raquel lambendo os lábios.
—Vou usar os bastões mesmo — disse Núbia. O japa pegou sua Katana (espada do samurai). Montanha e Leandro fizeram o mesmo que Iury, o japa, e pegaram suas espadas. Deda aderiu às armas de choque assim como Juliana.
—Procurem um lugar seguro e usem sua arma de fogo, mas cuidado não vão gastar a munição toda !! — Gritou Juliana para Shatan e Alexia.
Assim que Shatan e Alexia se afastaram os guerreiros vestidos com animais e fedendo a suor e cheiro de esgoto, atacaram. Gritando eles não tomaram conhecimento dos seus adversários.
A luta se desenrolava de forma frenética e muito rápida, os golpes dados por Roberto que se esquivava e atacava como extrema habilidade deixava os enfurecidos inimigos prontos para as espadas dos companheiros.
Iury girou o corpo e um golpe de machado passou apenas a alguns centímetros de acertar seu peito. A espada conduzida pelas mãos do japa atingiu a barriga do atacante. Ele gritou enquanto a lâmina cortava sua barriga. Nesse instante Iury levantou a katana e sol brilhou em sua folha de metal. A arma desceu veloz e decapito o infeliz.
A poeira subia do solo enquanto os soldados em uma dança mortal liquidavam com os invasores. Núbia certou um chute bem no meio das pernas de um agressor ele caio e foi perfurado pela espada de Deda. Raquel correu para um homem forte que havia segurado Juliana pela cintura a atirara ao solo.
Raquel gritou e usando sua destreza apoiou a bota do joelho do grandalhão que mais lembrava um bicho que um ser humano, tanto pelo tamanho quando pelo cabelo grande e super sujo, e saltou cravando as garras no rosto do sujeito que gritou de agonia em quanto o aço lhe rasgava os olhos e parte do nariz. Raquel caiou de pé o gigante tombou diante dela.
Leandro lutava contra dois homens que possuíam como armas facões. Leandro movia-se sempre em círculo, com isso os agressores erravam constantemente o alvo. Leandro desviou de um ataque e cravou sua espada no peito de um cara baixo e careca. O outro vendo aquilo avançou berrando. O facão produzia um som metálico quando era defendido pela Katana. Os dois seguiram nessa disputa até Leandro girar e decepar as mãos do agressor. O homem ficou olhando as mãos caídas no solo e sangue jorrando dos cotocos. Então ele saiu correndo e urrando.
Montanha agachou-se em sobre uma perna e espetou um dos invasores. O sujeito fedorento berrava enquanto era erguido do solo ainda com a lâmina no seu corpo. Montanha o arremessou para longe.
Juliana agora chutava a parte interna da coxa de um invasor muito forte. Depois de dois chutes fortes no esmo lugar o cara manquejava. Então ela deu lhe uma pancada no rosto com um dos bastões. A corrente percorreu o rosto do homem e o sangue brotou da boca onde os dentes tinha se partido. Esse caiu morto.
Deda lutava junto a Roberto os dois rapidamente deram capo mais quatro adversários. Roberto defendeu uma machadada com o bastão e rapidamente atacou o agressor girando envolta dele enquanto suas mãos conduziam as armas de choque que impactando com o corpo do homem produziam faíscas. Deda deu um corte na perna de um dos invasores e depois cravou lhe a espada na garganta. Roberto correu para outro intruso e acertou lhe a cabeça com um chute rodado. O calcanhar pegou na nuca. A queda foi violenta. O camarada vestido em peles de cachorro desabou e ficou estrebuchando no solo. Deda teve sua espada tirada por um golpe duro de machado. Por sorte a luva absorveu o impacto.
O guerreiro de olhar maníaco, tremia a boca e babava pelo canto da boca. As mãos dele se ergueram para dar mais um golpe, nesse momento entre o camarada ergue as mãos e eles virem carregando o machado a fim de acerta o soldado, Deda mergulhou nas pernas dele e aplicou lhe uma linda queda. Segurando o sujeito e colando a cabeça nas costelas dele Deda o retirou do solo e o jogou de cabeça no chão.
Shatan olhava tudo muito perplexo ainda estavam na zona de perigo e por isso ele disparou contra três sujeitos que saíram de uma das casas e vieram em sua direção.
Mais homens avançaram munidos com correntes tacos enrolados com arame eles investiram contra Shatan e Alexia. Shatan atirou, mas ai não teve tempo para recarregar. Correu puxando Alexia com ele.
O grupo Delta encontrava-se cercado de novo. Mais invasores corriam a fim de acabar com eles.
Shatan subiu para a torre. Os agressores partiram na captura. Dentro da torre não havia nada que pudesse usar como arma dois corpos perfurados por facas jaziam no solo.
Quatro homens entraram na torre, aramados e ferozes então um som de algo que lembrava uma trombeta foi ouvido. Os invasores se olharam e deram os deixaram em paz. Alexia chorava copiosamente abraçada a Shatan.
— Que porra é essa? — indagou montanha vendo os invasores irem embora.
— Acredito que a missão deles acabou! — Disse Roberto.
—Pelo menos conseguimos acabar com alguns safados — falou Deda.
—Cadê o magrelo? — Indagou Juliana.
—Vendido ali com a vadia dele — disse Raquel.
—Que língua ferina. — disse Núbia.
—Ela tem carinha de santinha, mas garanto que é uma pervertida —comentou Raquel.
—Vamos deixar dessa conversa de merda. Temos que saber ao que estava havendo aqui? Será que os guardas da vila protegeram os videntes? — Indagou Roberto deveras preocupado.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Capítulo X Imagens do Futuro



O auditório estava completo, membros das forças armadas, cientistas ,técnicos . Os cientistas, Doutor Aberto e Doutor Altair. Começaram fazendo uma explicação sobre as teorias da viagem no tempo.
A sala mergulhava no mais profundo silêncio, e os convidados se acomodavam em cadeiras de cinema, muito macias e confortáveis. Um data show exibia imagens do espaço.
—Bem senhores como todos estão cientes estamos trabalhando na criação de um tele-transporte que possa colocar coisas no futuro e trazê-las de volta. Inicialmente pesquisávamos sobre viagem no tempo, para exemplificar melhor vou falar um pouco sobre a teoria do buraco de minhoca. — Explanava o Dr. Alberto.
— O que vem ser exatamente isso? É uma dilatação no tempo e espaço onde o espaço se dobra como uma folha de papel e você pode saltar de um ponto a outro? — Indagou Alex um cientista que estava na primeira fileira.
— Isso chama-se: a teoria de viagem através de dobra espacial baseia-se no conceito da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, a qual afirma que as grandes massas de gravidade aglomeradas criariam fendas no espaço-tempo, que concentrariam não só massa e energia, mas o próprio tempo junto. Essas curvaturas seriam imperceptíveis aos nossos olhos, assim como a curvatura da Terra é para quem está nela. Essa teoria também sugere um universo multidimencional , com pelo menos 3 dimensões de espaço e 1 de tempo. Baseando-se nisso, a Teoria da Dobra Espacial sugere que aplicação de certa força poderia criar uma "ponte" entre duas partes dessa fenda por uma "quarta dimensão" e, assim, "dobraria" o espaço.
— Fantástico, mas não estamos falando de dimensões paralelas , falamos de avançar no futuro — disse a capitã Amanda.
— Então voltando a questão da viagem no tempo, que é nosso foco, nós conseguimos criar um buraco de minhoca ou talvez ele já estivesse aberto e só tivemos a sorte e encontrá-lo. — Deu uma pausa e continuou:
— Quando o buraco de minhoca é criado, uma das extremidades do buraco de minhoca é acelerado até velocidades próximas da luz, talvez com a ajuda de uma nave espacial sofisticada, e em seguida desacelerado até à velocidade original. Devido à dilatação do tempo, na parte acelerada do buraco de minhoca o tempo passou muito mais devagar. Um objeto que entra no buraco de minhoca a partir da parte não acelerada viajará até ao outro lado até o futuro. Este método tem uma limitação: não é possível viajar a épocas anteriores à criação da máquina; na prática, forma-se uma espécie de túnel para uma região que ficou relativamente parada no tempo, mas não se cria uma máquina capaz de viajar a qualquer época que se deseja. Por esse motivmos so poderimos ir até o futuro onde a coisa já existe.
Bem nossos parceiros da Universidade de Harvard, conseguiram criar em parceria Cern (Organização Européia de Pesquisa Nuclear), a matéria chamada matéria exótica. Utilizando sua energia, conseguimos , adaptar nosso tele transporte para enviar uma micro-câmera para o futuro.
— Pode ser mais claro? Por que para mim tudo parecesse um roteiro de ficção cientifica — Disse o Brigadeiro Sérgio.
— Bem senhores não adianta ficarmos aqui perdendo tempo tentando explicar como conseguimos, temos as imagens do futuro. E não sei o que fizemos, mas o futuro é negro para os humanos. — Disse Altair.
—Você esta dizendo que teve êxito em enviar uma micro-câmera e voltar com imagens do futuro? — Indagou Coronel Justino
— Mas do que isso conseguir fazer contato com o pessoal de lá! — Disse Altair. Todos ficaram chocados e as conversas de espanto se espalharam pelo auditório.
Logo as imagens surgiram na tela. Todos viam uma grade metrópole em ruínas, plantas cresciam por todos os lados, carros abandonados, prédios em ruínas. As ruas cheias de entulho. E alguns esqueletos humanos espalhados pelo chão. Depois imagem congelou em uma criatura grande que se corria sobre quatro patas e depois parava ficava anda sobre duas patas. Os olhos vermelhos e uma mistura de pêlo, músculo e metal saiam de um corpo cyborg uma máquina animal.
Agora as imagens nos travam homens que pelo jeito eram militares, eles falavam como se não estivessem acreditando que os homens pudessem viver nas grandes aldeias. Coronel Justino olhava para as imagens e por um breve momento seus olhos fixaram o rosto do homem que ele nunca iria conhecer, mas se lembraria pra sempre, Roberto o líder esquadrão delta, membro do círculo.Todos estavam abalados com visão de um futuro negro, então tudo foi arquivado e protocolado eles saíram e foram iniciar um trabalho para tentar mudar isso, mas como um cientista falou a vida é como um filme você pode até ver o filme, mas por mais que se esforce, nunca poderá mudá-lo.
continua...

sábado, 5 de dezembro de 2009

Capítulo IX Dias Atuais e o Futuro




O professor Altair formado em física pela PUC de São Paulo estava pesquisando viagens no tempo. Desde a época de estudante o conceito de mover-se para trás e para frente através de pontos diferentes no tempo, em um modo análogo à mobilidade pelo espaço sempre o fascinou. Ele e outro físico de nome Alberto, que tinha sido formado pela Universidade Federal de Pernambuco, partilhavam o mesmo sonho e trocavam experiências sobre o tema.
Alberto era muito influente e por isso conseguira junto ao governo federal uma verba para estudar o tema, claro que ele não revelou, a verdade sobre o projecto, apenas tentava criar um tele transporte em parceria com a de Universidade Harvard, que ficava nos EUA em Cambrideg, Massachusetts.
O tele transporte trabalha a desmaterialização de um objecto em um ponto e o envio das configurações atômicas deste objeto para outra localidade, onde ele será reconstruído. Isso significa que o tempo e o espaço pode ser eliminado na viagem. Podendo-se transportar algunas objetos para qualquer lugar de forma instantânea, sem precisar percorrer uma distância física. Por ser de interesse do govarno trablhar esse tipo de pesquisa e por não causar constragimento no meio científico. Os dois resolveram aproveitar para pesquisar sobre viagens no tempo.
Já no meio científico o tema da viagem no tempo é de circulação bastante discreta; muitos os cientistas não queriam serem ridicularizados por pesquisarem seriamente um assunto que, se diz, seja infértil, ou seja sem real possibilidade de acontecer.
Então em mais de dez anos despesquisa eles consguiram enviar uma pequena câmera que foi mandada para um lugar distante no tempo e espaço. Passado dois anos o material reapareceu e foi conectado aos computadores da sala e agora a câmera se comunicou entre duas eras. Isso era fantástico! As pessoas do futuro acreditavam que não se podia mais viver nas grandes aldeias e quando ele perguntou por que? A comunicação fora cortada. Restava a penas algumas imagens do que fora captado pela câmera. O coração de Altair pulsava como nunca antes.
Então ele pegou seu celular e ligou para Alberto. Precisava avisar ao amigo da grande notícia. Entretanto Alberto não atendeu. Altair queria ver as imagens captadas pela micro-câmera, todavia as imagens gravadas teriam que ser capturadas e retira todas as imperfeições para serem analisadas. Se pelo menos ele pudesse manter o contato com os homens do futuro. Pensando nisso resolveu sair a fim de comer alguma coisa na rua,se fosse um homem dado ao ato de beber hoje seria um dia para comemorar
Quando ia saindo foi abordado por dois homens vestidos de terno preto e óculos escuros, eles eram da ABIN Agência Brasileira de Inteligência, queriam conversar com o Dr. Altair.
Os agentes o colocaram em um carro Toyota RAV 4, cor preto. O carro deixou a praça da república, seguindo pela avenida Ipiranga depois virou a direita na avenida Rio branco, passou pela duque de Caxias. O veiculo avançava por São Paulo e seu transito caótico. Seguiram até a Rua Abílio Soares ,1130. Ministério do Exército.
Dentro de uma sala confortável, cinco membros oficiais do exército e um civil, esperavam pelo Dr. Altair.Todos estavam sentados em cadeiras com forro de couro envolta de uma mesa grande de madeira clara com bordas arredondadas. Na parede ao fundo uma foto do presidente Lula em uma grande moldura sorria para todos. Um carpete negro cobria o piso de mármore. O Ar estava frio dentro da sala, pois o aparelho de ar-condicionado fora ligado.
— Bom dia Doutor — saudou o Coronel Justino, um homem alto de bigode negro, olhar sério,pele morena que fora o único a ficar de pé.
— Bom dia para todos — disse Altair
—Não precisa ter medo, agimos assim para sua segurança, e a partir de hoje seu trabalho será feito com recursos militares.
—Espera um pouco não estou entendendo como assim?
—Ora doutor não faça essa cara de inocente, por que sei que sua pesquisa de tele transporte é um muito mais que os figurões de Brasília, pensam que é. — respondeu o Coronel Justino. Altair ficou branco o sangue lhe sumiu do rosto.
—Sente-se homem, pode sentar, não vai ser tão ruim quanto parecesse.
Dr. Altair obedeceu e tomou seu lugar a mesa. Os militares estavam trabalhando em conjunto com a ABIN, e desde que os gênios começaram trocar e-mails sobre a descoberta com as viagens no tempo isso desperto o interesse dessas duas esferas do governo Brasileiro.
As apresentações foram feitas, a mesa era composta por um coronel de Aeronáutica, de nome Janair, um capitão de mar e guerra da marinha chamado Juvenal e claro o coronel Justino. A ABIN enviara um dos seus representantes o agente especial Marcio. E a capitã Amanda, uma cientista formada em biofísica. Por último um sujeito baixo e gordo de óculos com aros de tartaruga e jaleco branco, seu nome era hélio estudava o campo da robótica.
— Sei que tem algo para nós contar se vai trabalhar com agente precisamos da verdade, dita pelo senhor — falou a capitã Amanda.
— E se eu não falar?
— Nunca mais vai poder trabalhar em algo grande como esse, projeto, sabe que tem avanços nesse campo, mas o pessoal de Brasília, não gosta de viagens no tempo, a imprensa acha pura ficção. Não estamos lhe obrigando apenas estamos financiando seus sonhos, por quanto tempo foi ignorado? Tido como um excêntrico? Quer isso de volta a sua vida? — indagou Juvenal
A pressão do capitão de mar e guerra Juvenal, a certava um ponto onde os homens que lutam por um sonho, não gostam de ser atingidos: voltar a estaca zero, ver a oportunidade de um trabalho cair no ralo.
—Estamos cientes da importância de sua pesquisa,mas sabemos que algumas figuras ligadas ao governo acham uma bobagem desperdiçar dinheiro público com isso enquanto a saúde do país vai mal. Em resumo se não aderir ao nosso projeto , seu trabalho durara mais um mês no máximo.Imagina sele eles descobrirem que não existe a penas o tele transporte? — falou Marcio
—Tudo bem eu estou dentro, mas aviso não posso trabalhar sozinho preciso de meu amigo e físico brilhante ...
—O Dr. Alberto, ele já esta aqui e ao contrário do senhor não mostrou resistência, mas fico feliz me tê-los no projeto.
—Muito bem amanhã o senhor e seu Amigo Dr. Alberto farão uma apresentação sobre os avanços até aqui. Será no auditório. Outra coisa, o senhor a partir de hoje, não sai sem escolta e qualquer comunicação com membros não autorizados fica terminantemente proibida, nada de celular, e-mails,carta, fax ou recados. — Disse o Coronel Justino.
—Mas ha um problema a ser resolvido, a apresentação tem que ser convincente ,pois o jogo de interesses é muito forte e todos os homens que estarão presentes, colocando seus cargos em risco querem uma coisa solida.
—Mas eu pensei que já estava tudo certo?
—Quem dera fosse assim filho, mas temos uma única oportunidade e vamos fazer isso direito. — falou Juvenal.
— O senhor será levado para seu novo ambiente de trabalho dentro de uma semana e o tempo necessário para montar o laboratório. — falou o coronel Janair. A pequena reunião foi encerrada.
Altair encontrou o velho amigo Alberto no refeitório da base militar. O lugar era amplo e coalhado de mesas e cadeiras. Mas estava praticamente vazio. Alberto com seu rosto magro e bigode ralo sorriu para Altair acenando com as mãos. A pele queimada pela as caminhadas matinal na orla de boa viagem mantinha um ar de jovialidade nele.
Altair a caminhou até a mesa onde Alberto comia uma salada de frutas. Os dois trocaram um forte abraço. Dois militares observavam tudo no canto da sala.
—Que alegria vê-lo aqui!! — Disse Alberto
—Fico feliz em estar junto com você, mas confesso que essa coisa secreta esta me dando nos nervos.
—Desde que enganamos o governo arrancado dinheiro com outro propósito, sempre foi secreto. Não sei o porquê dessa agonia agora?
—Correto. É que nunca gostei de militares, eles sempre pensam em guerras e aposto que vão usar nosso conhecimento para esse fim.
—Deixa de paranóia, pela primeira vez temos carta branca, e você fica ai dando chilique.
—Olha tenho uma coisa para mostrar, mas para isso precisamos ir até o laboratório.
—Então vamos.
—Nós conseguimos a câmera voltou e eu conseguir criar um link temporário com o futuro, vi pessoas que viviam em um abrigo militar eles, não acreditaram quando falei que alguém possa viver nas grandes aldeias.
—Grandes aldeias ?
—Cidades, nossas metrópoles, para eles é impossível.
—Por que?
—Perdi a droga da comunicação nesse ponto, todavia creio que as imagens possam nos dar algumas respostas.
Os dois comunicaram ao comando sobre a importância de pegarem um material para a apresentação do dia seguinte.

Quando chegaram ao laboratório, foram examinar as imagens captadas pela micro-câmera. O técnico de imagens Rafael, tinha deixado um bilhete colado ao lado do monitor. Onde estava escrito: ”não sabia que os gênios da física curtiam filmes baixados na internet, mas confesso que nunca vi algo tão real.” O computador mostrava na tela uma mensagem que o processo tinha terminado.
—Ele achou que era um filme? — Indagou Alberto. Rapidamente Altair clicou no botão de play e as cenas foram exibidas. Os dois ficaram alarmados e fascinados ao mesmo tempo. Eles custavam a acreditar que aquilo fosse real, os animais eram extra ordinários.
Continua...

Capítulo VIII Posto de parada




Quando o grupo parou para descansar o dia já ia clareando, mas o céu permanecia coberto pelas nuvens. Para chegarem ao posto de parada ainda andariam boa parte da manhã. Agora que o calor da batalha havia se dissipado, as dores e o cansaço faziam o corpo e a mente pedirem uma trégua. Roberto já andava normalmente assim como os outros.
A chuva ainda persistia, mas a fúria da tempestade se fora. A mata estava mais viva e pássaros já voavam deslizando pelo cenário cinzento de densa floresta de mata atlântica. O som da manhã vinha chegando e pequenos macacos gritavam de cima das árvores.
À medida que avançavam mata adentro, eles passeavam por sua flora. Encontram algumas espécies características da mata atlântica como: palmeiras, bromélias, begônias, orquídeas, pau-brasil, cedro cipós dentre outras espécies.
Raquel estava com uma bandagem na cabeça, por sorte o corte não fora profundo. Depois de descer por uma ladeira pedregosa, eles chegaram até um banco de areia onde uma linda cascata caia graciosa sobre algumas pedras ao fundo.
Por trás da cascata encontrava-se porta metálica da entrada do posto de parda. Era uma sensação boa chegar ali era como voltar para casa. Um lugar onde se podia trocar de roupa, dormir preciosas horas de sono e comer uma boa comida.
— Finalmente chegamos graças a Deus — disse Iury.
— Vou nadar um pouco — falou Roberto.
— Eu prefiro uma boa cama estou morta— disse Raquel
Um rapaz magrelo de aproximadamente dezesseis anos abriu a porta do posto de parada e gritou:
—Olá!! Vocês são da força Delta? Por que se forem estão atrasados.
— Cala essa boca seu veadinho!! — Gritou Montanha. O rapaz ficou assustado,mas continuou.
— Não estou reclamando senhor só fiquei preocupado. Recebi a transmissão que os senhores deveriam ter chegado ontem à noite.
—Ok moleque valeu tua preocupação, mas não teria ai algo decente para comermos? — disse Roberto.
—Claro senhor. Temos churrasco de búfalo, cozido de tatu e cebolas fritas com cogumelos, arroz e batata doce. E meu nome não é moleque chamo-me Erick, viu Erick.
—Certo moleque, Erick o moleque — disse Roberto.
Alguns seguiram para dentro do abrigo, menos Roberto, Shatan, Juliana e Núbia que ficaram nadando apenas com roupas íntimas. As duas guerreiras possuíam corpos atléticos, bundas grandes, sendo que Núbia tinha seios maiores. Shatan ficou feliz por Alexia não ter ficado, daí ele podia babar a vontade. Roberto era forte, possuía peito largo e algumas cicatrizes pelas costas.
Núbia comentou no ouvido de Juliana que o bumbum de Roberto era lindo e dava vontade de apertar, as duas riram e quando ele olhou, elas mergulharam. Terminado o relaxante banho todos adentraram na base.
O lugar era um alojamento subterrâneo, bem amplo, com três dormitórios, uma cozinha, banheiro, sala de operação com comunicação via rádio onde um painel grande de 29 polegadas estava sobre uma mesa cheia de fios e peças eletrônicas. Potentes baterias de solar alimentavam o lugar.
Na mesa o pessoal comia aminadamente, todos já tinham tomado banho e estavam com roupas mais frescas como camisetas e shorts. O cheiro do churrasco de búfalo invadia o lugar. A carne na chapa derretia a gordura e o aroma se espalhava pelo ar.
—Onde conseguiu carne de búfalo ? Indagou Rubens , o montanha, falando com a boca cheia.
—Aqui perto tem sempre um bando pastando e as vezes casamos um deles. Mas é só às vezes por que se matamos muitos, isso pode atrair os predadores até aqui. — respondeu Erick.
— E a eletricidade? De onde vem? —Indagou Shatan bebericando um copo de suco de manga.
— Usamos células FV — respondeu um sujeito gorducho chamado Fábio que era o responsável pelo lugar. Ele era engenheiro eletrônico e analista de computação. Shatan continuou com cara de duvida.
— Há desculpem vou explicar melhor: FV são células fotovoltaicas feitas de materiais especiais chamados de semicondutores, como o silício. Basicamente, quando a luz atinge a célula, uma certa quantidade ela é absorvida pelo material semicondutor. Esse material é encontra em chips de microprocessadores. Isso significa que a energia da luz absorvida é transferida para o semicondutor. Então a energia arranca os elétrons fracamente ligados, permitindo que eles possam correr livremente. As células FV também têm um ou mais campos elétricos que forçam os elétrons livres, pela absorção da luz, a fluir em um certo sentido. Este fluxo de elétrons é uma corrente; e pondo contatos de metal na parte superior e na parte inferior da célula FV drenamos essa corrente para usá-la externamente. Faças-se a luz.
—Valeu pela aula professor — disse Shatan. O engenheiro Fábio gostava de ser ouvido pelas pessoas e sempre aproveitava o seu mento de estrela.
—Nunca pude entender direito com tanta gente pirada, como ainda existem pessoas de mente brilhante? — Indagou Alexia.
— O nosso mundo está em outro estágio, como sabemos não somos mais a espécie dominante, mas para sobrevivermos tivemos que manter vivo o conhecimento e a educação. Pequenos grupos formam professores e vão se espalhando nas mais diversas áreas. Não sei o que houve com o antigo mundo, mas o conhecimento é que nós manteve vivos até hoje — explicou Fábio.
—Já ia me esquecendo alguém trouxe os circuitos novos que pedi ao comando? — Indagou Fábio.
—Estão na minha mochila quase esqueci, espero que não esteja que brado depois do que passamos. — Respondeu Iury.
Desculpa perguntar senhor, mas poderiam contar sua aventura? — Perguntou Erick. Roberto iniciou a história e os outros foram compartilhando a conversa, Iury disse ter ficado muito nervos por ver seus amigos ali prontos para serem enforcados. Erick era só admiração, queria estar lá lutando contra loucos e feras.
Terminada a refeição e chegando ao final da história todos foram dormir. Enquanto isso os trajes iam para a manutenção esse era um dos trabalhos dos homens que viviam nos postos de parada: cuidar para que os soldados do círculo sempre estivessem com suas armas e equipamentos, prontos para as batalhas. Pois ávida de todos dependia disso, sem o círculo a morte chegaria rápido as pequenas vilas humanas. Sem falar no transporte de remédios e material eletrônico para os postos.
Depois de quase doze horas de sono, Roberto acordou e foi para o chuveiro. Tirou a roupa e sentiu a água morna banhar lhe o rosto. Fechou os olhos e quando abriu Juliana estava dentro do box com ele. Ela sorriu e se aproximou dele, os corpos nus tremiam de excitação, Juliana beijou Roberto e as mãos dele deslizaram pelo seu corpo. Fizeram amor em baixo do chuveiro. Roberto ergueu Juliana abraçando suas coxas e os dois mexiam rapidamente os quadris. Depois ele deitou-se tendo ela por cima. Os beijos eram molhados e as freses ditas em meio aos sussurros eram picantes.
No outro quarto Leandro fazia amor com Núbia, à bela morena gemia alto obrigando Leandro a tapar lhe a boca.
Raquel estava cozinha preparando um lanche quando viu que o jovem magrelo olhava para sua bunda. Então maliciosamente ele se baixou para pegar algo no chão, o shortinho ficou cavado no traseiro. Erick quase teve um troço. Que mulher gostosa!
—Oi queridinho não sabia que estava ai — disse ela ainda de bunda para cima olhando para ele.
—E... esta precisando de alguma coisa moça?
—Você sabe fazer um lanche? — Indagou Raquel se recompondo.
—Claro que sim, vou caprichar
—Então ta amoreco, vou ficar ali sentadinha esperando — disse Raquel passando pelo jovem e tocando com o dedo nos lábios de Erick.
O japa vinha chegando e falou:
— Mais uma vítima inocente? Pobre criatura escravo do desejo há,há
—Cala aboca ele viu o que queria e eu tenho meu lanche há,há
—Garota má. Vamos partir amanhã alguma notícia do comando? —indagou Iury puxando uma cadeira para sentar.
— Inda nada o professor Fabio esta tentando fazer contato. — respondeu Raquel. Erick voltou com um sanduba com muito, alface, carne assada,tomate, ovos e molho de tomate e um copo de suco de acerola.
—O quê docinho! Obrigada viu gatinho.
Erick quase caio com aquele olhar sedutor, a mulher era fantástica, nem em suas mais loucas fantasias poderia imaginar uma deusa como aquela, lábios carnudos, cabelos avermelhados, coxas grosas ...
Seu devaneio fora interrompida pelos gritos de Fábio. Todos correram para a sala de controles , onde uma tela exibia uma imagem distorcida de um lugar muito estranho.
—Caralho conseguiu, conseguir!! — Gritava Fábio sem parar de pular. Roberto adentrou na sala junto com Leandro, Núbia , Juliana, Deda , Iury e Shatan. Alexia tinha ficado dormindo. Depois veio Montanha falando:
—Que porra é essa? O professor pirou?
—longe de isso caros amigos eu conseguir fazer contato com o mundo antes do castigo.
—Mas isso é impossível! — disse Raquel que tinha Erick colado em sua cintura.
— Não quando o passado quer encontra o futuro. — Respondeu o professor. Diante da tela um sujeito careca de bigode branco usando um jaleco branco movia sua câmera para uma janela. Ali todos puderam contemplar a vista de uma grande Aldeia antes do castigo

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Capítulo VII A tempestade



Pesadas nuvens cobriam o céu e uma torrente de água desabava sobre a terra. O vento gemia alto e a chuva açoitava os telhados das casas. As calhas estavam transbordando de água. Pequenos córregos já se formavam arrastando folhas e lixo pelas ruas. A noite se tronou mais tenebrosa e negra, todavia quando os relâmpagos rasgavam as nuvens uma claridade mórbida pairava pelo ar, revelando sombras grotescas das árvores sem folhas.
Em meio a esse cenário de caos parte do grupo Delta agradecia a chuva por ajudar a combater o fogo que agora consumia, parte do terraço da casa e se alastrava para dentro do lugar onde Roberto e os seus haviam se escondido. A fumaça invadiu a residência obrigando os soldados do círculo a correm para o andar de cima. Deda bem que tentou sair pelos fundos mais foi recebido a balas. Estavam cercados.
— Não há nada mais animador de que uma coisa ruim ficando pior — Disse Juliana. Piscando para Roberto.
—Onde porra estão os outros? — Indagou Roberto
— Espero que cheguem antes de sermos consumido pelo maldito fogo — disse Raquel. Deda foi para perto dela e espiou pela janela do quarto.
O desgraçado do líder ainda gritava estigando às pessoas para acabar com os infiéis. Raquel tentou atirar nele, mas com essa arma velha não era possível acertar o miserável.
As pessoas pareciam ter deixado de atirar e agora se aproximavam com tochas a fim de lançá-las contra a residência que já ardia em chamas. Raquel atirava em cada um que tentava chegar perto. Contudo em meio aquela tempestade a tarefa era complicada. Deda, Roberto e Juliana se juntaram a ela e os disparos foram ficando mais efetivos. Todavia a munição estava preste a acabar.
Shatan levou os outros por uma trilha já cheia de lama seguindo para a colina. Lá existia uma construção de pedras, onde boa parte das cosia, como armamentos e outros utensílios eram mantidos. O lugar possuía duas torres e uma única entrada, uma porta de ferro. A tempestade castigava o solo e o céu parecia estar em guerra. Relâmpagos faiscavam cortando as nuvens, os trovões estouravam e a chuva castigava sem descanso. A ventania também não dava trégua.
Montanha ia rastejando junto com o japa, Shatan, Leandro e Núbia. Os corpos cobertos de lama era uma camuflagem adequada para a situação. Por causa da forte tempestade alguns guardas da vila não estavam nas torres. Preferiram buscar abrigo dentro do prédio central. Entretanto deixaram dois homens lá para qualquer emergência. Esses não ficaram de bom grato, mas ordens são ordens.
Montanha conseguiu achegar ao pé do muro. Não havia luzes saindo das torres. Mesmo assim quando um relâmpago clareou a noite escura, Núbia viu um homem espiando para fora. Por sorte não olhava para baixo. O muro de pedra devia ter uns três metros. Rapidamente Montanha ficou em constado na parede e Leandro subiu nos seus ombros, depois Núbia escalou os dois conseguiu chegar encima do muro.
Núbia agachou-se e caminhou com graça pelo muro. Com rapidez foi em direção há uma das torres. Chegando perto saltou para um andaime de madeira. O vento produzia um terrível uivo de tristeza. Núbia viu quando um homem vinha saído.
O guarda Moises estava chateado por ter que ficar na merda da vigília em quando os outros escrotos estavam no bem bom. Então resolveu que era hora de trocar o turno. Deixaria aquela desgraça de torre para outro otário. Assim que colocou o pé fora foi a tacado por uma mulher que lhe atingiu com um chute potente a parte interna da coxa. Ele cambaleou sentido a dor do impacto da canela da moça contra os músculos da sua coxa. Tão rápido como viera o primeiro golpe veio o segundo: uma cotovelada no queixo que o fez cair desacordado.
Núbia espiou para o homem caído e rapidamente avançou sobre ele e quebrou-lhe o pescoço, não havia tempo para amarrar o sujeito, a vida dos amigos estava na ponta de uma navalha.
Quando se virou o guarda da outra torre saltou sobre ela. O homem vira quando a mulher entrou na torre de Moises. Naquele escuro não tinha como ele chegar atirando então resolveu ir à surdina.
Suas mãos se fecharam sobre a garganta da vadia. Ele viu o temor nos olhos da vagabunda. Núbia caiou tendo o agressor bem no meio de suas pernas. O sujeito tentava estrangulá-la deixando os braços estendidos. Nesse momento Núbia segurou com uma mão cruzada o cotovelo dele e com outra agarrou lhe o ombro. Rapidamente ela jogou o quadril para o lado e travou um braço do sujeito. Ele gritou em quando escutava seu braço estralar. Usando seu corpo como alavanca ela quebrou o lhe braço usando uma técnica de jiu-jitsu conhecida como arm-lock na guarda.
Em seguida Núbia montou no infeliz e deu lhe dois socos no rosto. Depois cravou suas garras no peito do desafortunado vigilante da torre. O coração dela batia com uma urgência fora do comum. Ela saiu pulou para do andaime e abri a porta de aço.
Montanha e o restante dos guerreiros entraram. Shatan rapidamente explicou como era o lugar por dentro. De posse dessa informação Montanha comandou o ataque.
O edifício central lembrava mais um celeiro, com uma porta de madeira três janelas retangulares uma em cada lado e outra nos fundos. Todas na parte alta da construção onde uma faixa de pedra lembrando um alpendre circulava o prédio. Dentro tinha um andaime largo que dava a volta no lugar. Havia duas escadas uma nos fundos e outra no lado direto do andaime. Ali eram guardadas, armas e pertences de pessoas mortas. E quase tudo que interessava a comunidade. Entretanto objetos preciosos como ouro e jóias ficavam no quarto secreto de Elias, o dono da vila, o homem que comandava todas as vidas, o homem escolhido por Deus para libertar as almas do mundo de pecados. Um louco que acreditava que tinha um nobre propósito em sua caminhada terrena.
Dentro do edifício dez homens armados conversavam, sem se preocupar com a segurança do lugar. Como eles não pertenciam à classe dos militares, poucos ligavam para que as armas estivessem ao alcance das mãos. A luz que iluminava o lugar vinha apenas de duas tochas grandes que foram colocadas em suportes de ferro pressas em colunas de madeira.
Então os homens comandados por Rubens, o Montanha, a tacaram. Rubens arrombou a porta da frente enquanto o restante de grupo quebrou as vidraças. Os homens da vila pegos de surpresa pareciam baratas tontas correndo sem saber para onde ir. Alguns conseguiram pegar suas armas e díspar, todavia no meio da confusão os disparos erram o alvo.
Voando pela janela Núbia deu um rolamento e depois saltou sobre um sujeito que corria apavorado. Ela lhe acertou a cabeça com a ponta da bota. Montanha partiu para cima de um velhote que atirou contra ele feliz mente a bala atingiu o colete e o grandalhão nada teve. Montanha deu um soco que o velho voou longe batendo com a cabeça em uma coluna de madeira. Shatan soltou um chute no rosto de um dos vermes quando esse ia subindo para o andaime,a fim de escapar.O sujeito desabou caindo por sobre umas ferramentas de arar a terra. Leandro lutava contra dois sujeitos que subiram no andaime quando eles atacaram.
Os dois que lutavam contra Leandro tinham armas em punho, mas por causa da proximidade com o invasor as espingardas, foram inúteis. Leandro esmurrou um deles na barriga e depois deu uma joelhada no rosto que o homem caiu estalado de cima do andaime. O outro tentou acertar o soldado com o cabo da arma, mas Leandro se esquivou e deu lhe um chute no joelho. A pancada foi forte. Com estrema habilidade a perna que dera o chute foi colocada no chão enquanto a outra subia veloz acertando a cabeça do oponente.
Dos cinco homens que restavam dois deles lutavam contra montanha e os outros três corriam para o fundo do prédio, quando foram atingidos por uma rajada de balas, disparado por Iury. O japa tinha localizado as armas do grupo Delta dentro de um caixote de madeira que estava com o tampo meio aberto. O caixote encontrava-se no canto do andaime da direita.
Montanha já erguia um dos homens sobre sua cabeça, quando escutou os tiros. Nesse instante o outro cara, um sujeito de barba espessa que brandia uma barra de ferro contra Rubens, o montanha, soltou o objeto e ergueu os braços. Montanha mesmo assim jogou o homem que ele havia levantado do solo. O pobre sujeito de caiu rebolando por cima de umas caixas velhas, fazendo um tremendo barulho.
— Conseguiu nossas coisas. Vamos temos que salvar nossos amigos — disse o japa. Núbia foi a primeira a constatar que todas as coisas estavam lá, mochilas com as provisões, o material de rapel, os sensores térmicos e os detectores de movimentos, binóculos e as minas. Aparentemente eles não tiveram tempo para mexer nas cosias.
— Não mate agente, por favor — disse o barbudo.
— Isso pode ser atendido, mas garanto que vai doer — disse Montanha. E partiu para cima do barbudo dando lhe um forte soco no queixo. O homem caiu desacordado.
Agora com suas armas os membros do circulo eram mais letais que antes e corriam contra o tempo, pois a vida dos outros dependia de medidas rápidas.
As balas tinham acabado, e o fogo já consumia boa parte da estrutura da casa. Por sorte ou capricho do destino a tempestade que desabava intensamente manteve o as chamas menos intensas. Mas isso não foi o suficiente. Uma vez que os desgraçados mudassem a tática e arremessassem garrafas cheias de líquido inflável, onde um pano em bebido no líquido ardia em chamas.
— Meu Deus isso ta um inferno !! — Gritou Roberto
— Temos que dar o fora daqui bem rapidinho se não vamos virar carvão — falou Raquel.
— Ou morreremos sufocados pela fumaça— disse Deda
Agora as chamas lambiam boa parte do quarto e o barulho de madeira quebrando, era o som da destruição. A casa começava a cair. Parte da sua estrutura já sedia perdida no mar de fogo.
Roberto pulou junto com os outros e nesse precioso instante o quarto onde eles tinham ficado minutos antes, desabou tragado pelas chamas. Logo os membros do grupo Delta foram cercados pelos habitantes da vila. Mal tiveram tempo de se levantar quando muitas pessoas, homens, mulheres e alguns jovens caíram sobre eles. Murros foram desferidos e chutes dado por todos os lados. Mãos impiedosas queriam sangrar os demônios, acabar com eles.
— Parem gritou o santo homem!! — Elias não queria que os infiéis fossem mortos sem seu consentimento.
Todos obedeceram. Então Elias ordenou que eles fossem trazidos até uma das pontes onde estava a pedra brilhante. Lá na mesma árvore, eles seriam enforcados e seus corpos apodreceriam servindo de banquete para os urubus.
Raquel sentia a cabeça latejando e sangue escorria de sua cabeça, molhando sua face. Mãos fortes erguiam seu corpo. Roberto ainda estava inconsciente, pois fora a tingido forte na cabeça. Juliana gemia baixinho enquanto era arrastada pelos cabelos. Deda fora puxado pelas pernas, por um homem forte com uma grossa cicatriz no rosto.
Duas mulheres vinham trazendo as cordas e todos gritavam de euforia. Os demônios tinham sido vencidos.
—Meus irmãos, meus guerreiros de Deus, vós fostes fortes para subjugar demônios que nem nossa fera conseguiu combater — Discursava Elias trepado no alto da árvore. Enquanto os condenados eram preparados para o enforcamento. Logo três aldeões trouxeram um bando grande e um barriu de ferro onde os demônios ficariam até serem empurrados para a morte
O japa foi primeiro a chegar a vila seguido por Shatan, mais atrás vinham Rubens, Alexia,Núbia e Leandro. O japa usou sua arma preferida o sniper. A mira logo revelou a gravidade da situação: parte da força Delta fora domina e estavam sendo preparados para terem o triste fim. Morreriam enforcados. Todavia um girou rápido pelo campo de batalha revelava que muitas baixas foram sofridas pelo lado inimigo.
—Puta que pariu os loucos vão enforcar nossos amigos! —Disse montanha que chegara já se posicionando com seu binóculo.
— Todos sabem o que fazer! — falou Núbia então Leandro foi preparar as armadilhas que consistiam em colocar pequenas minas espelhadas nos lugares com poças de água. Núbia pegou seu Sniper e se preparou.Shatan recebera uma pistola com mira laser de calibre 45.
Os corpos de Roberto, Juliana,Raquel e Deda já estavam prontos para serem enforcados. O pastor louco berrava gesticulando para os céus.
—Mate a cabeça e a cobra morre — disse Iury antes de puxar o gatilho, o vento tinha diminuído um pouco sua velocidade. Outro relâmpago cortou o céu. Iury apertou o gatinho, a bala veloz rasgou o ar e um rastro azulado foi deixado para trás.
A cabeça do Elias explodiu como uma maldita melancia. O corpo sem vida ficou gesticulando como se não soubesse que a droga da cabeça não estava mais lá. O povo se espalhou como um bando de passaras assustados. As mulheres gritavam. Mesmo assim um rapaz narigudo de bigode ralo, lembrando um ratazana tirou os apoios de madeira que havia sobre os pés dos condenados. Depois chutou o barriu.
As pessoas em fúria corriam para o grupo de homens que disparavam com suas armas. Eles iam pagar caro por essa afronta. Mataram seu líder, o homem escolhido por Deus para livrá-los das bestas.
Rápidos e precisos o japa e Núbia tiveram que ter sangue frio a fim de não entrarem em desespero com isso prejudicar os disparos alterando o curso das balas. Segundos eram preciosos, pois os amigos estavam morrendo sufocados pelas cordas. Por sorte os encostos eram baixos e míngüem quebrou o pescoço. Eles se mantiveram firmes e dispararam.
As balas rasgaram os pingos de chuva que ainda caiam em abundância, transformando as ruas em pequenos córregos. Uma a uma os membros condenados da força Delta caíram no solo molhado da ponte, onde a o estranho objeto com sua luz azulada brilhava em meio ao caos.
Balas eram cuspidas dos canos das armas e Montanha gritava enquanto sentia a metralhadora pulsar em suas mãos. Shatan atingiu alguns membros da multidão enfurecida, mas erro outros. Alexia gritava e se tremia vendo aquele cenário de destruição.
Assim que alguns dos moradores loucos da vila chegaram até onde as minas tinham sido colocadas. Corpos voaram espalhando terror e agonia para todos os lados. Era hora da retirada.
Contornando a casa grade, Montanha, Núbia, Shatan, Alexia, Leandro e o japa cruzaram a ponte. Havia ainda alguns homens na ponte, mas foram baleados por Leandro e caíram para dentro do abismo.
Roberto sentiu o corpo ser erguido do solo e abriu os olhos. Via tudo de ponta à cabeça. Sabia que estava sendo levado por um sujeito forte e a vila ficava para trás. Logo as pontes explodiram. E ele reconheceu um dos seus soldados correndo atrás dele. Leandro levava Raquel nos ombros, Núbia carregava Deda. Juliana fora à única em condições de correr segurando a mão de Shatan e Alexia. Iury vinha atrás e foi o único a ver u grupo de prisioneiros avançando para os que sobreviventes. Outra luta se iniciou, mas o grupo Delta já estava fora de perigo ai em busca de um lugar seguro.