quinta-feira, 11 de março de 2010

O Deus da água parte II



Bem longe da li no posto de parada outro grupo de guerreiros esperava para levar os videntes até o comando central. O líder dos soldados ali atendia por nome de Kiara , uma morena com longos cabelos, preso em trança. Olhar sério e dona de um corpo atlético, ela possuía uma personalidade forte. Sua companhia era formada por mais três homens e quatro mulheres. Todos membros do circulo e trabalhando direto com o comando central.
—Eles já deviam ter chegado, dois dias, isso me preocupa muito — falou Kiara, olhando para Roberto um moça baixa , mas muito bela de olhar misterioso e pernas grossas.
—Talvez eles tenham tido algum problema sério — disse Roberta.
—Quem esta no comando do grupo Delta? — Indagou Elaine uma morena alta de olhos puxados, cabelos lisos e corpo bem definido.
—Chama-se Roberto. — Respondeu Kiara e logo passou a língua entre os lábios.
—Já escutei falar dele — Disse Roberta ajeitando o busto para acomodar melhor no soutien. Roberta esta com calça e camiseta, por causa do calor.
—Segundo falam, quando ele foi iniciado no circulo, logo depois de ter saído voltou aos esgotos. E comentam que ele voltou lá mais vezes que qualquer um e na maioria estava só, sempre tentando resgatar alguém que tinha ficado lá.
—Deus do céu eu ainda tenho pesadelos com aquele lugar! — Comentou Elaine. Depois do comentário elas ficaram em silêncio quase sempre ninguém gostava de falar sobre os esgotos, pois eles revelavam o medo e lembravam que nas trevas só há lugar para a loucura de almas condenadas.
—Não gosto de esperar, me deixa impaciente, pois há muito pra fazer. — disse Kiara. Nesse instante adentrou Bruno um sujeito forte; chegou trazendo um punhado de pássaros mortos. Ele acabara de retornar de uma pequena caçada.
Bruno era um soldado alto, careca de cavanhaque e cicatrizes no rosto e braços. Possuía uma tatuagem de um dragão nas costas largas. Seus olhos eram castanhos escuros e se intitulava o guardião de Kiara morreria pra defendê-la.
—Vamos comer alguns passarinhos fritos para mudar o cardápio — falou chacoalhando os pobres copos sem vida das aves.
—Credo que nojo, coitadinhos, até parece que estamos morrendo de fone — disse Roberta fazendo careta.
—Tudo bem fofas quando estiver pronto eu não vou dar a nem uma das três princesas.
Kiara pegou sua arma e começou a fazer a limpeza da mesma, montar e desmontar uma arma eram obrigação de todo soldado, bem como zelar para que o equipamento bélico estivesse sempre nas melhores condições, uma vez a vida de todos eles podia estar em risco caso o disparo não saísse na hora exata.

Dentro do tempo Roberto e os seus comandados ainda em missão de resgate, andavam com cuidado observando toda a construção que era escura e cheia de lodo nas paredes. O coaxar das rãs e sapos era constate ali dentro.
Parecia impossível, todavia desde que os videntes foram capturados na cidade do lago Roberto e os soldados do círculo andavam a procura dessas pessoas sagradas. Claro que havia muitos mistérios que cercavam aquela jornada, um deles era para onde foram levadas as crianças da vila da água e por quem? Roberto livrou sua mente desses pensamentos, para um guerreiro, pensar sobre outra coisa que não fosse a situação atual poderia muito bem condenar toda operação e por em risco desnecessário sua vida e de seus soldados.
Se esgueirando pelas paredes eles subiram uma escada de pedra, depois passaram por uma brecha estreita. Depararam-se com um corredor mal iluminado, onde uma forte corrente de ar sobrava intensamente.
Deda agachou-se e foi se aproximando junto com Roberto, Leandro e Ju. Mais a frente Havaí uma ponte de madeira vermelha que balançava sem parar. Olhando para baixo eles viram alguma coisa se movendo na sala, uma vez que a sala era composta por varias colunas de mármore o clarão das tochas refletia nessa pedra dando ares mais misteriosos ao lugar. O solo era repleto de água.
— Que porra deve ter ai embaixo ? Indagou Leandro.
—Sei lá, mas esse local me da calafrios — disse Deda fazendo careta.
—Esquece a merda do calafrio e rastreia para onde os desgraçados levaram os malditos videntes. Essa busca já ta me cansando. — disse Roberto visivelmente de mal humor.

Deda observou o solo e disse:
— Temos que seguir adiante. Como aponte parece velha agente passa primeiro, depois os outros seguem.
Quando seguiram pela ponte um vento forte sacudiu a ponte e Leandro foi arremessado para baixo. O impacto da queda foi amortecido pela água. Então logo em seguida, duas cobras grandes se ergueram da água. Roberto saltou disparando e Deda o seguiu. Os outros ficaram sem entender uma vez que ainda estavam afastados da travessia de madeira.
Logo gritos foram ouvidos e atrás dos outros membros do círculo, por uma abertura na parede, surgiram muitos homens vestidos como roupas que lembravam peixes. Eles vinham correndo na direção do grupo. Portavam lanças e correntes como armas.
Montanha virou o rosto virando o olhar na direção da gritaria. Juliana , Raquel se prepararam para a luta, assim como os demais. Shatan sentiu um frio na barriga porque mais uma vez eles estavam colocando a vida em risco e como ele não era soldado isso mexia muito com seu lado psicológico, não que os homens do grupo Delta não tivessem medo,mas eram mais experientes nesse tipo de abordagem violenta. O japa desembainhou sua Katana e Núbia pegou seus bastões de choque.
Enquanto isso lá na parte de baixo, Leandro corria com a água até os joelhos em quando uma cobra enorme o perseguia. Roberto atirou na outra sucuri, mas ela se desviou rápido e a penas poucas balas atingiram o alvo. Deda quando pulou caiu dentro do poço mais fundo e agora nadava para voltar até a superfície.

A luta perto da ponte se desenrolou favorável para os soldados do círculo uma vez que com seu treinamento, nas artes marciais e disciplina militar aliados ao armamento superior logo eles liquidaram os homens com vestes de peixes. A gritaria e o som de luta preencheram o ambiente.
O último oponente foi erguido por Rubens , o montanha e atirado de cima da ponte.
Leandro conseguiu se esquivar de vários botes dado pela anaconda. Então ela se enrolou em uma das colunas e ficou balançando a cabeça tendo pegar Leandro. Roberto saltou e atirando certou a cabeça da outra cobra o sangue se espalhou manchando a água com sua cor escarlate. Deda subi e viu Leandro encurralado. Pelo olhar de desespero do amigo a sua arma provavelmente tinha travado. Deda ágil rápido, e assim que o réptil se lançou sobre Leandro teve seu corpo e boa parte da cabeça perfurada por balas disparadas pela metralhadora de Deda.
—Ei na moral pensei que eu ia me fude agora, a porra da arma engasgou. — Disse Leandro ofegante.
— E ai rapaziada estão todos bem? — Indagou Montanha gritando com sua voz de trovão.
—Tudo certo, meu amigo — Disse Roberto.
—Tivemos uns problemas aqui, mas já resolvemos, uns cretinos apareceram vestidos como uns malditos peixes e botamos no rabo deles— falou Raquel.
—Vamos dar uma vasculhada aqui em baixo e depois subimos — Disse Roberto.
—Muito engraçado não vamos deixar vocês se divertirem ai sozinho falou Núbia e pulou em seguida. Não demorou muito e todos encontrava-se lá embaixo.
O lugar era uma sala retangular com muitas colunas de mármore de cor rosada. As paredes eram de pedra escura mais brilhosa. A água tinha tonalidade verde claro. Deda examinava uma estranha escrita que estava gravada sobre uma placa de madeira.
“Aqui é o templo de Amon o Deus da água só ele pode purgar nossos pecados, morrer aos seus pés é uma recompensa divina”
—Interessante essas palavras, só que na to afim de morre nos pés desse Deus — disse Shatan.
Depois o grupo seguiu por um estreito corredor no final da sala do lado esquerdo. As paredes ali eram escuras e molhadas, e não havia luz. O caminho estava encharcado e a qualquer momento podiam cruzar com outra cobra ou Deus sabe que mais perigos habitam aquele templo.

Continua no próximo capítulo ...

Nenhum comentário:

Postar um comentário