segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Capítulo XVIII Surpresas na escuridão


A criatura desceu até os esgotos a fim de capturar algum humano, na verdade ela não gostava de estar ali, mais o prazer em colocar suas garras na carne e ouvir os gritos a levara até os esgotos. O rosto pálido olhava as coisas em volta com curiosidade, não era uma dessas bestas que os humanos estavam acostumados a enfrentar, ela era a evolução, o próximo passo, uma nova forma e uma nova ordem nascida, para acabar com o caos.
Essa criatura possuía qualidades que lhe tornava um pesadelo para suas presas tanto os homens quanto as bestas a temiam. Poucos sabiam mais agora as grandes aldeias pertenciam a elas.
Repentinamente ela escutou vozes e barulho de água, então caminhando rápido saltou para o chão. As presas estavam perto.
O grupo Delta chegou até uma ponte feita de corda e madeira que se balançava sobre um precipício. Ali embaixo grossos canos despejavam grande quantidade de água. O paredão onde os canos estavam lembravam as comportas de uma represa. A água esverdeada cai vertiginosamente produzindo muita espuma em sua queda. Ali um luz proveniente das laterias do paredão clareava parcialmente o lugar dando lhe um ar esverdeado.

—O negocio é alto meu velho. Ei na moral se essas cordas arrebentarem agente se lasca — disse Leandro.
—Deve ter uns cinqüenta metros ou mais — falou Montanha. Logo o restante do grupo veio ver de perto. Era mesmo muito alto e o barulho que a queda das águas provocava deixa o abismo mais tenebroso.
— Tenho medo de altura. Eu não vou conseguir passa — falou Alexia.
—Puta que pariu! É brincadeira não é ? — indagou Raquel
—Infelizmente não, ela tem pavor de altura desde criança — disse Shatan abraçando Alexia por trás.
—Olha vocês podem ir e na volta me pegam aqui! — falou Alexia
—Você esta de brincadeira, pensa que estamos dando uma volta em uma vila? Acorda estamos quase no inferno , já esqueceu os loucos que vivem por aqui! — Disse Núbia.
—Pelo amor de Deus eu não vou conseguir — falou Alexia entre lágrimas.
—Não me interessa, hoje ela vai perder esse medo! — disse Roberto
—Olha gente quanto mais tempo ficamos aqui perdemos as pistas, pois elas vão esfriando — disse Deda.
— Nós ... A frase de Shatan ficou incompleta, pois logo um bando de loucos com os cabelos sujos e cobertos de excrementos, vinha correndo na direção do grupo Delta. Eram uns quarentas sujeitos ou mais. Gritavam pulavam como cabritos. A cena era horrenda, esses sujeitos possuíam fisionomia desfigurada por grandes cicatrizes na boca e nas bochechas. Alguns não tinham tentes e outros haviam serrado os dentes e aboca se abria mostrando pressas a fidas.
Roberto não perdeu tempo e colocou Alexia nos ombros e partiu para atravessar a ponte. Alexia gritava e esmurrava as costas dele. Andar sobre a ponte feita de madeira e corda exigia certo equilíbrio,um vez que aponde balançava constantemente a cada passo.
O Grupo Delta ia em formação indiana , a frente estava, Núbia,Leandro,Shatan,Montanha,Roberto com Alexia nos ombros, Deda, Iury,Juliana e Raquel. Aponte os oscilava como um maldito pendulo. Os loucos avançaram com gritos e gargalhadas eles logo colocaram os pés na ponte.
Quando o grupo delta encontrava-se quase no meio da travessia outra turma de fanáticos apareceu do outro lado. Esse grupo era mais organizado e trazia com eles armas como facas, tacapes,porretes e machados , todos vestiam roupa de saco escura e as cabeças eram raspadas.
—Agora deu a porra mesmo, o que já tava ruim ficou uma merda! —disse Shatan.
—Ei na moral eles vão cortar as cordas, é o fim! —disse Leandro.
—Cala a porra da boca caralho!! —Rosnou montanha.Roberto avaliava a situação, não haveria uma maneira boa de lidar com aquilo, cercados pelos dois flancos pendurados sobre uma ponte velha o que de pior poderia o corre.Ambos os bandos já avançavam pela ponte. Os desgrenhados e os carecas queriam por as mãos nos soldados de vestes pretas e brilhosa.
Os guerreiros do círculo ficaram parados o jeito seria lutar em duas frentes as armas teriam que serem usadas. A cada passo dados pelos loucos a ponte gemia como se fosse ceder.
—Preparem as armas! — ordenou Roberto. Tirando Alexia dos ombros. Ela tremia da cabeça aos pés segurava as cordas com tanta força que os nos dos dedos ficaram brancos. Os soldados do círculo se posicionaram. Nesse instante os loucos dos dois lados param de andar e gritaram apontando para o teto. Foi então que Roberto e os seus comandados puderam contemplar com muito espanto a criatura que descia por sobre a ponte.
A coisa lembrava uma mistura de aranha com libélula,toda via a calda cheia de anéis grossos que eram separados por um metal azulado. A calda sai das costelas e passava pelo corpo da criatura que era divido em duas partes, um tronco menor onde um rosto humano, sorria com os olhos maldosos de onde emanava um brilho vermelho. A outra parte bem maior e redonda piscava uma luz roxa e muitos vasos brancos percorriam a forma arredondada da coisa. A coisa em si era parte insetos e outra cyborg. Uma baba grossa escorria daquele corpo e fedia muito. As oito patas possuíam garras afiadas e brilhosa. Ela se balançava sobre um fio de teia grosso.
—Ai! Ai! Meu Deus que coisa é essa? —Gritava Alexia em desespero. Tudo ali dentro era um pesadelo, altura, loucos e agora um monstro saído do inferno. Alexia não aguentou e desmaio. Shatan a segurou nos braços.
A criatura descia sobre o grupo delta e os loucos avançavam. Só havia o abismo e agora todos pareciam condenado.Continua ... no próximo capítulo