quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Noite Escura Capítulo XIII


A lua cheia surgia no horizonte, banhando o céu e a terra com sua cor prata. O vento frio soprava sobre a barragem formando pequenas ondulações na superfície da água. O brilho do luar era refletido no espelho de águas.
Sobre os andaimes das muralhas estava o grupo Delta, menos Roberto e Deda. Os homens do povoado permaneciam calados espiando para a mata silenciosa. Rezavam pedindo ao senhor que as bestas não viessem, pois não eram guerreiros e sim trabalhadores. Com o ataque sofrido naquela manhã eles foram obrigados e substituir os soldados.
Dentro da casa do administrador, Roberto fala em uma rádio com o comando do norte.
— Sua missão comandante Roberto é seguir os videntes! — falava a voz metálica do general Maia no rádio.
—Não posso deixar eles indefesos, há muitas crianças aqui!
—Isso não lhe diz respeito soldado! Podemos acabar com essa guerra e você vai ferrar tudo. Se aqueles homens forem mortos você e seu grupo será preso e terão uma morte lenta. Sai daí agora e vá resgatar os videntes. Se o grupo Delta não partir em dez minutos vão se ver comigo seus cães!
—Senhor eu acho que não estou sendo claro, temos crianças aqui e as defesas do lugar foram comprometidas.
—Cala aboca soldadinho de merda! E da o fora daí. Eles não são problema seu. Deus cuidara deles.
—Vai se ferrar seu puto! Sabe quantas vezes arisquei meu pescoço e dos meus homens para que você ficasse com seu rabo livre de mordida sentado na porra de uma cadeira dando ordens?
—Soldado! Isso não vai ficar assim vou mandar prendê-lo por insubordinação. Eu pessoalmente irei acabar com sua raça seu merda!
— Será um prazer venha me pegar filho da puta!! — O rádio foi desligado por Roberto. Ele olhou para Deda e esse disse:
—Não ouvi ordem alguma.
—Eu também não — disse o administrador Zeca.
Os predadores se aproximavam velozes e letais, eles vinham prontos para acabar com aquele lugar. Os corpos musculosos e pêlos misturados com o metal davam ao seres um aspecto frio e ameaçador. Patas fortes pisavam solo erguendo folhas e poeira da terra.
Quando Roberto e Deda chegaram à muralha, ouviram o grito dos homens. Todos espiavam para fora. E lá estavam as feras. O bando era grande. Pares de os olhos vermelhos e amarelos dançavam de um lado para o outro.
O medo já colocava suas garras nas mentes de alguns homens e eles burramente espalhavam seu veneno propagando o medo entre os seus.
—Ai meu Deus! Vamos morrer
—São muitos.
—Pelos céus não somos soldos.
—Estamos condenados todos seremos devorados.
—Parem de chora feito coitadinhos. Eles não terão piedade de níngüem por estarem com medo. Não é tempo pra chorar. Muitas vidas inocentes contam com cada homem. Muitos sonhos vão morrer hoje se vocês não lutarem. Pessoas morreram hoje a fim de que vocês pudessem viver um pouco mais. Honrem esses companheiros, mostrado pra essas bestas que nós somos guerreiros e guerreiros não desistem.
Hoje lutaremos até o último home!! Por que somos soldados! Só os que lutam serão lembrados pela eternidade com homens de coragem. — Falou Roberto. Os homens gritavam em resposta.
—Querem ser lembrados como os que choram ou os que lutaram? Quando essas coisas invadirem esse lugar e você escutar o grito dos inocentes você vai sentir uma dor tão grande na alma que ira despedaçar o corarão então você vai pedir a Deus que tivesse lhe dado coragem para proteger os pequeninos. Essa noite para nós é escura, mas não tenho medo da morte amigos tenho medo da vergonha de não ter lutado!
Montanha tinha os olhos lacrimejando e gritou:
—Círculo,Círculo !! — Logo o berro se espalhou pela muralha.
—Vamos acabar com esses cretinos — Disse Raquel
—Vou começar — Disse o Japa e tomou sua posição na muralha.
As feras se lançavam nas águas e vinha nadando rápida. Então as minas colocadas por Deda e Núbia começaram a explodir. A água subia enquanto pedaços de metal e músculos eram erguidos pela força da explosão.
Os homens disparavam e as bestas urravam enquanto balas cortavam seus corpos metálicos. Mais criaturas detonavam outras minas. O som das ferras cortava noite como um lamento raivoso.
—Morre filhos da puta!! —berrava Juliana enquanto disparava com sua metralhadora. Shatan atirava com seu revólver.
As criaturas vendo que o lugar estava minado mudaram de estratégia. Formaram cinco fileiras na margem e com os próprios corpos começaram a criar uma forma.
—Que merda é essa agora, por que estão fazendo isso? — Indagou Zeca para Roberto.
—Vão criar pontes usando os corpos uma fera segura à outra — Respondeu Raquel. Roberto permanecia concentrado.
—Na moral por essa eu não esperava! Tomamos no rabo sem cuspe na moral — falou Leandro.
—Cala a porra da boca seu anormal! — Disse montanha.
—Que nada é só agente ir até as margens da ilhota e bater com uma pedra dos dedinhos deles — disse Shatan rindo.
—Porra mais um doido nessa droga de grupo!! — falou Montanha.
A movimentação das ferras era frenética e as pontes já se projetavam na direção da ilhota. Sobre todas as ponde ia juntando mais criaturas. Os tufos de pêlos brotando das carcaças metálicas eram medonhos e aqueles olhos frios com suas cores mórbidas penetravam fundo nos medos dos homens.
Os homens disparavam, mas não conseguiam conter o a avanço. Logo as feras estavam pisando na ilhota. Os gritos começaram os monstros conseguiram entra.
Contínua no próximo capítulo ...

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