sábado, 28 de novembro de 2009

Capítulo IV caminhos no Escuro




O pregador Elias estava sentado sobre sua cama, preparava-se para dormir. Depois de fazer amor com duas fieis, ele se encontrava exausto. Sempre que um sacrifício era oferecido, um banquete se fazia necessário, para comemorar a libertação das almas que agora iam direto rumo ao céu.
Normalmente os escolhidos não precisavam ser amarrados daquele jeito, mas aquele grupo de soldados, com suas roupas esquisitas mereciam certa prudência. Elias deitou-se na cama confortável em meio a lençóis perfumados. A gora o um novo ritual só o correria dá li á três dias. Por que depois de alimentada à fera era solta e os moradores da vila ficavam trancados em casa rezando durante o período que chamavam: tempo de luto. Por isso a vila nunca fora atacada antes, pois a fera não admitia concorrência, aquele território pertencia a ela. E eles a alimentavam. A pedra brilhosa e tudo na vila fora projetado para atrair os escolhidos e libertar seus corpos do pecado.
Elias apagou a luz e ficou pensando, no dia que teve a visão, ele andava junto com um grupo de pessoas as quais se deslocava de uma região onde não havia mais água. Um terrível temporal tinha feito a barragem estourar e com isso arrebentou os muros de segurança. Por causa da vulnerabilidade as bestas vieram e caçaram os moradores. Poucos conseguiram escapar. Elias os levou rumo a um novo lugar.
Foi ele quem deu um rumo àquelas almas aflitas. Elias soube conduziu seu povo, em meio ao desespero. Mas seu povo não tinha um lar então em uma noite, ele encontrou o povoado abandonado. Tudo tinha sido um chamado de Deus, porque, ele despertou no meio da noite e deixou o acampamento e andou até encontrar a vila abandonada. O lugar parecia em ruínas, Elias cruzou uma das pontes e deu de cara com uma cena aterrorizante. Dois homens estavam jogando pedras dentro de um buraco fundo. Elias ouviu o rosnar da fera e viu nos olhos dos homens a loucura. Foi nesse instante mágico que uma voz falou para ele: “è hora dos sacrifícios para libertar teu povo”. Ele não precisou escutar uma segunda ordem de Deus, empurrou os estranhos para dentro do buraco. Quando os infelizes caíram foram devorados. Elias permaneceu olhando, fascinado com a visão da selvageria. Esse fora o primeiro ritual. A verdade fora revelada.
Cada vez mais a vila crescia se tornando o lugar da verdade. E junto com isso muitas obras subterrâneas foram implementadas aproveitando a caverna que havia ali em baixo.

Na caverna embaixo da vila, o grupo delta caminhava no escuro tentando achar uma saída. Apenas a luz dos uniformes iluminava a caverna. Por sorte dentro do lugar havia espaço para andarem em formação de quatro pessoas. O frete estava Roberto, Raquel, Iury e Juliana. Na retaguarda vinha Montanha, Leandro, Núbia e Deda.
— Por quanto tempo será que ficamos desacordados? — perguntou Leandro. Núbia virou o rosto para ele e respondeu:
— Acredito que em torno de quarenta minutos.
— Sorte que não conseguiram tira nossos uniformes — falou Deda.
— Cacete nem fala uma porra dessas estaríamos mortos — disse Rubens, o Montanha, erguendo as mãos para alongar as costas.
— Na boa o chefe pisou feio na bola, agente quase virava patê de monstro— disse Leandro
— Estamos vivos não estamos? — indagou Deda
— Sim, mas foi um erro termos desviado do caminho — falou Núbia. Ninguém tocou no assunto. Será que fora mesmo um erro? Ser um líder para muitos e se tornar uma pessoa perfeita, eles jamais esperam que seu chefe erre. Esse peso Roberto carregava dentro do peito. E a maior responsabilidade consistia em que errar nesse mundo cheio de perigos era caminhar para os braços da morte, cometer enganos era como caminhar de olhos vendados para a boca do desfiladeiro.
Roberto fez um gesto com mão e todos pararam mesmo com pouca luminosidade o grupo conhecia o gesto. Todos agacharam. Então logo à frente, mais ou menos uns dez metros vários pontos luminoso de coloração esverdeada brilhavam em meio às rochas da grande caverna.
—Que porra é aquela? — Indagou Raquel
— Sei lá — respondeu Juliana.
— Vamos nos aproximar, com muita cautela — disse Roberto. E assim o a força Delta foi se esgueirando pelos cantos escuros. Cuidadosamente eles iam ganho mais terreno. O solo da caverna era bastante irregular e perto dos pontos de luz verde as estalactites do teto ganhavam uma ondulação verde fantasmagórica, como presa na boca de um monstro.
Quando se aproximaram mais do alvo foi que puderam perceber que não era luz artificial e sim algumas tochas que queimavam um fogo verde. Não notaram a presença de ninguém. Sendo assim caminharam mais tranqüilos, todavia os passos eram silenciosos e a movimentação buscava sempre as sobras. Mais a frente um portão de ferro conduzia para uma sala onde o piso era pavimentado.
— Droga tem um portão de uns sete metros, e as barras são fortes não vai dar para passarmos — disse Juliana. O grupo estava examinado se por acaso haveria outra passagem.
— Podemos escalar e ver se da para passarmos por cima, talvez não esteja selado de cima a baixo. — Falou Roberto
— Faz sentido porque não há porta menor em nenhum lugar — comentou Deda
— Lamento ser a estraga prazeres, mas em minha opinião eles colocaram isso com a finalidade de prender a coisa que nós matamos. A posto que não queriam ela saísse daqui. — falou Núbia
— Bem não custa nada tentar — disse o japa já se pendurando e dando início a escalada. Por sorte o portão tinha sido feito de modo artesanal daí possuía desenho em ferro de vários arcos grandes e pequenos, por isso colocar as mãos e os pés foi fácil.
— Puta que pariu dá para passar!! —Gritou o Japa lá de cima.
—Nesse caso vamos subir — falou Núbia.
Enquanto isso nos arredores da vila uma figura magra e ágil se esgueirava por entre as casas. O invasor encontrava-se armado com uma faca, e uma barra de ferro. Seus movimentos eram ligeiros. E o tempo corria contra ele. Não sabia se voltaria dessa empreitada, mas nunca se poderia deixar de cumprir uma promessa de amor. Ele conseguira escapar da maldita vila e agora retornava para livra a sua prima. Por muitos anos ele temera o escuro agora a escuridão lhe dava segurança.
Alguém se aproximava, ele encostou-se na parede. Dois homens passaram perto. Por sorte não podiam escutar as batidas do seu coração. Pois se ouvissem o ritmo forte do coração ele seria descoberto. Passado o susto ele correu e dirigiu-se para os fundos da vila. Chegar até ai fora à parte fácil, agora os risco iriam aumentar em proporções assustadoras. Ele não sabia como lidaria com os guardas da prisão, homens maus e treinados para matar.

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