sábado, 5 de dezembro de 2009

Capítulo VIII Posto de parada




Quando o grupo parou para descansar o dia já ia clareando, mas o céu permanecia coberto pelas nuvens. Para chegarem ao posto de parada ainda andariam boa parte da manhã. Agora que o calor da batalha havia se dissipado, as dores e o cansaço faziam o corpo e a mente pedirem uma trégua. Roberto já andava normalmente assim como os outros.
A chuva ainda persistia, mas a fúria da tempestade se fora. A mata estava mais viva e pássaros já voavam deslizando pelo cenário cinzento de densa floresta de mata atlântica. O som da manhã vinha chegando e pequenos macacos gritavam de cima das árvores.
À medida que avançavam mata adentro, eles passeavam por sua flora. Encontram algumas espécies características da mata atlântica como: palmeiras, bromélias, begônias, orquídeas, pau-brasil, cedro cipós dentre outras espécies.
Raquel estava com uma bandagem na cabeça, por sorte o corte não fora profundo. Depois de descer por uma ladeira pedregosa, eles chegaram até um banco de areia onde uma linda cascata caia graciosa sobre algumas pedras ao fundo.
Por trás da cascata encontrava-se porta metálica da entrada do posto de parda. Era uma sensação boa chegar ali era como voltar para casa. Um lugar onde se podia trocar de roupa, dormir preciosas horas de sono e comer uma boa comida.
— Finalmente chegamos graças a Deus — disse Iury.
— Vou nadar um pouco — falou Roberto.
— Eu prefiro uma boa cama estou morta— disse Raquel
Um rapaz magrelo de aproximadamente dezesseis anos abriu a porta do posto de parada e gritou:
—Olá!! Vocês são da força Delta? Por que se forem estão atrasados.
— Cala essa boca seu veadinho!! — Gritou Montanha. O rapaz ficou assustado,mas continuou.
— Não estou reclamando senhor só fiquei preocupado. Recebi a transmissão que os senhores deveriam ter chegado ontem à noite.
—Ok moleque valeu tua preocupação, mas não teria ai algo decente para comermos? — disse Roberto.
—Claro senhor. Temos churrasco de búfalo, cozido de tatu e cebolas fritas com cogumelos, arroz e batata doce. E meu nome não é moleque chamo-me Erick, viu Erick.
—Certo moleque, Erick o moleque — disse Roberto.
Alguns seguiram para dentro do abrigo, menos Roberto, Shatan, Juliana e Núbia que ficaram nadando apenas com roupas íntimas. As duas guerreiras possuíam corpos atléticos, bundas grandes, sendo que Núbia tinha seios maiores. Shatan ficou feliz por Alexia não ter ficado, daí ele podia babar a vontade. Roberto era forte, possuía peito largo e algumas cicatrizes pelas costas.
Núbia comentou no ouvido de Juliana que o bumbum de Roberto era lindo e dava vontade de apertar, as duas riram e quando ele olhou, elas mergulharam. Terminado o relaxante banho todos adentraram na base.
O lugar era um alojamento subterrâneo, bem amplo, com três dormitórios, uma cozinha, banheiro, sala de operação com comunicação via rádio onde um painel grande de 29 polegadas estava sobre uma mesa cheia de fios e peças eletrônicas. Potentes baterias de solar alimentavam o lugar.
Na mesa o pessoal comia aminadamente, todos já tinham tomado banho e estavam com roupas mais frescas como camisetas e shorts. O cheiro do churrasco de búfalo invadia o lugar. A carne na chapa derretia a gordura e o aroma se espalhava pelo ar.
—Onde conseguiu carne de búfalo ? Indagou Rubens , o montanha, falando com a boca cheia.
—Aqui perto tem sempre um bando pastando e as vezes casamos um deles. Mas é só às vezes por que se matamos muitos, isso pode atrair os predadores até aqui. — respondeu Erick.
— E a eletricidade? De onde vem? —Indagou Shatan bebericando um copo de suco de manga.
— Usamos células FV — respondeu um sujeito gorducho chamado Fábio que era o responsável pelo lugar. Ele era engenheiro eletrônico e analista de computação. Shatan continuou com cara de duvida.
— Há desculpem vou explicar melhor: FV são células fotovoltaicas feitas de materiais especiais chamados de semicondutores, como o silício. Basicamente, quando a luz atinge a célula, uma certa quantidade ela é absorvida pelo material semicondutor. Esse material é encontra em chips de microprocessadores. Isso significa que a energia da luz absorvida é transferida para o semicondutor. Então a energia arranca os elétrons fracamente ligados, permitindo que eles possam correr livremente. As células FV também têm um ou mais campos elétricos que forçam os elétrons livres, pela absorção da luz, a fluir em um certo sentido. Este fluxo de elétrons é uma corrente; e pondo contatos de metal na parte superior e na parte inferior da célula FV drenamos essa corrente para usá-la externamente. Faças-se a luz.
—Valeu pela aula professor — disse Shatan. O engenheiro Fábio gostava de ser ouvido pelas pessoas e sempre aproveitava o seu mento de estrela.
—Nunca pude entender direito com tanta gente pirada, como ainda existem pessoas de mente brilhante? — Indagou Alexia.
— O nosso mundo está em outro estágio, como sabemos não somos mais a espécie dominante, mas para sobrevivermos tivemos que manter vivo o conhecimento e a educação. Pequenos grupos formam professores e vão se espalhando nas mais diversas áreas. Não sei o que houve com o antigo mundo, mas o conhecimento é que nós manteve vivos até hoje — explicou Fábio.
—Já ia me esquecendo alguém trouxe os circuitos novos que pedi ao comando? — Indagou Fábio.
—Estão na minha mochila quase esqueci, espero que não esteja que brado depois do que passamos. — Respondeu Iury.
Desculpa perguntar senhor, mas poderiam contar sua aventura? — Perguntou Erick. Roberto iniciou a história e os outros foram compartilhando a conversa, Iury disse ter ficado muito nervos por ver seus amigos ali prontos para serem enforcados. Erick era só admiração, queria estar lá lutando contra loucos e feras.
Terminada a refeição e chegando ao final da história todos foram dormir. Enquanto isso os trajes iam para a manutenção esse era um dos trabalhos dos homens que viviam nos postos de parada: cuidar para que os soldados do círculo sempre estivessem com suas armas e equipamentos, prontos para as batalhas. Pois ávida de todos dependia disso, sem o círculo a morte chegaria rápido as pequenas vilas humanas. Sem falar no transporte de remédios e material eletrônico para os postos.
Depois de quase doze horas de sono, Roberto acordou e foi para o chuveiro. Tirou a roupa e sentiu a água morna banhar lhe o rosto. Fechou os olhos e quando abriu Juliana estava dentro do box com ele. Ela sorriu e se aproximou dele, os corpos nus tremiam de excitação, Juliana beijou Roberto e as mãos dele deslizaram pelo seu corpo. Fizeram amor em baixo do chuveiro. Roberto ergueu Juliana abraçando suas coxas e os dois mexiam rapidamente os quadris. Depois ele deitou-se tendo ela por cima. Os beijos eram molhados e as freses ditas em meio aos sussurros eram picantes.
No outro quarto Leandro fazia amor com Núbia, à bela morena gemia alto obrigando Leandro a tapar lhe a boca.
Raquel estava cozinha preparando um lanche quando viu que o jovem magrelo olhava para sua bunda. Então maliciosamente ele se baixou para pegar algo no chão, o shortinho ficou cavado no traseiro. Erick quase teve um troço. Que mulher gostosa!
—Oi queridinho não sabia que estava ai — disse ela ainda de bunda para cima olhando para ele.
—E... esta precisando de alguma coisa moça?
—Você sabe fazer um lanche? — Indagou Raquel se recompondo.
—Claro que sim, vou caprichar
—Então ta amoreco, vou ficar ali sentadinha esperando — disse Raquel passando pelo jovem e tocando com o dedo nos lábios de Erick.
O japa vinha chegando e falou:
— Mais uma vítima inocente? Pobre criatura escravo do desejo há,há
—Cala aboca ele viu o que queria e eu tenho meu lanche há,há
—Garota má. Vamos partir amanhã alguma notícia do comando? —indagou Iury puxando uma cadeira para sentar.
— Inda nada o professor Fabio esta tentando fazer contato. — respondeu Raquel. Erick voltou com um sanduba com muito, alface, carne assada,tomate, ovos e molho de tomate e um copo de suco de acerola.
—O quê docinho! Obrigada viu gatinho.
Erick quase caio com aquele olhar sedutor, a mulher era fantástica, nem em suas mais loucas fantasias poderia imaginar uma deusa como aquela, lábios carnudos, cabelos avermelhados, coxas grosas ...
Seu devaneio fora interrompida pelos gritos de Fábio. Todos correram para a sala de controles , onde uma tela exibia uma imagem distorcida de um lugar muito estranho.
—Caralho conseguiu, conseguir!! — Gritava Fábio sem parar de pular. Roberto adentrou na sala junto com Leandro, Núbia , Juliana, Deda , Iury e Shatan. Alexia tinha ficado dormindo. Depois veio Montanha falando:
—Que porra é essa? O professor pirou?
—longe de isso caros amigos eu conseguir fazer contato com o mundo antes do castigo.
—Mas isso é impossível! — disse Raquel que tinha Erick colado em sua cintura.
— Não quando o passado quer encontra o futuro. — Respondeu o professor. Diante da tela um sujeito careca de bigode branco usando um jaleco branco movia sua câmera para uma janela. Ali todos puderam contemplar a vista de uma grande Aldeia antes do castigo

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