terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Capítulo XIX Manobra de Risco





Rápido Roberto, gritava a mente do líder do grupo delta, seus pensamentos estavam desorganizados e medo preenchia cada canto da mente, não tinha medo da morte temia mais ser responsável pelas as vidas que confiaram nele. Alguns membros já começaram a disparar suas armas e corpos eram jogados no abismo acompanhados por gritos de fúria.
A criatura um cyborg aranha que possuía uma calda sobre as costas que lembrava uma libélula, sentiu os disparos contra seu corpo e se pós abalança rápido em sua teia. Ela estava pronta pra saltar sobre os infelizes.
Os loucos dos dois lados da ponte lançavam facas que se perdiam no ar e algumas acertavam os soldados, por sorte as roupas absorviam o impacto,sem causar dano aos guerreiros do círculo.
—Isso é um inferno!! — Gritou montanha.
— Agente vai morrer, não tem como sair. — disse Raquel.Os outros disparavam sem parar. Iury tentava acerta a maldita aranha cyborg mas a coisa se movia ligeiro e os tiros se perdiam atingido apenas o teto. Aponte agora balançava loucamente e firmar os pés já estava complicado.
Pensa Roberto, pensa caralho. Esses eram os pensamentos que surgiam na sua mente. Mais loucos chegavam dos dois lados da ponte. E a gritaria era total. A coisa descia se balançado e suas garras metálicas abriam e fechavam provocando o som de martelos batendo contra o aço.
Pensa porra, todos vão morrer e a culpa será tua. Roberto fechou os olhos e só havia uma maneira de tentar escapar. Abri os olhos e gritou:
—Segurem firmes na porra da escada!! Segurem-se pelos céus!
— Que porra ele vai fazer? —indagou Deda já segurando nas cordas. A aranha cyborge estava pronta pra saltar sobre eles. Ela já tinha avaliado e aponte apesar de sacolejar muito agüentaria com seu peso.
Roberto disparou contra as cordas da ponte. Nesse instante a criatura pulou. Aponte cedeu em um lado. Muitos loucos caíram gritando no abismo. Outros passaram pelos membros da força delta com os olhos arregalados caindo para a morte. A coisa cyborg aranha passou perto e um medo invadiu sua mente a quede livre o conduziria pra morte. Nesse instante a cosia gritou como sua voz metálica : — Nãooooooooooooooooo
Sentir a ponte desabando foi como ter o chão sumindo dos pés. Com as cordas cortadas apenas de um lado, o resto da ponte desceu e se chocou violentamente contra o paredão de rocha. Logo mais loucos caíram gritando.
Bem devagar Deda abriu os olhos, o coração batia como um bumbo anunciando uma guerra.
—Caralho! Puta merda. — disse Raquel.
—Todos estão seguros? — Indagou Roberto.
—Porra chefe tu é foda que manobra louca meu irmão— falou Juliana.
—Alexia caiu. Não conseguir segura-lá — disse Shatan entre lágrimas
—Puta merda! Isso é péssimo, sinto muito — falou Núbia.Iury olhava pra baixo, com lágrimas nós olhos, ele tinha visto o desespero nos olhos de Shatan, quando depois do impacto Alexia escapou de suas mãos . O corpo caiu e Shatan estendeu a mão tentando alcançar o inalcançável. Ele a perdera pra sempre. E essa dor iria demorar a cauterizar em sua alma.
—Vamos subir usando, mas não pela ponte, iremos escalar usando os uniformes mais pro lado norte. — disse Roberto.
—Vem parceiro cola que eu te carrego. — Disse Montanha para Shatan. Esse permanecia com lágrimas banhando sua face e espiava na direção da queda de água. Rubens ficou com medo que o magrelo fosse pular. Mas ele segurou a mão do grandão e foi pra suas costas.
O grupo Delta escalou com muita dificuldade a encosta e saiu na área mais escura do lugar. Ali tudo permanecia quieto e os fanáticos já tinham ido embora, agora a passagem estava livre. Shatan andava cabisbaixo e um peso enorme se apoderava de seu peito. O peso do luto, o peso do fracasso como as coisas eram injustas ele havia se ariscado e acabara junto com os novos companheiros resgatando Alexia, só para ela morrer porque ele não tivera forças pra segurá-la.
Roberto e Deda iam mais a frente precisavam encontrar os videntes antes que fosse tarde.
Descendo uma ladeira íngreme o grupo delta chegou até uma área arredondada onde cinco canos grossos feitos de concreto estavam fincados na parede. O chão alie era escorregadiço e o escuro predominava. Nas paredes marcas de sangue e pichações demoníacas deixavam o local inda mais macabro.
Deda examinou cada uma das entradas e decidiu que eles deveriam ir pelo encanamento do lado esquerdo perto do canto da grande sala.
Andar ali exigia paciência, uma vez que o teto era muito baixo e as paredes circulares do cano de concreto não dava muito apoio para os pés, sem contar com o mau cheiro e o ar quente. Andando com muito cuidado e desativando algumas armadilhas, eles percorreram cerca de um quilometro até saírem sobre o que parecia uma vila.
Lá embaixo muitas casas feitas de madeira e papelão lembravam uma favela. No centro da vila uma gaiola grande de madeira guardava os prisioneiros. Lá estavam os videntes. As grandes tochas e luzes iluminavam o lugar, mas boa parte da área estava na penumbra.

— Temos que entra e sair sem dar na vista— falou Roberto.
— Só tem uma bronca grande na hora de escaparmos, a ponte sumiu lembra ? — comentou Juliana.
— Não da para descer com todos eles nas costas — lembrou Raquel.
—Temos o material de Rapel não temos? — indagou Roberto.
—Beleza e qual é o plano chefe? — perguntou Leandro.
—Acho que três de nós deveriam ir preparando o material de rapel, daí quando o restante chegasse ficaria mais fácil descer com os caras. Principalmente se os loucos vierem nos perseguindo — disse Iury.
— Ok isso é muito sensato, Iury, Julian e Shatan vão prepara nossa descida, o resto vem comigo. — falou Roberto. E completou:
— Se dentro de quarenta minutos agente não a perecer vocês adotam o procedimento normal.
O procedimento normal era verificar se eles estavam vivos e em caso positivo resgatar. Se não dariam o fora. E assim eles se dividiram uns resgatariam os videntes e os outros preparariam a descida.
Continua no próximo capítulo.

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