terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Capítulo XV A passagem



Dentro do abrigo das crianças, um estrondo foi ouvido os homens que vigiavam o lugar foram pegos de surpresa por feras peludas e sedentas de sangue. Os leões cyborgs quebraram as portas e adentraram no local.
Não houve quem não corresse, em desespero os homens tentavam atirar contra as feras, todavia os seres bestiais se moviam rápidos e medo tinha dominado as mentes ali, míngüem conseguiria lutar contra essa força poderosa criada pela natureza e aperfeiçoada pela tecnologia.
Amanda e Hélio duas crianças de apenas dez e nove anos correram a fim de procurar abrigo no andar de cima. Os corações zinhos batiam acelerado e o pavor saltava aos olhos dos dois. Assim como eles mais de vinte crianças estavam ali.
Hélio espiou da escada e viu quando um leão saltou sobre um sujeito careca e cravou as presas na cabeça do homem. Os ossos do crânio estralaram e o sangue desceu pelo rosto do infeliz. Hélio ficou paralisado, então ouviu o grito de Amanda que puxava pela sua mão. Outra fera perseguia Silas um guarda baixo e gorducho que corria gritando e atirando sem parar.
Roberto vinha rápido seguido por montanha. Eles assistiram quando os leões se lançaram contra a porta. Então os tiros e gritos começaram. Roberto apertou o passo.
Dentro de uma sala com pouca luz um sujeito moreno e magro de olhos fundos, tremia de pavor aos seus pés dois meninos tinham acabado de sangrar até morrer vítimas da loucura do sujeito que fez uma oferenda aos deuses da noite a fim que eles o livrassem das bestas. Ele ficou ali calado suando e ouvindo o choro das outras crianças e som da luta no salão.
Rapidamente os leões acabaram com os guardas despedaçando seus corpos e banhando de sangue as paredes da sala. Logo subiram pelas escadas farejando o sangue. Roberto adentrou na casa. Seus olhos percorreram a sala e só havia marcas de destruição.
—Puta que parou chefe! Eles estão no andar de cima! — Disse montanha chegando junto de Roberto.
—Vamos temos que salvar as crianças—
Os dois subiram os degraus pulando de dois em dois. No corredor havia apenas a escuridão. Os guerreiros do círculo passaram por um dos quartos. A porta estava meio aberta, mas o lugar estava vazio. De armas nas mãos Roberto e Rubens, o montanha, examinava outro quarto. Até agora nada, nem sinal dos bichos e muito menos das crianças. As paredes escuras oprimiam ainda mais os sentidos.
Então uma luz forte brotou da porta no final do corredor, gritos foram ouvidos. Os guerreiros disparam para lá. Rubens arrombou a porta com um chute. Dentro da sala uma luz azula estava se formando enquanto as crianças eram elevadas através de uma passagem, conduzidas pelas bestas. Roberto disparou, todavia o portal de luz se fechou engolindo as crianças e as feras.
No canto da parede havia três corpos, duas crianças e um homem. O sujeito magrelo tinha sido ferido seriamente pelas feras.
— Por Deus que aconteceu aqui? — Indagou Roberto
—Desde quando as bestas têm portais? — perguntou Montanha. Os dois examinaram os corpos e constataram que as crianças foram mortas com algo pontudo e não tinha sido as besta quem fizera tal atrocidade e sim o sujeito que ainda tinha ao lado do corpo a faca.
—Filho da puta! — Disse Roberto.
—Para onde eles as levaram? — Perguntou Montanha.
—Não sei, há muita coisa estranha se desenhando nesse jornada.
Dentro da vila os guerreiros conseguiram conter o avanço das bestas. Muitas tinham se retirado para a floresta. E o lugar estava arrasado. Sobre o muro Shatan, Deda, Núbia,Leandro, Iury , Raquel e Juliana olhavam as feras saindo para se perderem na escuridão da floresta. Zeca gritava de euforia. Os homens antes temerosos da vitória gritavam sem parar. Graças apoio dos soldados da força Delta membros do círculo o lugar fora salvo.
Alexia saiu do esconderijo e caminhou para a muralha. Ela e outras mulheres agora iriam ajudar a cuidar dos feridos.
Roberto voltou com montanha e se reuniram com os outros na casa do administrador. Sentados em volta de uma mesa de mármore conversavam enquanto uma bela refeição era preparada. Roberto contou sobre o portal e todos acharam o fato muito intrigante.
—Já vimos essas coisas matarem aldeias inteiras, mas fazer prisioneiros, nunca! — disse Juliana.
—Parece estranho. — disse o japa
—Ei na moral ta estranho mesmo, portal? Isso é loucura! —Comentou Leandro.
—O pior é que de alguma forma acho que as feras salvaram as crianças. — disse Roberto
—Como é bateu com a cabeça? —indagou Raquel
—Não é isso gostosona, quando eu e o chefe chegamos e os vimos entrando no portal, as crianças não pareciam assustadas.Examinado o quarto descobrimos duas crianças mortas, por um dos homens e ao que tudo indica ele ia matar mais moleques até ser impedindo pelas feras. —disse montanha.
—Você ta de sacanagem —falou Juliana.
—Temos mais perguntas que repostas, acredito que devemos nos alimentar dormir um pouco ai amanha vocês partem em busca dos videntes — disse Zeca.
Longe dali em um laboratório estranho o portal se abri e os três leões saíram conduzindo as crianças. Uma moça baixa de cabelos louros e olhos amorosos correu e afagou a cabeça das feras. Então ela disse :
—Bem vindas ao abrigo! Eu e meu pai junto com outras pessoas estamos tento fazer daqui um lugar seguro.
Contínua no próximo capítulo